quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.2) (09/11): "Mercadores da Atenção, Termos de Serviço e o Preço do Gratuito"

Leitura:
Does Advertising Ruin Everything?
Review: ‘The Attention Merchants’ Dissects the Battle for Clicks and Eyeballs
Review: Tim Wu’s The Attention Merchants charts the battle for our mental landscape

Audiovisual:
Advertising Hazards: Your Attention is a Commodity That Can Be Manipulated | Tim Wu
After Words with Tim Wu, "The Attention Merchants: The Epic Scramble to Get Inside Our Heads"
Terms and Conditions May Apply Documentary with Cullen Hoback
Your Attention Please: Should human attention be treated as a scarce resource?

Audio:
Tim Wu: The Battle for Our Attention | Shorenstein Center

12 comentários:

  1. Com a chegada das redes sociais, computação móvel, e em breve a internet das coisas, as empresas tem grandes oportunidades de lucrar em cima dos nossos dados através de publicidades. Quanto mais dados uma empresa coleciona, mais ela vale no mercado de tecnologia, e o produto passa a ser a atenção dos usuários. É estranho de se pensar que a publicidade muitas vezes nos faz pagar por coisas que sem ela não iriamos comprar. Não considero isso um problema, ainda retemos uma capacidade de escolher e decidir o que fazer com o nosso dinheiro. Uma crítica semelhante é que muitas vezes o que nos aparece na internet está customizado para ser o que queremos ver, o que pode criar uma espécie de bolha onde não recebemos ideias novas e diferentes. E isso nos leva a questionar que tipo de dados são coletados sobre nós e como eles são interpretados. Sabemos as empresas nem sempre agem de maneira responsável com nossas informações. E as informações podem ser vendidas para terceiros, outra causa para preocupação. E a coleta desses dados pode ser feito de maneira invasiva, e muitos ficam surpresos quando se vê uma publicidade em um site de um produto que foi visto em outro site em outro momento. Esse modelo de vender a atenção dos usuários pode também diminuir a qualidade dos serviços prestamos, como no exemplo de sites de notícia de internet cujo modelo de negócios se baseia em publicar histórias com títulos sensacionalistas, chegando a distorcer os fatos para que a maior quantidade de pessoas clique no link do artigo. Seria melhor pagar por um serviço um jornalismo de melhor qualidade, e nisso há questão muito importante. O quanto que nós estamos pagando para que esses serviços sejam oferecidos sem termos que tirar dinheiro das nossas carteiras?

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  2. Os serviços "gratuitos" oferecidos na internet sobrevivem de visualizações e anúncios, um bom exemplo disso é o YouTube, uma plataforma grátis que abriu uma oportunidade de negócio aos seus usuários, porém há um número muito grande de propagandas no início dos vídeos e em pequenos anúncios nas páginas dos vídeos e normalmente esses anúncios tem uma relação com coisas de seu interesse, pois o site sabe coisas que o usuário pesquisa com frequência. A maior polêmica sobre esse assunto é o site (não só o YouTube) ter acesso a essas informações e como utiliza-las, mas essas informações, acredito eu, não podem ser nocivas ao usuário caso dadas as empresas, na verdade essas informações tendem a tornar a grande quantidade de anúncios recebidas mais interessantes ao usuário.

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  3. Cada dia, novos serviços e produtos são disponibilizados de forma 'gratuita', num passo cada vez maior. Porém, os consumidores não estão completamente isentos de pagamentos, eles simplesmente pagam com outra moeda, sua atenção, seu tempo.

    Por não se tratar de uma troca monetária, isso acaba criando uma, muitas vezes, falsa sensação de gratuidade. Em sua grande maioria, esses serviços 'se pagam' com o uso de propagandas. Como o serviço precisa atrair um grande número de usuários para gerar uma renda expressiva, boa parte dos produtos e serviços disponibilizados de forma gratuita acaba tendo um foco maior em atrair pessoas para serem bombardeadas com propagandas do que realmente prover o que se procurava inicialmente.

    Dessa forma, com o passar dos tempos, as propagandas vão se tornando mais direcionadas, mais efetivas. Então, se aproveitando de diversas tecnologias, atualmente diversas informações são extraídas para criar um perfil do usuário, para que sejam mostradas propagandas cada vez mais pertinentes.

    Sendo assim, no fim não só pagamos com nosso tempo e atenção ao utilizar certos serviços gratuitos, mas também estamos evoluindo um perfil cada vez mais detalhado que tem como foco melhorar a eficiência das propagandas que visualizamos, e não melhorar os serviços oferecidos.

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  4. As pessoas têm opiniões diferentes quanto aos limites da invasão de privacidade. Muitos aceitam ter seus hábitos vendidos a custa de livre acesso aos portais da internet. Outros nem tanto. O fato é que tal prática está virando algo tão corriqueiro que nos esquecemos de olhar além do obvio, ou seja, além da mera venda de informação. Quais as consequências desse paradigma?
    Um dos problemas é a influência que sofremos ao sermos bombardeados com tantos anúncios. Passamos tanto tempo rodeado por propagandas que não notamos como nossas decisões acabam sendo direcionadas pela mídia. Precisamos ao menos estar ciente disto. A frase citada nos vídeos de que “Sua vida é resultado do que você escolhe prestar atenção” resume perfeitamente essa problemática. Outra consequência é o chamado “efeito cassino” cunhado pelo Tim Wu, que chama atenção ao fato de que perdemos o foco muito facilmente diante de tantas informações, levando muito mais tempo para completar alguma tarefa. É preciso que tenhamos senso crítico para enxergar tais consequências e propor alternativas para o modelo de marketing vigente na internet.

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  5. Embora a Internet tenha começado sua adoção em grande escala há pouco mais de 20 anos, hoje vemos um paradigma de rede muito diferente do que havia inicialmente:

    Se antes, os dados da Internet estavam limitados a páginas relativamente estáticas criadas por uns poucos criadores, hoje praticamente todas as ações que tomamos na Internet são utilizadas como fontes de informação, informação essa que é catalogada, minuciosamente analisada e vendida.

    É através dessa venda de informação que muitos serviços "gratuitos", como Google e Facebook, entre muitos outros, se mantêm. Embora esses serviços precisem anunciar o que fazem com as informações de seus usuários por razões legais, muitas vezes as informações sobre os usos de informação que os serviços realizam estão escondidas por baixo de várias camadas de termologia legal complexa que o cidadão comum não tem condições de compreender.

    Não deveria ser necessário usar a Internet com um advogado do lado. Precisamos urgentemente de medidas simplificadoras para informar o cidadão digital de forma clara quais são as concessões que ele faz para poder usar serviços supostamente gratuitos.

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  6. O mundo hoje vive uma época de distração e de ansiedade tipificada pelo vicio do Smartphone e do laptop com varias abas abertas. Neles, damos toda a atenção para o mundo digital. Nos aproximamos de tudo que está longe de nós. E ficamos perto de tudo separados por uma tela de vidro.

    O que Tim Wu torna dolorosamente claro em seu novo livro, ‘The Attention Merchants’ , é que o nosso estado distraído não é um subproduto "natural" da vida online; é uma experiência altamente fabricados projetadas por aqueles que capturar a atenção para a vida, para que possam vendê-lo para o maior lance.

    Sempre houve duas maneiras de converter a atenção em dinheiro. A maneira original é cobrar entrada para o espetáculo - um bilhete para o teatro, dizem. A nova maneira é dar o espetáculo (ou vendê-lo em uma perda), a fim de reunir o máximo de atenção possível - e depois virar-se e vender a atenção para os anunciantes. Este é o modelo usado por "mercadores de atenção" de Wu - e que sustenta a nosso mundo digital. Não é a toa que o Facebook e o Google ganham tanto dinheiro com os anunciantes também.

    Quase todos os aspectos de nossas vidas estão agora comercialmente explorados.

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    1. Alexandre,
      Esse texto está muito parecido com o que produzido pelo Google Tradutor. Veja, por exemplo, o trecho "é uma experiência altamente fabricados projetadas por aqueles que...". Procure escrever com suas próprias palavras. É mais valioso.

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  7. Nunca se teve tanto acesso a conteúdo como no século XXI. A quantidade de material de qualquer tipo disponível na rede é absurdamente vasta e de fácil acesso, basta uma busca no Google (ou em outro site de pesquise) que é possível obter o conteúdo que se deseja e algo mais.
    Tentos serviços, tantas informações e possibilidades que nos são dadas que nos impressiona e nos faz pensar "como posso ter tanta coisa sem pagar nada, de graça?".
    O que pagamos para ter tudo isso é desconhecido da grande maioria dos usuários da internet. E essa moeda são nossa informações: que sites acessamos, onde clicamos, que tipo de conteúdo pesquisamos, tudo que fazemos pode ser convertido em conteúdo para que possamos receber as propagadas daquilo que mais nos agrada ou que mais precisamos.
    A questão é: porque "não sabemos" que estamos pagando com nossas informações todo conteúdo e serviço que acessamos? E é ai que entram os Termos de serviços. O que é lido desses enormes termos ,em 99% dos casos, é a palavra "aceito" que nos "assinar" o contratado de que daremos nossas informações entroca de serviços e conteúdo.
    A questão é, porque não tornar esses Termos de Serviços mais simples e legíveis para todos usuários? E porque não informar de forma clara que nossas informações são vendidas ou utilizadas para propagandas e outras cosias?

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  8. A revolução causada pela internet foi, e continua a ser, geral. O excesso de informações e a grande interatividade oferecida por ela geraram maior independência quando o assunto é acesso a informações, dentre elas, a propaganda. Utilizar-se dos mecanismos oferecidos pela vida online fez essa área atingir níveis nunca antes vistos. Mais do que um simples anúncio de jornal ou TV, na internet é possível encontrar potenciais consumidores, mesmo em sites cujo objetivo não seja este, mas compartilhamento de conteúdo. Se por um lado é vantajoso ter acesso a produtos nas pontas do dedos, ter sua privacidade invadida pode ser alvo de questionamentos. É isso o que acontece quando, ao procurar por um produto, eu sou levado a cada vez mais propagandas do item ou relacionados. Selecionar e gravar suas preferências específicas tornam a propaganda mais direcionada e, por isso, invasiva. Eliminar propagandas é tampouco vantajoso. Há meios pessoais e eficientes de se defender, ainda que parcialmente, dessas práticas: vários navegadores, como o Mozilla, já oferecem bloqueadores de cookies, além de adblockers. Quanto ao seu poder de influência, a cara da propaganda não mudou muito; tentar vender um estilo de vida melhor e persuadir o consumidor quanto a padrões sempre esteve em seu DNA. Para casos abusivos, vale dizer que a internet ainda não é terra de ninguém, existem órgãos responsáveis por regular a categoria.

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  9. O principal ponto que o tema trata é o questionamento dos serviços gratuitos que temos atualmente. Praticamente todas as pessoas que estão na internet usam serviços como Google, Facebook e outros serviços de graça. Na verdade o pagamento normalmente é feito através de suas informações, da sua atenção ou do seu tempo. E na maioria das vezes sequer sabemos o que as empresas fazem com esses dados. Os termos de serviços parecem ter o objetivo mais de esconder do que mostrar informações.

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  10. Com o grande advento da tecnologia qual ocorreu nas ultimas decadas, o surgimento da "internet das coisas" nos fez realmente parecer que estamos numa espécie de "show de trumamn" pois com tamanha informatização os indivíduos que estao nesse meio cada vez mais entraram em um grande local a qual são invadidos com inúmeras cameras. Objetos que até então são considerados como indispensáveis para a nossa vida como um smartphone ou um computador. A invasão de privacidade é um tema a ser analisado pois é algo que aceitamos quando clicamos no "termo de aceite" do facebook ou do instagran. A única forma de se ter privacidade total é não fazer partes dessas tecnologias que são tão necessárias para a nossa vida

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  11. O ponto principal é “temos serviços gratuitos na internet mesmo?” ,tem crescido bastante a utilização de “serviços gratuitos” da internet, serviços como o google , facebook , youtube e etc. O que a maioria das pessoas não sabem é que de certo modo esses serviços são pagos, não com o dinheiro , mas sim com o tempo e a atenção das pessoas . Através da utilização desses serviços o site sabe quais são os nossos principais interesses e acaba traçando o nosso perfil de interesse e diante disso coloca os anúncios que mais nos chama a atenção e nos fazem querer adquirir o produto. Muitas vezes tem aqueles termos de uso que nem damos importância e só queremos utilizar a ferramenta/serviço. Infelizmente hoje em dia está cada vez mais impossível de vivermos sem essas ferramentas e isso acaba alimentando esse tipo de ilusionismo com os usuários, a única solução seria a inutilização desses aplicativos, o que eu acredito ser quase impossível hoje em dia.

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