terça-feira, 25 de outubro de 2016

Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.2) (26/10) (SESSÃO VIRTUAL): "Livros na Era Digital e A Busca em Livros Online"

Leitura:
Google Books
Google & the Future of Books

Audiovisual:
Google and the World Brain
In The Can: Google and the World Brain
DP/30: Google & The World Brain documented by Ben Lewis
Robert Darnton: »Libraries, Books, and the Digital Future«
Robert Darnton - 24/09/2012

15 comentários:

  1. O Google Books é uma iniciativa da Google em parceria com bibliotecas e autores de digitalizar livros e revistas e colocar eles no seu repositório. Não é a primeira iniciativa para criação de uma biblioteca digital, o Project Gutenberg e Internet Archive chegaram bem antes. A vantagem do Google é seu poder financeiro e tecnológico. Eles utilizam uma tecnologia de reconhecimento óptico de caracteres para fazer a digitalização a baixo custo, inclusive sendo criticados por não corrigir os erros introduzidos durante esse processo. Esses erros tornam uma parte significativa do catálogo de livros do Google ilegível. Também há muitos erros de metadados, como atribuição aos autores errados ou datas de publicação erradas. Esses erros podem atrapalhar a leitura e a impossibilitar pesquisa acadêmica feita com esses livros.
    Os livros com potencial para serem digitalizados podem estar no domínio público ou podem ser livros com direitos autorais mas que não estão mais sendo impressos. É importante que esses livros sejam preservados de alguma maneira. E eu acredito que se o autor de uma obra não está recebendo benefícios por manter sua obra protegida por direitos autorais, ela deveria ser liberada para o público. O objetivo é criar um centro de conhecimento que seja de certa forma livre para um acesso mais democrático. O problema com a Google, embora digam ter motivos nobres, ainda é uma empresa privada que pode usar seu monopólio para cobrar preços fora do razoável ou escanear apenas os livros que eles sentem que são de maior interesse, ou qualquer outro problema que vem com a centralização das escolhas. Mesmo se forem responsáveis, seria melhor se a iniciativa fosse pública e aberta.

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  2. Google Groups é um serviço da empresa americana Google que procura textos completos de livros que a Google escaneia, o qual o converte utilizando o reconhecimento ótico de caracteres, e armazena em seu banco de dados digital.
    Num artigo "Google e o futuro dos livros, de Robert Darnton", foi dito que nos últimos quatro anos, o Google foi digitalizando milhões de livros, incluindo muitos cobertos por direitos
    de autor, a partir das coleções de grandes bibliotecas de pesquisa, e fazendo os textos pesquisáveis on-line. Os autores e editores objetaram que a digitalização constitui uma violação de seus direitos autorais.
    Quando um intelectual tem interesse no conhecimento e ele quer compartilhar seus conhecimentos, ele publica seus livros para os interessados. E convenientemente, os interessados compram seus livros para se informar do assunto.
    Existe uma coisa chamada direito de propriedade privada, no caso da propriedade intelectual. Nenhum interesse coletivo está acima do direito de propriedade privada do individuo

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  3. A ideia de uma biblioteca universal que contem todo o conhecimento produzido no mundo acessível a qualquer pessoa é algo sonhado desde os tempos antigos. A Biblioteca de Alexandria foi algo que chegou perto desse ideal antes de ser destruída pelo imperador Nero. Porém, mesmo que fosse possível juntar todo conhecimento do mundo em um só lugar, ou pelo menos a principal parte dele, ainda não seria totalmente acessível a todo mundo, por limitações físicas.
    O Google com todo seu poder financeiro e tecnológico, esta tentando tornar esse sonho realidade com a iniciativa Google Book, uma parceria com autores e bibliotecas para digitalizar livros e revista e armazena-los em seu banco de dados tornando-os disponíveis para todo o mundo, podendo essas digitalizações serem acessadas através da ferramenta de busca da empresa. Porém a inciativa enfrenta alguns problemas legais por ter infringido direitos autorais.
    O historiador Robert Darnton em sua palestra, ressalta o aumento de preços absurdo cobrado na publicação de certo artigos científicos devido a "centralização do poder" de certas revistas, podemos assim dizer. E alerta a monopolização das digitalizações do Google Books. E depois de ter negado a digitalização dos materiais cobertos por direitos autorais, Darnton abraçou abraçou a missão de digitalizar e tornar acessível gratuitamente pela internet o conjunto da produção intelectual das universidades e bibliotecas norte-americanasn criando a DPLA, contando com a ajuda de diversos colaboradores e voluntários e não infringindo leis nem direitos autorais.
    Por mais que se queira disponibilizar o conhecimento ao maior número de pessoas possível e mesmo que certas obras não sejam mas comercializadas, não se pode passar por cima de leis e direito autorais.

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  4. O Google Books é um serviço desenvolvido pelo Google com o intuito de agrupar o conteúdo de diversos livros em um único espaço, facilitando assim o acesso à informação por parte dos usuários. Este ponto é possivelmente aquele que mais recebe elogios, com alguns considerando o serviço como algo com potencial nunca antes visto de aglutinar o conhecimento humano e também promover uma maior democratização do conhecimento. Como comentado acima por Tasso, poderia ser algo parecido com o que era visto na Biblioteca de Alexandria.

    Da mesma forma que atrai elogios, o serviço atrai críticas principalmente em dois pontos: primeiramente, pela ocorrência de erros, seja após o processo de digitalização dos livros ou nos próprios metadados que facilitarão futuramente no processo de busca dos livros por parte dos usuários finais. A segunda crítica principal ocorre no que tange a questão dos direitos autorais que alguns desses livros possuem. Embora uma boa parte desses livros provavelmente já esteja em domínio público e possivelmente o Google Books seja a última esperança de tornar tal conteúdo acessível pela comunidade.

    Contudo, é possível entender o lado dos autores que possam sentir-se prejudicados pela divulgação do conteúdo que criaram e não obtenção de lucro sobre esse trabalho desenvolvido.

    Autor: rvlb

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  5. O tema abordado nesta sessão é de suma importância para a disseminação do conhecimento a toda humanidade. Desde a antiguidade, esforços foram feitos (por alguns) para que fosse criada uma espécie de biblioteca universal, que reuniria livros de todo o mundo e fosse acessível a todos. Sabemos que todas as iniciativas até então deram por água abaixo.
    O Google Books é a iniciativa da Google, que já tornou disponível mais de 10 milhões de livros (embora muitos não sejam a obra completa), e vem enfrentando diversos entraves judiciais devido à violação dos direitos autorais. No entanto, muito do conteúdo digitalizado estaria agora no domínio público, não fosse as rigorosas leis que protegem os autores (Vida+70) de tais obras.
    O argumento de alguns é que tal iniciativa pode vir a intimidar a produção de novas obras no futuro. Foi de fato este argumento que levou à aprovação de leis de copyright em décadas passadas. No entanto, como acontece em quase tudo, é preciso um pouco de bom senso. Na minha opinião, o Google deveria arcar com os custos de reprodução, mas os autores e editoras poderiam ser mais sensatos e pensar além do próprio umbigo.

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  6. Há muito tempo, a humanidade vem tentando reunir o conhecimento produzido ao longo de sua existência. O intuito dessa catalogação 'universal' seria tornar acessível a quem deseja o conhecimento. Talvez, o melhor exemplo, da História antiga, seja a Grande Biblioteca de Alexandria. Hoje em dia, tal biblioteca não se encontra de pé. Porém, com o advento da internet, tecnologias de digitalização e reconhecimento de caracteres, possamos estar cada vez mais próximos da biblioteca universal.

    Com o aprimoramento de técnicas de digitalização e a capacidade de disseminar informações da internet, algumas pessoas viram um cenário favorável para não só reunir grande parte do conhecimento produzido, mas também um cenário onde poderíamos compartilhar esse conhecimento com o resto do mundo. Além disso, projetos como o Google Books e o Internet Archive, estão de certa forma 'protegidos' pela própria estrutura que os abriga. Por estarem na rede, esses projetos não estão suscetíveis ao que aconteceu com a Biblioteca de Alexandria.

    Mas, apesar de estar numa época mais favorável a essa 'mineração' de publicações num ponto de vista tecnológico, hoje em dia, esse tipo de projeto enfrenta problemas que não existiam no 3º século a.C., talvez o maior enfrentado sejam leis de direitos autorais.

    O plano do Google Books é digitalizar todos os livros existentes na face da terra. Como isso significa digitalizar uma imensidão de exemplares, a Google decidiu adotar uma metodologia, que num mundo regido por inúmeras leis com as mais diversas interpretações, é um tanto surpreendente: digitalizar e disponibilizar as obras antes e arcar com os advogados depois.

    Dessa forma e por outras razões (como erros e pouco cuidado na qualidade da transcrição das obras), uma ideia que em sua concepção parecia estar voltada somente para um bem maior, acabou por atrair críticas e pessoas contrárias a sua continuação.

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  7. A invenção da escrita permitiu o acúmulo de conhecimento através de livros, registros, notas, etc ... Conteúdo, este, que apenas podia ser acessada presencialmente. A evolução dos mecanismos de impressão (que permitiu cópias em largas escadas) fez com que cópias e mais cópias pudessem ser impressas e então distribuídas. Ainda era necessário ter uma cópia física, mas muito mais acessível, nem tanto. Certos materiais sempre foram de acesso restrito a segmentos da população. Com o advento da internet tem sido possível não só a distribuição e cópias de forma mais ágil, mas também colaboração em produções textuais. A humanidade e suas artes e ciências têm muito a ganhar com plataformas como o Google Books e até mesmo com sites que divulgam de graça materiais extremamente caros.

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  8. Qualquer ideia, embora inovadora, tende a ter seus contras. Nem todo mundo estará satisfeito com ela. E quando se trata de tecnologia ainda há uma espécie de preconceito por parte de algumas pessoas. Mas no caso do Google Books a crítica é por ele está enfrentando problemas com uma lei tão rígida que trata dos direitos autorais(que em minha opinião é tão absurda por considerar vida+70 anos). A Google é uma empresa multinacional de serviços online e software dos Estados Unidos que acomoda e desenvolve uma série de serviços e produtos baseados na internet e gera lucro principalmente através da publicidade pelo AdWords e tem revolucionado a internet com seus serviços. O conhecimento tem se ampliado ao longo dos anos, mas desde o princípio pessoas tiveram que arriscar, ter ideias e passar por cima de limites propostos pela sociedade. Acho muito válida a criação do Google Books e espero que cresça mais ainda e que ao passar dos anos essa lei que traz uma certa "estabilidade" para os autores, mas sem pensar no bem comum, se torne menos rígida para que o conhecimento possa ser propagado de forma mais rápida e sem limites.

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  9. Ao longo da história da humanidade, existiram custos associados à reprodução de informação. Uma das possibilidades mais interessantes da chamada "era da informação" foi a redução do custo de reprodução da informação a quase zero, com o surgimento de métodos de digitalização de dados e a facilidade na reprodução de dados digitais, que atualmente pode ser realizada por praticamente qualquer pessoa do conforto da sua casa.

    Inevitavelmente, essa facilidade entra em conflito com legislações criadas para proteger a informação gerada por um mundo pré-digital. Assim, o Google Books tem entrado em conflito com instituições que dependem de direitos autorais, tanto aquelas que legitimamente buscam proteger os direitos de autores quanto aquelas que vivem do parasitismo dos mesmos.

    A única solução para esse conflito é a criação de novas legislações adequadas a um universo onde a reprodução da informação tem custo praticamente zero. É sempre bom relembrar que, como visto em sessões passadas, a grande maioria das proteções de direitos autorais não geram lucros a seus detentores, e, pelo contrário, impedem que partes interessadas possam reproduzir certos livros, tornando-os literalmente "perdidos para o tempo" sem necessidade.

    Iniciativas como o Google Books, se aliadas a uma potencial legislação adequada, podem impedir a perda de informações valiosas trazida pelos direitos autorais.

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  10. Uma das qualidades que mais diferenciaram o armazenamento digital de informação das técnicas anteriormente utilizadas foi o facilitamento da replicação de informação. Criar cópias de uma sequência de bits em diferentes dispositivos de memória é bem mais fácil do que a cópia manual ou até mesmo a do uso de tecnologias mais diretas nessa tarefa como se faz ao xerocar. E não é só isso, nesse formato digital a informação pode se mover muito mais rápido, através da rede. Isso sem falar que o formato digital também tem a vantagem de poder ser utilizado por humanos e máquinas para processamento. São tantos os incentivos que é inevitável a digitalização dos dados que acumulamos ao longo dos anos. Mesmo quando o conteúdo não é objetivo, como no caso de um livro de poesias, ou ficção. Porém, embora tenhamos essas possibilidades ao nosso alcance, muitas vezes esbarramos nas barreiras legais cujo propósito é proteger os direitos de cópia que garantem o autor o controle da distribuição e venda do seu produto. E então é gerado o impasse: proteger os direitos daqueles que produziram o material e incentivar a produção, ou prezar pelo bem coletivo e facilitar o acesso de todos ao produto? Esse impasse, na verdade, pode ser resolvido com criatividade. Conhecendo a dificuldade em proteger os direitos de cópia, e vendo o quão pouca é a vantagem que se pode tirar disso, além da existência do desejo de que o maior número de pessoas tenha acesso ao que foi produzido por si, os autores de conteúdo tem se renovado e buscado novas maneiras de monetizar sua produção. Aqueles indispostos a tal tem perdido espaço para aqueles que aderiram a maneiras criativas de obter lucro com seu produto. Existe uma discussão sobre como isso pode alterar a qualidade do conteúdo produzido, porém, especialmente quando o produto é de valor artístico.

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  11. Google Books, em parceria com bibliotecas e autores do mundo inteiro, tenta reunir os livros em uma biblioteca gigante digital. Os livros são escaneados e armazenados em forma digital em um banco de dados. Muita da discussão quando se fala em livros digitais acaba em preferência entre livro digital e físico. Mas um dos aspectos mais importantes e as vezes esquecidos é a preservação dos livros. Muitas obras foram perdidas ou serão só porque pararam de ser impressas. Com o armazenamento digital essas obras podem continuar vivas sem problema de impressão ou se perder.

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  12. Desde sempre a humanidade sempre tentou desbravar novos mares, a busca por novos conhecimentos é sempre um desafio incessante pela humanidade e além disso é importante a forma como guardar essa informação antigamente tinhamos as enciclopédia , grandes livros a qual havia uma enorme dificuldade em e achar o seu tema de interesse, tudo isso foi avançado para o os grandes acervos digitais. E agora temos essa nova tecnologia Google Books a qual facilita ainda mais a busca de acordo com um tema referido. A partir do advento da internet foi lançada novas tecnologias das quais a própria sociedade só tem a ganhar o Google Books é um exemplo disso.

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  13. O Google books, assim como muitos outros projetos como o Project Gutenbverg,, Internet Archieve e Recaptcha, focam em digitalizar livros. Uma iniciativa honrável mesmo que o Google não possa redistribuir esses livros, pela manutenção da memoria dos livros. Especialmente livros não mais comercializados. Esses projetos em geral usam tecnologias de OCR (Optical Character Recognition) uma área de visão computacional que tenta converter imagem em caracteres, no entanto pequenos erros podem impedir totalmente a leitura do texto, e é um desafio se manter acurado em toda sua extensão. Digitalização em formato de texto é fundamental, para não apenas preservar (o que imagens fariam bem, se não melhor) mas também para permitir o conteúdo se tornar indexável.
    No entanto fica a preocupação do poder monopolista de uma atitude como essa, ao monopolizar conhecimento, ou vende-lo ao preço que interesse a si mesmo. E inclusive cobrar pelo acesso a material de domínio publico com alegação de que teve custos sobre a extração de tal material, mesmo que sua propriedade intelectual seja da humanidade.

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  14. A internet vem cada dia mais nos trazendo possibilidades que antes não eram tão possíveis, e uma dessas é o Google Book, que é uma parceria da Google com bibliotecas e autores de livros e revistas onde suas obras são digitalizadas e disponibilizadas para o público. Essa iniciativa facilita o acesso dos usuários e acaba democratizando mais o acesso ao conhecimento. Mas como tudo tem o lado positivo e negativo, essa iniciativa também tem suas críticas, principalmente em relação a violação dos direitos autorais, alguns autores reclamam da falta de lucros quando o livro é digitalizado. Outra crítica que é levantada, são os erros de digitalização, como erro nas datas de publicação ou até mesmo no nome do autor. Apesar dessas críticas acho bem válido essa iniciativa e acredito que críticas sempre são normais quando se tem algo inovador.

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