quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Tecnologia, Lei e Sociedade (2017.2) (11/10): "Discurso de ódio ('Hate speech') na Internet"

Leitura:
Hate speech
THE SEX TRAFFICKING FIGHT COULD TAKE DOWN A BEDROCK TECH LAW

Audiovisual:
Professor fala sobre discurso de ódio na internet
The Line Between Hate and Debate on Facebook
O Ódio na Internet (Les réseaux de la haine, 2014) - FILME COMPLETO, PORTUGUÊS
Online Hate and Free Speech: Where Do We Draw the Line?
Facebook’s Head Of Counter Terrorism Monika Bickert On The Importance Of Internet Censorship

8 comentários:

  1. Eu entendo por que as empresas de tecnologia ficam preocupadas com mudanças nessa lei. Ela impede que, por exemplo, se alguém guarda coisas como imagens e videos com pornografia infantil no dropbox a equipe do dropbox seja punida por isso. O que é correto. Mas, obviamente, um site voltado a justamente dar oportunidade a esse tipo de coisa ser guardada deveria sim ser punido.
    O grande problema é que sempre que os politicos passam uma lei com um intuito bom, passam junto dela varias coisas com intenções escondidas. Criando brechas para eles se aproveitarem. Então tem que se ter bastante cuidado na hora de mudar algo.

    ResponderExcluir
  2. É impactante ver comentários que tendem a ofender e diminuir as pessoas, como foi o caso visto em sala da jornalista Rokhaya Diallo . Que por ser negra, mulher, e defender suas opiniões, sofreu agressões diversas. Isso é preocupante, porque de certa forma , muitas pessoas ficam com medo de expressar seus pensamentos em redes sociais.Já que seus comentários possam ser recebidos de maneira negativa e isso passe a ser um pretexto para pessoas que propagam o ódio na internet começarem a humilhar e denegrir a imagem de quem postou a informação.

    ResponderExcluir
  3. As pessoas não estão sabendo lidar com as interações sociais hoje em dia, pois de tudo encontramos falta nas redes sociais: empatia, educação, respeito, ética, etc. No meio popular, é mais difícil hoje em dia encontrarmos o bom diálogo praticado olho no olho sem gerar discórdia das partes envolvidas. A gente precisa aprender melhor a usar redes sociais e criar mecanismos de combate ao discurso de ódio, como a startup que foi apresentada na sala, porque o ódio propagado na internet só tem aumentado. Pessoalmente, já apaguei meu Facebook.

    ResponderExcluir
  4. A internet sempre será lugar para ofensas e preconceitos, isso porque nela, protegidos pela anonimidade, as pessoas mostram quem realmente são. Para tornar a internet mais segura nesse contexto, seria necessário a identificação absoluta de todos os integrantes, fazendo com que a internet assim perdesse sua própria essência.Ferramentas podem ser desenvolvidas para ajudar a controlar e recriminar tais atitudes ofensivas, mas, nunca serão suficientemente ambulantes e eficientes para resolver o problema de maneira absoluta. Em minha opinião, a maior arma contra esse tipo de atitude é o desprezo,pessoas como essa querem público e ao perceber que as outras n concordam com elas, começam a repensar seus hábitos. Precisamos lembrar que é extremamente fácil navegar totalmente anônimo pela internet. Então, temos que nos preparar para lidar com situações como essa de um jeito ou de outro, sem esperar necessáriamenre a punicão da pessoa que fez a ofensa

    ResponderExcluir
  5. A internet não pode perder seu caráter de lugar onde as idéias, opiniões e crenças podem ser debatidas abertamente sem que os seus defensores hajam sanções. Entretanto, esse espaço virtual não pode ser palco de ofensas e discursos de ódio, e quem pratica esses atos deve ser devidamente punido com base nas leis locais.

    Condenar as empresas na internet por atos praticados por seus usuários é uma atitude exacerbada. Muitas empresas, como o Facebook, já empregam bastante dinheiro e esforços para evitar que conteúdos ofensivos permaneçam no ar, mesmo que, a culpa não seja diretamente delas. Esse problema é difícil de ser resolvido e isso deveria ser levado em consideração pelos legisladores.

    ResponderExcluir
  6. Achei muito interessante a abordagem da startup Civil Comments para reduzir o discurso de ódio na internet. Esse problema tem se agravado muito no ciberespaço porque ele provê um ambiente diferente do mundo real, onde atitudes ofensivas, que muitos de espírito fraco consideram libertadoras, podem facilmente passar impunes e não julgadas por parecer que na internet você apenas joga sua opinião e vai embora. Ao incluir o sistema de avaliação obrigatória nos comentários, a startup propõe mostrar ao usuário que o que ele está escrevendo vai ser lido e vai ser julgado, assim como o que ele fala no mundo exterior é ouvido e julgado. Mesmo que isso não faça a pessoa mudar de ideia, pelo menos é uma técnica psicológica interessante para conter os comentários ofensivos e fazer menos pessoas se machucarem.

    ResponderExcluir
  7. Passei um tempo jogando dota (um jogo online) e me deparei frequentemente com discurso de ódio com membros da comunidade. Como o jogo permite a comunicação entre os membros (5 aliados e 5 rivais) do time montado randomicamente com uma habilidade de jogo semelhante cheguei a observar alguns casos . Racismo: fui e vi alguém ser chamado de negro quando cometia algum deslize mesmo sem ser. Xenofobia: como o jogo permitia abrir o microfone meu sotaque era facilmente identificado como nordestino e com isso vinha junto comentários perguntando sobre abastecimento de água e até –“Fudeu é um nordestino” entre outras coisas. O mesmo acontecia com os chamados “jajajas”. Assim que eram chamados os latinos que falam espanhol que apareciam nas partidas e assim como os nordestinos eram associados a pessoas de baixo intelecto. Homofobia : também eram rechaçados quando alguns jogadores eram identificados/ associados a homossexuais pela voz. Agora parte disso eu acredito que ocorria pela falta de algum tipo de punição na comunidade. Tinha uma ferramenta que permitia reportar, mas a punição na época era muito branda (ficar algumas horas sem poder se comunicar, não sei como está agora). Isso certamente acontece em outras comunidades de jogadores.E também pela pessoa estar com o “escudo” que é a internet. Acho que esse vídeos expressa bem algumas brigas de internet: https://www.youtube.com/watch?v=Vu38lbNXDsI

    ResponderExcluir
  8. De um lado, uma mentalidade arcaica, extremamente narcísica, baseada na polarização e pouco tolerante às adversidades; de outro, uma nova mídia, a internet, aberta ao encontro, ao novo, às múltiplas possibilidades e à liberdade. Resultado desse encontro é o ódio, nascido deste descompasso entre um homem que não quer abandonar uma cognição milenar e uma nova forma de comunicação.

    A internet, nesse sentido, colocou uma espécie de anteparo entre os interlocutores, já que muitas vezes fica difícil perceber as nuances entre o virtual e o real. A dificuldade é entender que um perfil no Facebook, um avatar, é também uma pessoa e de certo modo isso provoca uma cegueira no impacto que um comentário ofensivo tem sobre o receptor da mensagem.

    O que a internet ajuda nesse cenário é esgarçar esse nosso ódio de cada dia e poder compreendê-lo. Freud (em O Mal-estar na Civilização), por exemplo, dizia que amor e ódio andam lado a lado: o instinto de amar um objeto demanda a vontade em obtê-lo, e se uma pessoa pensar que não consegue controlar o objeto, ou sentir-se ameaçada por ele, ela age contra ele.

    ResponderExcluir