quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Tecnologia, Lei e Sociedade (2018.2) (21/11): "Re-Engineering Humanity"

Leitura:
Is technology re-engineering humanity?

Audiovisual:
Re-Engineering Humanity
Re-Engineering Humanity - Brett Frischmann w/ Dr. Matt Hayler | Virtual Futures Stage
Brett Frischmann - The Influence of the Internet on Humans

6 comentários:

  1. Paulo Renato Barbosa da Silva26 de novembro de 2018 às 09:29

    A repetição de atividades corriqueiras (cliques em termos de adesão de apps) acabam afetando nosso poder de julgamento. Essas atividades acabam de certa forma treinando nosso cérebro a realizar essas ações de maneira automática, o que pode ser classificado como uma forma de re-engenharia das ações humanas. O termo citado no título da postagem "re-engineering" pode causar um pânico social, mas seria um termo que se encaixa perfeitamente na ideia por trás disso. O autor Brett Frichmann, um dos mais prestigiados estudiosos da área, usa uma comparação muito boa desse aspecto. Mostra a analogia entre colocar um sapo em uma água morna e ir esquetando aos poucos e a re-engenharia social. Perceber a manipulação velada não é fácil, muito menos notar o processo de robotização ao qual o humano está sendo submetido.

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  2. As ferramentas que os seres humanos - em especial a inteligência artificial - desenvolveram agora estão começando a modificar seus próprios criadores. Na série da Netflix, chamada Black Mirror, podemos perceber como a tecnologia consegue mudar todo o padrão de comportamento de seus usuários, tornando-os praticamente submissos a ela sem eles próprios a questionarem. É verdade que a tecnologia vai remodelar o ser humano, mas existe uma coisa que pode ser mais verdadeira ainda: os seres humanos que dominam essa tecnologia é quem dominará esses seres humanos. Tal como o Vladimir Putin afirmou há alguns anos: quem dominar a inteligência artificial, dominará o mundo.

    Um exemplo prático de como a tecnologia pode ser usada para modelar o comportamento do ser humano é o sistema de crédito social na China, onde os usuários podem adquirir certos privilégios (diminuição da burocracia para pegar um documento, milhas para viajar de avião, pegar transporte público) se eles agirem da maneira correta que o governo chinês (ou o Partido Comunista da China) declara que é correto. Em toda a China, todos os chineses podem ser localizados em lugares precisos por causa do sistema de vigilância colocado em prática neste país.

    https://bgr.com/2018/11/23/china-social-credit-system-people-blocked-flights/

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  3. Re-Engineering Humanity é um novo termo usado para dizer como as tecnologias estão reprojetando o mundo e a humanidade. Estamos tão dependentes do mundo digital que é até difícil imaginarmos viver sem nossos aparelhos no dia a dia. Este assunto é super abordado no livro, como também o autor discute sobre o dilema de estarmos nos comportando como máquinas e se seria possível projetar mundos programáveis. Por conta dessa dependência e outros motivos, percebe-se que o impacto também pode ser negativo a respeito da tecnologia entre a sociedade e não é tão trivial notar a manipulação das máquinas.

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  4. Alguns episódios da série Black Mirror não parecem tão irreais quando analisamos algumas das mudanças levantadas por Brett Frischmann. Gostaria de pontuar uma questão importante levantada por ele relacionada aos contratos feitos na internet. Chegamos a um ponto em que assinamos termos e mais termos na internet que foram feitos para não ser lidos e que se tornaram ubiquos na internet, fazendo com que os usuários abram mão de sua liberdade virtual sem nem perceberem. Mais uma vez, o item em questão entra numa questão já bastante discutida aqui nesse semestre: a importância do desenvolvedor no papel do futuro da internet. Estamos em tempos críticos, e agora mais que nunca todos precisam ter conscicência da grande frase de Ben Parker nos quadrinhos do homem aranha: "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades."

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  5. Acho fantástica a ideia de uma humanidade conectada. Tudo o que fazemos depende um pouco de o quanto somos conectados. Um papo com os amigos? WhatsApp. Psicólogo? Twitter. Estamos numa era em que nos tornamos viciados em tecnologia e "ganha" quem tiver conectado em tudo ao mesmo tempo a par de tudo e todos. Perceba que todo vício é doentio. A ideia da conectividade da humanidade é fantástica, já o vício nela, é absurda. Dia desses, decidi me livrar um pouco das redes sociais, fiquei apenas com o WhatsApp para comunicação. Eu senti NECESSIDADE de entrar em alguma, coisa de abstinência mesmo. A experiência foi coisa absurda, infelizmente consegui apenas 4 dias sem as infelizes.

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  6. A disciplina de seminários em tecnologia e sociedade é bastante interessante pois, de certa forma, entrelaça os assuntos abordados em suas aulas meio que sem querer. Em algumas aulas foi discutido a respeito do conceito de felicidade, inteligência coletiva, internet 3.0. Todos esses assuntos se relacionam na forma como a humanidade está mudando com todos esses avanços. E bastante interessante perceber que cada avanço que a tecnologia nos traz a forma com a qual a humanidade vive e se comporta muda. Acredito que essa é a tendência. Apesar dos pontos negativos, da dependência do novo, da tecnologia, do smartphone mais recente, da rede social mais badalada. Acredito que esse é o destino da humanidade e nos acostumaremos a viver e evoluir bem dessa forma.

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