sexta-feira, 5 de junho de 2015

TL&S (2015.1) (03/06) (não-presencial): "Biblioteca Universal Digital"

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6 comentários:

  1. Eu lembro que, na primeira vez que vi um livro em formato digital (se não me engano era em .TXT à época), meu primeiro pensamento foi "deveria ser possível passar todos os livros do mundo pra esse formato!".

    Acredito que o esforço da google e das outras instituições para digitalização do conhecimento humano é louvável. Um ponto bastante interessante que é mostrado no documentário "Google and the World Brain" onde é comentado que o conhecimento provido na internet representa apenas uma pequena parcela do conhecimento total da humanidade, estando o restante disponível nos livros em todas as bibliotecas da humanidade.

    Imaginem termos acesso a todo o conteúdo de bibliotecas milenares. Acesso a títulos únicos, que hoje são protegidos em museus e poderiam ser acessados por qualquer pessoa. É de fato um projeto brilhante e grandioso... pelo menos em teoria.

    Como também foi falado no documentário, "there's no free lunch". O esforço multimilhonário de digitalizar tanto conteúdo deve ser compensado por alguma coisa. O que seria? O simples acesso à informação dos livros traria à Google capacidade de refinar bastante suas ferramentas que dependem de conteúdo. O funcionamento do Google translate e dos processadores de voz e textos do goolge now seriam muito melhorados no processo.

    O que seria, na opinião de vocês a recompensa da Google nesse processo?

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  2. O fato de darmos preferência à livros em formato digital é uma tendência que eu vejo atualmente. Se tomarmos como exemplo o nossos cursos no CIn, já faz muito tempo que não vou a biblioteca dando preferências sempre a PDF's e tutoriais presentes online. Primeiro pela comodidade e segundo pela acessibilidade, podendo ter acesso a esses conteúdos a qualquer momento.

    É bastante interessante como a Google está conseguindo ter esse "feeling" em relação a essa tendência, e se apresenta interessada em formalizar o que já acontece "ilegalmente", que seria a digitalização de livros e a disponibilização dos mesmos na internet.

    Trazendo para um dos assuntos tratados na disciplina, a disponibilização gratuita de conteúdo até em tão pago significa um avanço na busca por maior acessibilidade de informação, solucionando a restrição espacial daquelas pessoas que não têm acesso ao formato físico desses conteúdos.

    Continuando a discussão iniciada por Raony, acredito que o Google tem MUITO a ganhar com essa iniciativa. Primeiro, tomaria posse de possivelmente o maior acervo de informação que a humanidade já tenha criado, uma vez que esse conteúdo estará presente em seus servidores. Segundo, qualquer usuário que desejar ter acesso à essa biblioteca deverá passar por sites Google, os quais possuem os elementos de publicidade, gerando renda à empresa de busca.

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  3. A melhor lembrança que eu tenho deste tema é quando eu fui comprar o livro "twelve years a slave". Pesquisei na internet preços e, de repente, resolvi olhar no archive.org. Ele estava lá, free, versão original... Aí me dei conta do poder que a internet possui de coletar informações. Uma biblioteca universal.

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  4. Eu confesso que não sou pioneiro no uso das tecnologias de digitalização do conhecimento. Sempre me apeguei ao físico e ainda hoje tenho grande apreço pelos meus livros. Por outro lado, eu vejo esses trabalhos de unificação do conhecimento, dentre suas múltiplas expressões (páginas web, amigos científicos, livros e outras mídias) como produtos finais da era da informação -- Em outras reflexões eu me pergunto a quantas estamos na era da informação e o que vem daí. Mas isso é assunto para outra discussão...

    Sobre a digitalização de livros, eu vejo o Google como o grande viabilizador dessa transição, devido à sua capacidade de inserir essa reforma dentro de seu modelo de negócios.

    Mas a contribuição que eu quero deixar é mais ampla e acredito que vá dar o que pensar: Trata-se de uma entrevista com S. Meira na qual ele comenta a transição que estamos vivendo da informação física para a virtual e eu honestamente recomendo essa reflexão a todos ( http://www.livreironomade.com.br/2015/06/mercado-de-livros-silvio-meira-fala-o.html ).

    O ponto dele é o seguinte: ganhar dinheiro com livros é para poucos, o grande papel dessa indústria hoje é viabilizar o acesso ao trabalho dos autores. Hoje em dia, isso pode ser feito de forma muito mais escalável [e fácil] através de redes sociais e mídias de grande visibilidade da internet.

    Eu honestamente nunca tinha pensado nisso dessa forma. Não sou nenhum expert do mercado literário/editorial, mas acredito que o ponto de Meira faça muito sentido. O que vocês acham?

    Abraços!

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  5. Gostei muito da entrevista do historiador Robert Darnton. A democratização do acesso ao conhecimento é realmente espetacular. Uma das coisas que ele menciona é o possível monopólio dessas informações por empresas como a Google, mas felizmente hoje em dia não são apenas empresas que mantém esse acervo digital. A biblioteca pública que ele citou já está disponível para qualquer pessoa ter acesso.
    Uma das iniciativas do governo brasileiro foi criar o www.dominiopublico.gov.br, um site bem interessante que disponibiliza livros gratuitos em português. Nele podemos encontrar uma boa quantidade de livros e obras completas de vários autores nacionais, além de músicas e vídeos.

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  6. Respondendo a pergunta de Raony e concordando com o Felipe, há recompensa maior que possuir o maior acervo do mundo digitalizado em seu banco de dados? Imagine o leque de possibilidades que a Google pode fazer com tamanha quantidade de informação. Hoje em dia, devido a quantidade, dados são muito valiosos. Além disso, eu acho que a Google não precisa receber algo em troca de ações como essa, que só tem a beneficiar a sociedade.

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