quarta-feira, 17 de junho de 2015

Tecnologia, Lei e Sociedade (2015.1) (17/06): Dados Abertos

Leitura:
Open Data
Open Data Now

Audiovisual:
What is Open Data? County of Grande Prairie
Tim Berners-Lee: The year open data went worldwide
Sanjay Pradhan: How open data is changing international aid
Dados Abertos para um dia a dia melhor - com narração
Why open data is still too closed | Ben Wellington | TEDxNewYork
Joel Gurin: "Open Data Now"

9 comentários:

  1. Professor, eu achei um ótimo link que reune a ideia do que é open data, sua definição e de seus relacionados, implementações, ferramentas conhecidas e utilizadas no meio, fontes e casos de uso. Tem muita informação útil.
    Segue o link: https://project-open-data.cio.gov

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  2. Não consigo deixar de pensar em open data como uma forma de empoderamento do povo. O quê, por sinal, é bizarro: o povo deveria naturalmente sentir capaz e potente em relação aos governos. Porém não é essa a realidade da maioria dos países.

    Diante dessas democracias enviesadas, ter acesso a dados sobre a cidade, o estado, o país, confere ao povo a possibilidade de sair da escuridão da ignorância e, uma vez dotado do conhecimento, agir de alguma forma. Colocando em outras palavras, open data permite que a população se previna para não ser feita de boba.

    Claro que deve-se levar em conta a necessidade da ação de uma camada intermediária entre os dados e a grande massa: são poucos, em relação ao todo, os que podem pegar dados e produzir informações claras e úteis a partir deles.

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    1. Concordo, Vinícius. Foi, inclusive, o que eu pensei ao ver o vídeo da NIC.br. "Mas uma massa de dados dessa, tem que ter treinamento pra poder usar".

      Acredito que essa iniciativa de abertura dos dados abre caminho para toda uma gama de produtos e startups que tragam soluções para uma melhor utilização dessa informação pela população. Aí sim, teremos um canal de comunicação e interação aberto e constante que poderá empoderar o povo nas decisões estruturais e políticas.

      Adicionalmente, uma iniciativa do governo que, acredito eu, possa ser considerada como Open Data é o portal da transparência ( http://transparencia.gov.br/ ), onde os dados dos gastos públicos podem ser conferidos por qualquer cidadão com acesso à internet.

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  3. Gosto bastante dessa área. Atualmente, estou fazendo meu TG nessa área. Estamos criando um banco de dados abertos que usa a infra-estrutura da Web Semântica para descrever todo o ambiente do CIn. Depois que o dataset estiver estável vamos disponibilizar esses dados para qualquer pessoa poder criar aplicações interessantes com eles.
    Há algum tempo pretendo criar um aplicativo com os dados do site dados.gov.br/. Esse site disponibiliza informações sobre todo o Brasil e lá podemos encontrar algumas aplicações já disponíveis que informam sobre aeroportos, procon, fiscalização do governo, entre outras.
    Acho muito importante o pessoal de computação se mobilizar nessa área, temos as informações abertas, mas se não existir aplicações fica difícil a popularização desses dados.

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  4. Engraçado entrar nesse tema ouvindo a palestra de Ben Wellington, porque eu desenvolvi um trabalho muito divertido em NYC no ano passado usando os dados da MTA (operadora dos transportes públicos de Nova Iorque) para rastrear influência de pontos turísticos sobre as paradas de metrô do sul de Manhattan. Infelizmente não pude participar dessa discussão em sala de aula, mas vou fazer duas reflexões sobre o tema e ficarei atento para o que todos tem a comentar:

    Em primeiro lugar, eu acredito que esse é um tema que relaciona a sociedade como um todo, não apenas como consumidora dos dados, mas por sua capacidade de gerar dados como membros dessa comunidade. O COLAB.RE é um exemplo de ferramenta capaz de canalizar dados produzidos pela população para permitir uma resposta estatal rápida e eficiente.

    Segundo, se nós vivemos na sociedade do conhecimento, o grande desafio é: “o que fazer com a informação que temos?”. Quando avaliamos as habilidades que são exigidas dos profissionais de hoje (NAS DIFERENTES ÁREAS DO CONHECIMENTO), cada vez mais nos deparamos com a necessidade de raciocinar sobre os dados para gerar conhecimento e de inovar, para criar valor. Nesse contexto, a disponibilidade de dados inteligentes e estruturados serão fundamentais para que possamos criar soluções responsivas e interdisciplinares para problemas nos mais diversos âmbitos.

    Abraços!

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  5. Esta palestra de Tim Berners-Lee é interessante.

    Qualquer oposição à liberação de dados se baseia na concepção de que os dados são propriedade privada ou no direito à privacidade (quando os dados são guardados apenas para não atrapalhar investigações ou prejudicar pessoas). O que Berners-Lee mostra é que existe uma bom argumento utilitário para que estes dados sejam liberados e disponibilizados acessivelmente para que pessoas capacitadas possam fazer ferramentas úteis como os mapas de Porto Príncipe, que ajudaram a aliviar a situação calamitosa que se seguiu ao último grande terremoto no Haiti, ou mesmo para promover a justiça (no sentido de promover igualdade), revelando casos de flagrante racismo, como ele também exemplificou na sua curta palestra.

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  6. A iniciativa de dados abertos, na minha opinião, é bem positiva. Afinal, transparência nunca é demais. Sendo assim benéfico que haja a possibilidade de um escrutínio maior em relação a coisa pública por meio de dados computacionalmente processáveis (e.g. CSV, JSON, XML). Quer sejam para fins descritivos, diagnosticais, preditivos ou prescritivos, esses dados podem ser utilizados para apontar outliers nas contas públicas, essenciais para o accountability dos que elegemos, ou mesmo para revelar bottlenecks, nos processos legislativos por exemplo, principalmente aqui no Brasil onde eficiência parece vir em segundo plano.

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  7. Indiscutível os benefícios que os dados abertos podem trazer pra sociedade. Como visto na videoaula, coisas incríveis podem ser criadas com a disponibilização desses dados em massa. O professor Ruy entrou em um site de dados abertos do governo de Pernambuco na aula, que era bem precário. Pesquisei e não achei nenhuma aplicação que utilizam desses dados, até porque os dados disponibilizados não nos dão poder pra fazer grande coisa. Lembro que na aula de estatística utilizamos esses dados para aplicarmos o conhecimento, que já foi uma prática positiva desses dados.
    Aqui 2 sites de dados abertos de PE.

    http://dados.recife.pe.gov.br
    http://www.dadosabertos.pe.gov.br/PortalDadosAbertos/public/pages/telaInicial.jsf

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