terça-feira, 1 de novembro de 2016

Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.2) (02/11) (SESSÃO VIRTUAL): "Ativismo pelo Acesso à Informação"

Leitura:
Aaron Swartz
Towards Learning from Losing Aaron Swartz
Remember Aaron Swartz
AARON SWARTZ DAY 2016

Audiovisual:
O Menino da Internet: A História de Aaron Swartz - Legendado Português.
Lessig on "Aaron's Laws - Law and Justice in a Digital Age"
THE DARK SIDE OF MIT & AARON SWARTZ - Cory Doctorow on London Real
Eric Holder questioned on Aaron Swartz prosecution


10 comentários:

  1. Aaron Swartz está entre os grandes altruístas do mundo moderno. Entre seus feitos, na minha opinião, o mais importante foi expor a discrepância existente entre o propósito sob a qual a internet foi concebida e a sua real utilidade nos dias atuais. Na década de 90 a world wide web surgiu com a intenção de disseminar o conhecimento científico para o maior número de pessoas possível, no entanto, não foi isso o que aconteceu. Swartz foi condenado por fazer o download de milhares de artigos científicos do JSTOR, na intenção de distribuí-los gratuitamente pela rede, uma vez que a grande maioria está restrita aos alunos de universidades americanas privadas, que arcam com os custos dos downloads. Além disso, ele foi responsável por usar a rede de uma biblioteca pública com acesso ao sistema PACER dos EUA para recuperar milhares de documentos da justiça americana, documentos esses que são públicos, mas pagos. Swartz pagou caro ao expor tais problemas, mas nos deixou a importante lição de usar o nosso conhecimento para o bem da humanidade, não para benefício próprio.

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  2. Aaron Swartz era um hacker e ativista brilhante, tendo começado sua carreira com 13 anos. Ele trabalhou como co-criador do RSS, criou uma arquitetura para o Creative Commons (e foi amigo do Lawrence Lessig por muitos anos), foi co-fundador do Reddit e da organização Demand Progress. Ele acreditava que a informação deveria ser mais aberta para todos e era contra as leis que considerava desnecessárias ou estúpidas de direitos autorais. Swartz escreveu o Open Guerilla Manifesto que encorajava estudantes, cientistas e bibliotecários de compartilhar o seu acesso a informação para os menos privilegiados. Ele via pirataria como podendo ser uma obrigação moral, e que era necessário quebrar regras injustas. Ele baixou a base bibliográfica da biblioteca do congresso estadunidense e a base de dados do sistema PACER de documentos jurídicos que cobrava 8 cents por acesso e disponibilizou esses dados para o público. Nesses casos o governo não foi atrás porque Swartz não tinha infringido direitos autorais e nem tinha quebrado nenhum sistema de segurança. Swartz tinha apenas facilitado o acesso aos dados que já eram públicos. Mais tarde Swartz decidiu utilizar o seu direito de acesso aos artigos do JSTOR através do MIT para baixar uma grande quantidade de artigos no seu notebook, também com o intuito de liberá-los para o público. Foi uma jogada arriscada e o governo perseguiu ele, querendo que Swartz enfrentasse anos e anos na cadeia e que pagasse pelo que tinha feito. A atitude de bullying que o governo americano incorporou foi acusada como motivo principal para o eventual suicídio de Aaron Swartz.

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  3. A História de Aaron Swartz foi contada em um documentário norte-americano de Junho de 2014 escrito, produzido e dirigido por Brian Knappenberge. Esse documentário é o The Internet's Own Boy: The Story of Aaron Swartz. Ele conta a história Aaron Swartz 1986-2013, um jovem que era escritor, programador e também ativista. Ele era norte-americano e criana mudança radical do mundo através da computação e também da Internet. Aaron usou a programação computacional como uma forma de nos ajudar a solucionar problemas e tornar o mundo um lugar mais justo e democrático. Algumas de suas tentativas para solucionar problemas foram citados nos comentários a cima. O Ministério Público dos Estados Unidos conduziu um processo criminal contra Aaron, que termina por levá-lo ao suicídio. O filme/documentário é bem interessante, pelo fato de ter entrevistas com sua família e amigos, com pessoas próximas que trabalharam diretamente com ele. O filme também trata das questões de acesso à informação que foi um dos focos do seu trabalho. A história de Aaron é muito interessante, pois rende debates e questionamentos sobre o acesso à propriedade intelectual e pirataria na rede. Aaron só viveu 27 anos, o que me faz pensar o quanto é difícil lutar pelo direitos do bem comum em uma sociedade tão capitalista e focada em interesses que só diz respeito a si, não importando se vai ou não beneficiar ou prejudicar os outros. Ele se suicidou, pelo menos é o que dizem, então o que me leva a pensar que apesar de ser bom lutar pela causa dos outros, acho que deve ser uma luta com mais de consciência, uma luta pacífica, que ajude os outros, mas que não venha prejudicar a própria pessoa que está lutando.

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  4. Aaron Hillel Swartz foi um programador estadunidense, escritor, articulador político e ativista na Internet. Swartz foi co-autor da criação do RSS. Foi um dos fundadores do Reddit e da organização ativista online Demand Progress.

    Swartz cometeu suicídio em 2013, enfrentando até 35 anos de prisão por roubo de dados. Seu "crime" tinha sido cometidos por Praticamente todos os estudantes de graduação no país; download de itens da biblioteca acadêmica JSTOR.

    Swartz era um altruísta ardente que se importava profundamente com a liberdade de expressão. Não apenas no papel, mas na finalidade prática. Se Swartz tinha uma crença definitiva, era na ideia que as informações deveriam fluir livremente, desinibida por censores ou paywalls. (daí o suas inevitáveis colisões ​​com a lei.)

    Para o efeito, Swartz estava preocupado não só com a censura do governo, mas com a censura corporativa também. Ao contrario dos progressistas modernos, que estão felizes em ver o discurso encerrado em campus universitários, plataformas sociais ou ou mídia, como Reddit e Twitter, Swartz reconheceu que as políticas das instituições particulares tinha tanto impacto sobre a liberdade de expressão quanto o governo - se não mais.

    Pouco antes de sua morte, Swartz advertiu que as plataformas virtuais se transformariam um campo de batalha principal para o movimento do anti-censura nos anos adiante.

    "Tanto o governo quanto as empresas privadas podem censurar coisas. Mas as empresas privadas são um pouco mais assustadoras. Eles não têm constituição para responder. Eles não são eleitos. Eles não têm constituintes ou eleitores. Todas as proteções que construímos para proteger contra a tirania do governo não existem para a tirania corporativa.

    A Internet vai ficar livre? As empresas privadas vão censurar os sites que visitei ou cobram mais para visitar certos sites? O governo vai nos forçar a não visitar certos sites? E quando eu visitar esses sites, eles vão restringir o que eu posso dizer, para me deixar apenas dizer certos tipos de coisas, ou orientar-me para certos tipos de páginas? Todas essas são batalhas que conquistamos até agora, e tivemos muita sorte em conquistá-las. Mas nós poderíamos facilmente perder, então precisamos ficar vigilantes."

    Se Swartz estivesse vivo hoje, ele veria suas previsões terríveis se tornando realidade. O Twitter está atualmente envolvido em uma guerra com seus próprios usuários sobre punições politicamente motivadas e censura desenfreada. Reddit gastou o último ano implacavelmente retrocedendo a liberdade de expressão em sua plataforma, usando frequentemente as mesmas justificações e língua como os proponentes dos espaços seguros em campus de universidade.

    Mais informações: https://www.wired.com/2013/04/aaron-swartz-interview/


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  5. Aaron Swartz era um jovem programador e ativista americano. A vida de Swartz tem diversos episódios de interesse, mas abordamos especialmente sua atuação como ativista - e em especial o prematuro fim de sua vida.

    Swartz, durante toda a sua vida, advogou pela liberdade de expressão e pelo fluxo livre da informação. Ele acreditava fortemente que a informação deveria ser livre, e que não deveria haver barreiras entre nenhuma pessoa e a informação que essa pessoa desejasse obter. Assim, é irônico que Swartz tenha sido, ultimamente, preso por realizar download de artigos acadêmicos (aos quais ele tinha direito através de sua conta do MIT).

    Após um caso longo e cansativo que terminou em condenação, Swartz finalmente cometeu suicídio, esgotado.

    O caso Aaron Swartz é uma demonstração cabal da arbitrariedade das leis que estão sendo criadas para reger o espaço digital que cada dia mais se sobrepõe ao mundo real. A visão de um ciberespaço livre com a qual tantos hackers sonharam morre um pouco a cada dia, à medida que o jogo político tenta subjugar o ciberespaço às suas leis (feitas para um passado analógico), e a morte de Aaron Swartz é uma lembrança triste disso.

    Nos próximos anos, à medida que cada vez mais a equação "dados=poder" se torna inescapável, veremos cada vez mais situações como a de Aaron, e cada vez mais entidades, sejam governamentais ou privadas, tentando adquirir poder através de controle de dados. É um dever de qualquer hacker que compreenda os fundamentos do ciberespaço em que vivemos lutar para manter a informação transparente e acessível.

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  6. Aaron Swartz foi um ativista que lutou pelo livre e fácil acesso ao conhecimento, principalmente por aqueles mais desfavorecidos. Co-autor do RSS, fundador do Reddit e da Demand Progress possuía um desejo incrível de ajudar pessoas em um âmbito acadêmico e científico. Não só lutou para disponibilizar artigos e outros arquivos para o máximo de pessoas possível como também influenciou estudantes, cientistas, bibliotecários, entre outros, a também compartilharem seus dados escrevendo o Open Guirilla Manifesto.
    Seu desejo de uma internet mais livre e menos monetizada o levou a baixar vários artigos do JSTOR, o qual ele tinha o acesso e o direito de baixa-los, e disponibiliza-los na rede. O que muita pessoas fazem e com certeza fizeram também com JSTOR porém numa escala menor: baixando um artigo e passando para um amigo ou compartilhando na nuvem com uma turma.
    Por esse motivo Swartz foi incriminado pelo Ministério Público dos Estados Unidos o que, entre outros motivos, acabou levando-o ao suicídio.
    Aaron Swartz nos mostrou que é preciso lutar não só pelo nosso benefício, mas também pelo benefício do próximo indo até o fim com aquilo que acreditamos. Nos mostrou também que por mais que seja difícil, é preciso lutar de forma que não arisque nossa integridade física e pisciceptológica não dando brechas para que nossos ideais sejam transformados, por aqueles que vão de encontro a ele, em somente um crime.

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  7. A sessão virtual sobre ativismo pelo acesso a informação foca nos desenvolvimentos das várias bandeiras levantadas pelo co-fundador do Reddit, Aaron Swartz, e dessa forma é bem representativa sobre o assunto. A história pessoal e profissional do ativista inclui exemplos de vários dos aspectos envolvidos nas disputas pelo acesso à informação. A idéia de abolir o entendimento privado que se tem sobre conteúdo gerado por um indivíduo ou um grupo de indivíduos independente de sua escolha é alvo de controvérsia. Primeiro, porque o paradigma mais comum de monetização existente para o conteúdo produzido é o pagamento por cópia com limitações de uso legalmente definidas.
    A idéia de que o que é possível obter de receita é proporcional à quantidade de pessoas que consomem um produto faz sentido com bens cujo maior custo envolvido é o da replicação do produto. Um prato de comida, um móvel, um carro, etc. são exemplos onde o custo da reprodução em larga escala supera em muito o da idealização. Porém informação não funciona da mesma maneira. Esse foi o caso apenas antes da era digital, quando se usava livros e itens físicos para armazenar, copiar e distribuir informação. Hoje em dia, o trabalho e custo maior está na etapa de produção do conteúdo. A replicação e distribuição do mesmo pode ser feita em memória computacional e através da Internet. Dessa maneira, é ainda mais difícil evitar que isso aconteça. Mas isso não deveria ser um problema, dado que existem outras maneiras de obter receita a partir da produção de conteúdo, ainda que o pagamento não seja feito diretamente pelo consumidor. As leis antipirataria tentam resolver o problema com uma “gambiarra” legislativa, quase impossível de ser enforçada, quando soluções mais eficientes se encontram na produção de novos modelos de negócio. Quando essas “gambiarras” legislativas falham, aqueles por trás de sua elaboração tentam fazer exemplos daqueles que foram apanhados pelo sistema, na esperança de torná-las eficezes através do medo, impondo penas muito mais severas do que o crime cometido. No caso de Aaron Swartz, o capricho de incriminá-lo aliado à punição imposta foram mais do que o mesmo estava disposto a suportar.

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  8. Aaron Swartz foi uma figura muito importante. Além de sua capacidade técnica, a qualidade mais importante dele era que ele se preocupava com as pessoas em todo o mundo. Ele se preocupava em todos terem acesso ao conhecimento e lutou contra o lucro das grandes corporações, as quais possuíam informaçõeso do mundo detidos sob seu controle. A contribuição que ele deu ao desenvolvimento do formato RSS foi algo trouxe benefício para todos, e a ideia que ele teve de distribuir os artigos foi um meio de lutar contra o monopólio de informação. Infelizmente lutar contra organizações tão grandes trouxeram consequências pesadas. Condenado a 35 de prisão ele cometeu suicídio aos 26 anos mas deixou coisas que nos beneficiam até hoje.

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  9. Aaron Swartz é uma das maiores tragedias que temos nessa guerra entre proprietarios de direitos autorais e o ativistas pela flexibilização de tais direitos. Pois, o aluno, hacker e ativista, Aaron Swartz que iria disponibilizar os materias, copiados e usados pela lei num contexto além do permitido, não chegou a cometer crime algum. Mas sobre ele (uma pessoa muito jovem) foi posto culpa pela tentativa interrompida de crime. O uso dele no seu computador era permitido, e ele ainda não tinha comitido crimes. mas tal peso levou o mesmo a cometer suicidio e ser perseguido antes de tal ato.
    Apenas defendendo que o Aaron Swarts não tinha ainda cometido crimes, "after connecting a computer to the MIT network in an unmarked and unlocked closet, and setting it to download" da Wikipedia, ele não violou nenhum sistema, mesmo que a midia tenha levado as pessoas a julgarem que ele o fez. E ele não divulgou o material publicamente (o que acusam ele de ter o desejo de fazer, mas o desejo de cometer um crime não basta).
    E apesar de tudo isso, ele foi multado com 1 milhão de dólares e 35 anos de prisão. Por não ter corrompido nenhum sistema. É preciso pensar o quanto o lobby de uma industria moveu essa sentença.

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  10. Aaron Hillel Swartz desde muito novo se mostrou alguém com talentos brilhantes. Destacava-se pelas suas habilidades com computadores/internet e se tornou programador, escritor, articulador político e ativista na Internet. Além de ter todas essas funções o mesmo era um verdadeiro altruísta que lutava pela liberdade de expressão, ele acreditava que as informações das revistas científicas deveriam ser de livre acesso e não de uma forma censurada por recursos. Diante das ações para que isso fosse possível o mesmo foi preso em 2011 pelas autoridades federais dos Estados Unidos, por usar a rede do Instituto de Tecnologia de Massachusetts para descarregar sem pagamento, grandes volumes de artigos da revista científica JSTOR, ele também foi acusado pelo governo dos EUA de crime de invasão de computadores devido ao fato de ter usado formas não convencionais de acesso ao repositório da revista, fora que já tinha sido processado antes por publicar gratuitamente informações de domínio público que tinham seu acesso tarifado, logo restrito, mas as acusações foram retiradas. Diante dessas acusações e prisões o mesmo se suicidou, mas deixou o legado que devemos lutar por aquilo que achamos que é certo e sempre pensarmos no próximo.

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