quarta-feira, 10 de junho de 2015

Tecnologia, Lei e Sociedade (2015.1) (10/06): "Cibersegurança e Ciberguerra"

Leitura:

Cyberwarfare
Chinese hackers may be mapping US government

Audiovisual:

Peter Warren Singer, "Cybersecurity and Cyberwar: What Everyone Needs to Know" | Authors at Goolge
The Secret International Cyber War Dividing Nations
Brasil terá escola nacional de defesa cibernética
"The Cyber Arms Race" - Mikko Hyppönen, F-Secure - Guest Lecture 20.1.2015 at Aalto University
Spy Virus Linked to Israel Used for Iran Nuclear Talks

4 comentários:

  1. Observando os problemas que surgem da ciberguerra - Peter Warren discute semelhantemente no audiovisual acima - tal como ocorre "fora da web" onde frequentemente vemos supostas políticas de segurança aplicadas de maneira polêmicas e controversas, como recentemente aconteceu com a NSA, de modo que dão legalidade para oficiais investigarem, processarem e etc nos termos dessas políticas, também isso tem sido empregado internet. Warren, relata como o Gen. Keith Alexander (head da NSA, commander do US military Cyber Command) teria levados dados "alarmantes" ao congresso norte americano, sobre o fato do us army identificar milhões de ataques virtuais por dia, mas que, segundo Warren, "combina uma variedade de coisas distintas e similares... como juntar adolescentes com fogos de artifício...., e um míssil crusador russo...". Assim como de fato existe a ciberguerra, há, por outro lado,a cibersegurança justificando medidas um tanto controversas dos governos. Engraçado (ou não tanto) quando ele cita que um oficial senior do exército comentou com ele que "Anonymous e Al Qaeda eram a mesma coisa" (rsrs).

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  2. Eu não vou arriscar um ponto de vista sobre o tema, pois confesso que de cybersecurity e cyberway eu não entendo quase nada. Ao invés disso, gostaria de fazer uma reflexão comparativa entre os efeitos da guerra no espaço físico e os efeitos da cyberwar no espaço virtual, não no âmbito de dados, mas no âmbito das relações.

    Há alguns meses eu li um artigo muito interessante sobre os efeitos da destruição do espaço físico para a comunidade que ali reside. O ponto do artigo era que as construções que compõem os espaço em que nós vivemos servem de ponto de referência para as relações que nós possuímos com as pessoas que co-habitam esse espaço. Exemplificando, a praça da jaqueira é frequentada por uma parcela da população que interage ali dentro e tem naquele ambiente uma referência para as relações que as pessoas criam entre si.

    Esse artigo me fez refletir sobre a forma como a destruição do espaço em que estamos inseridos pode nos causar danos muito além dos físicos. Se não ficou claro, tente reler, ou me pergunte a respeito.

    O mundo virtual é feito de relações. Sejam relações entre máquinas, hyperlinks, ideias ou conexões entre pessoas. A partir do momento em que nos enxergamos como membros desse espaço e imaginamos a Cyberwar como capaz de desconstruir essas relações, seja alterando os dados, destruindo-os ou indisponibilizando-os, eu acredito ser possível fazer uma reflexão, muito mais subjetiva, sobre a vulnerabilidade da nossa sociedade diante desse tema.

    Eu fui muito longe para buscar esse questionamento e talvez eu tenha ido longe de mais. Mas imaginem como seria acordar e não encontrar seus amigos no facebook, ou um e-commerce perder o histórico de 10.000 usuários. Não deve ser tão difícil quando invadir o governo norte-americano, mas imaginem o estrago que esses ataques trariam em escala?

    Abraços!

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  3. De todos os temas abordados durante a cadeira, este é o que eu tenho menos conhecimento para falar. Talvez seja porque aqui, no Brasil, não ocorra tantos problemas sobre isso ou talvez porque eu realmente desconheço.

    O único fato que eu me lembro sobre este assunto em nosso país foi o escândalo que os EUA estavam espionando/coletando/roubando dados secretos da Petrobrás. BTW, alguém sabe que fim levou isso?

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  4. A desinformação na área de segurança/privacidade é bem preocupante. Não só daqueles com poder de decisão, que não entendem a dinâmica da internet, mas também dos que são afetados por elas, que acabam por minimizar seus efeitos. Esse último caso fica bem claro após as revelações de Snowden. E as justificativas, de patriotismo ou efetividade dos métodos aplicados baseadas em gut-feeling, são as piores possíveis. Isso tudo só me lembra as discussões prévias em que James Boyle demonstra um comportamento semelhante pela indústria do copyright.

    Além disso, concordo bastante com o Peter Warren Singer quando ele disse que a questão da espionagem de empresas/países aliados era no mínimo estúpida. A longo prazo, só tende a minar a lucratividade das empresas de tecnologia deles e dificultar seus esforços perante a comunidade internacional.

    Tem também a palhaçada das FISAs que de tribunal só tem a presença de um juiz, já que não há transparência no processo. Servem basicamente para poderem falar que existem "parâmetros". Embora na prática, como Snoden mostrou, não haja nenhuma restrição quanto ao que um operador da NSA, do nível dele, poderia espionar ou não.

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