quinta-feira, 23 de março de 2017

"Tecnologia, Lei e Sociedade" (2017.1): "A Internet e As Tecnologias Generativas"

Leitura:
THE GENERATIVE INTERNET
Internet Engineering Task Force

Audiovisual:
Jonathan Zittrain on Why the Internet Matters
Jonathan Zittrain: The Web as random acts of kindness
What is the difference between generative and tethered technologies?
Introducing the Internet Engineering Task Force (IETF) - Making The Internet Work Better
IETF History
IETF Purpose & Scope
Internet Designers as Policy-Makers

19 comentários:

  1. Eu nunca havia parado pra pensar realmente como a internet é um “produto” criado por hobby, e que foi adotado pelo público mainstream, talvez sem estar pronto para eles. A internet por mais que tenha sido criada com algum propósito, dado a sua característica generativa, acaba sendo moldada pelo seu público adotante, e reflete quem a usa. Por mais que um sistema generativo esteja aberto a ataques, e a sempre novas ameaças, também é assim a condição humana. Um sistema que (tem a capacidade de) conecta todos os seres humanos não pode ser governado por qualquer empresa, governo, ou entidade. Mesmo sendo no meio digital, o que por alguns é considerado como não sendo parte do “mundo real” a internet é uma das experiências mais humanas possíveis de se encontrar hoje em dia, porque assim como nós ela tem seus pontos altos e baixos. Ela é capaz de destruição e humilhação, mas também é capaz de construção, de bondade, e de beleza. E isso é justamente por ela não existir como uma entidade governada, e sim por apenas ser um portal onde nossas características são ampliadas, onde nossas opiniões não mais ficam restritas a nossos amigos e familiares, e sim expostas a bilhões de pessoas, o que garante que sempre haverá alguém pra discordar dela. Mas discordar não é ruim quando abre espaço para diálogo, e é justamente em casos onde isso ocorre que a internet mostra como nós podemos ser bons, e viver em harmonia mesmo em discordância. Jonathan Zittrain gosta de usar a wikipedia como exemplo, e o caso do “Star Wars Kid” me chamou muito a atenção, por evidenciar justamente isso, como somos capaz de ao mesmo tempo invadir a privacidade dos outros, e lutar para mantê-la. Talvez seja uma visão muito otimista, mas eu realmente acredito no poder de fazer o bem da internet, e principalmente da internet livre. Me parece muito mais correto investir em conscientização do que censura.

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  2. O que mais impressiona é que a internet se comporta como se ela também fosse um ser vivo, com suas diversas personalidades e caracteristicas. Ao mesmo tempo que nós vemos exemplos de pessoas que tentam usá-la para atividades maliciosas, nós vemos o extremo oposto quando olhamos para casos onde algum anonimo conserta um problema e desaparece, como o exemplo mostrado por Jonathan Zitrain no vídeo "The Web as random acts of kindness". A internet é como um outro continente ou um outro país onde as pessoas que vivem nele o governam. E por isso eu concordo que a internet realmente não deve ser governada por empresas ou governos, ela tem que ser aberta e livre para todos. Como disse Hilton, ela não deve ser censurada, as pessoas que devem ser conscientizadas. A internet é um dos maiores avanços da humanidade, e nós não devemos perder isso. O que é mais louco ainda de se pensar é que a internet ainda está em Beta!! Será que ela só é divertida assim porquê é um Beta? Eu prefiro ela assim.

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  3. Esse foi um dos assuntos que por muitas vezes me questionei, porém nunca cheguei a ir atrás profundamente. É motivador entender como de fato é o funcionamento no núcleo da internet e o quão complexa essa rede é. Mas como tudo, criado pelo ser humano, tem sempre os dois lados da moeda, a internet não poderia ficar de fora como mostra o professor Zittrain. Ainda que completamente gratuita é incompreensível saber que pessoas ainda são proibidas de ter livre acesso a tal, independente do conteúdo, a internet não deixa de ser um perfeita escola; não deixa de refletir o status da sociedade.

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  4. Essa informação de que a internet ainda está em fase beta me assustou bastante. Até onde ela pode ir? Concordo com o comentário de Eduardo onde é dito que a internet é como um outro continente onde as pessoas que vivem nele o governam. E, talvez, a internet seja massa assim por causa disso! Como Zittrain diz no seu artigo que foi disponibilizado pelo professor, os protocolos que existem se baseiam em algumas proposições sobre como o propósito de cada um será usado, mas eles sabem como serão usados pelos usuários de fato? Essa capacidade de adaptação faz a internet ser o que ela é hoje. E tudo isso é fácil de administrar porque a internet é estruturada para os usuários projetarem novas aplicações!
    É muito triste e desmotivador ver que, como Bruno falou acima, há pessoas/regiões que ainda não possuem esse livre acesso à informação e ao novo estilo de vida da sociedade – mais livre, com maior compartilhamento de ideias e conhecimentos, etc. Por outro lado, como a internet "ainda está em fase beta", é possível ver um futuro promissor, socialmente falando.

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  5. É interessante perceber que a internet está sempre se aprimorando e se modificando para atender as novas demandas de negócios e da sociedade. A frase a "Internet está sempre em beta" ilustra bem essas constantes mudanças.
    Constantemente a comunidade descobre novas formas de interagir com a internet. A internet em si foi construída de for colaborativamente pela comunidade. O exemplo dado por Zittrain sobre o Youtube, e como ele deve seu endereço "sequestrado", mostra que ainda há falhas em como a internet funciona, mas que mesmo assim a comunidade consegue se mover rapidamente para corrigi-las quando necessário.
    Como mencionado em posts anteriores a internet tem o potencial de disseminar conteúdo de forma muito rápida e já modificou a maneira de se interagir no mundo globalizado. A promessa é que, em pouco tempo, mais e mais mudanças apareçam a medida em que o acesso a ela se torne mais democrático em regiões com recursos escassos.

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  6. O que eu acho mais incrível no que está por vir é como outras coisas poderão adquirir essa capacidade generativa da internet. Já temos autores falando de "design generativo" ou a possibilidade de incluir a capacidade de ser generativo em várias outras coisas que o ser humano faz. Dá para ter uma ideia nesse link: https://singularityhub.com/2016/05/05/machines-wont-replace-us-theyll-force-us-to-evolve/ mas cada vez que algo vira informação, essa coisa passa a ser passível de se tornar generativa da mesma forma.

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  7. Quando se fala da Internet, sempre vem uma admiração e espanto associado. Isso se deve ao seu alto alcance, disponibilidade e conhecimento "embutido" na maioria das vezes. Esses podem ser os atributos mais destacados mas eu noto que a Internet se faz tão deslumbrante porque ela se encaixa às necessidades de cada pessoa. Uma pessoa pouco estudada e informada estará num mundo novo acessando a Internet. Assim também uma mais intelectual e letrada. Ambas encontrarão os recursos que desejam, nem sempre facilmente, ou tão claramente, mas sempre encontrarão. E não somente isso. Elas poderão também contribuir de forma intencional para o aperfeiçoamento daquele "acervo".

    Acredito que a propriedade de ser para quem a acessa, o que ela deseja, é que faz da Internet algo tão atraente. Isso se deve também à facilidade de controla-la e a sua acessibilidade, duas das características das tecnologias generativas.

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  8. Quando se fala em tecnologia generativa sempre ficamos animados, pois a quantidade de softwares e conteúdos que pode ser criado por terceiros é impressionante, mas também temos que pensar que quando é criado conteúdo pode vir com algum perigo de ser infectado. Como Jonathan Zittrain fala em "What is the difference between generative and tethered technologies?" em que ele é bem claro, a tecnologia generativa pode trazer melhorias absurdas porém a tecnologia estéril é mais confiável.

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  9. O avanço da tecnologia com a liberdade ao acesso sem restrições internet é essencial para a globalização e o compartilhamento de informações em todo o mundo. A internet não tem um dono, mas cada país pode controlar como funciona o acesso em seu território, então alguns países como a China censuram o acesso dos seus cidadãos à alguns conteúdos na internet. Infelizmente, esse poder de controle pode vir a prejudicar e muito a população, pois a mesma provavelmente será alienada pelo estado e inclusive suas opiniões e atividades serão severamente monitoradas na internet, prejudicando em demasia sua privacidade e livre expressão. Hoje, em pleno século XXI, na minha opinião é inadmissível que haja qualquer tipo de bloqueio ou censura na internet por alguns países.
    É fato que o governo deve monitorar a internet, para não permitir que sites com conteúdo pirateado ou qualquer outro tipo de conteúdo ilícito possa ser publicado, mas restringir a liberdade na internet em determinada localização é a mesma coisa que colocar vendas e algemas virtuais em seus cidadãos.

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  10. Acredito que a internet seja como o bairro onde você mora, sendo que o mundo inteiro vive nele, assim como existem pessoas bem intencionadas, existem pessoas más, da mesma maneira funciona a rede. Esses "atos de bondade aleatórios" aos quais Jonathan Zittrain se refere, na minha opinião, sempre existiram mas nunca foram tão óbvios quando agora. Assim como uma pessoa devolve uma carteira que encontrou no meio da rua, outra retifica uma página na wikipedia, por exemplo, a diferença é que a edição na página será vista por todo o mundo enquanto a devolução da carteira no máximo irá aparecer no canto da folha do jornal local. Em resumo, esses atos são praticados a muito tempo pela humanidade e, na minha opinião, não são frutos da internet mas, com ela, afetam muito mais gente.

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  11. Para nós que estamos inseridos no presente, de fato, é difícil de perceber que saímos da fase embrionária da internet, e que estamos apenas no final de seu amadurecimento e início da fase “adulta” na qual as grandes aplicações serão de fato implementadas. Ainda há uma grande parcela da população mundial fora da internet e alguns outros fatores limitantes tais como:
    A taxa de transferência de dados limitada, as regiões com pouco ou nenhum acesso à internet e a limitação de processamento na nuvem. Este último fator, força aplicações pesadas serem executadas nas pontas (terminais pessoais), impedindo uma computação mais ubíqua e natural. Como acredito que vá ser um dia.
    A sabedoria das multidões atrelada a inteligência artificial e a possibilidade da alta transferência e processamento de informação em escala mundial irão possibilitar aplicações nunca antes imagináveis serem implementadas e que mudarão completamente a forma que vivemos. Na presente fase já percebemos uma mudança no comportamento da sociedade devido a integração da internet como parte fundamental de nossas vidas.
    E assim creio que será a tendência, a internet se tornará algo a qual não imaginaremos viver sem, com por exemplo, a escrita ou até mesmo nossos sentidos, sendo ela um sétimo sentido que nem nos damos conta, pois sempre esteve presente.

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  12. A internet é uma coisa fascinante e reflete muito bem a natureza humana, a natureza social humana é puramente coletiva. Geralmente as coisas na internet causam um impacto por causa da sua grande disseminação ou da quantidade de pessoas que se envolvem em determinado caso. Esse impacto pode ser uma coisa muito boa, como ajudar uma pessoa que é necessitada ou desenvolver algum projeto ou ferramenta que aumente a qualidade de vida das pessoas, e só é possível através da coletividade da internet, milhares de pessoas ajudando um pouco para um bem maior. A internet ao meu ver, pode ser comparada a um cardume, um peixe sozinho é indefeso, mas em coletividade ele consegue atingir seus objetivos, por exemplo. Mas a internet pode impactar negativamente na vida das pessoas, principalmente por causa de cyberbullying e difamações que podem ocorrer nas redes sociais. Isso é o tema do mais novo sucesso da Netflix, o seriado "13 Reasons Why" que é sobre uma menina que comete suicídio e deixa fitas explicando como era sua vida na escola. No seriado podemos ver que muitos dos motivos que a deixaram triste foram por causa de difamações em redes sociais que acabaram afetando seu ambiente escolar. A internet é um ambiente coletivo, seja ele bom, seja ele ruim.

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  13. A Internet herdou o senso de comunidade e liberdade dos geeks que a projetaram, ela não tem uma empresa que a administra e mesmo assim de alguma maneira funciona. Pacotes com informação são criados, marcados com um endereço ip, enviados para rede e “magicamente” chegam no destino final. Essa mágica é chamada de roteamento descrita no rfc791, um pacote é roteado passando por dezenas de nós até que chegue em seu destino. Esses nós não tem nenhuma ligação com o transmissor ou receptor mas mesmo assim se esforçam e trabalham em conjunto para que o pacote chegue ao seu destino final. Sem a presença de uma unidade central a internet é mantida através de uma organização sem fins lucrativos chamada de IETF(Internet Engineering Task Force), novos padrões são sugeridos através de RFCs(Request for Comment) publicados por voluntários.

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  14. É impressionante ver o quanto a internet evoluiu desde sua criação e como tem muito a evoluir ainda. É muito bom saber também que é um lugar onde se pode contar com desconhecidos, que se prontificam a ajudar pelo simples fato de que alguém precisa, como foi o caso do "sequestro" do endereço do youtube. Como em qualquer comunidade nem tudo são flores, existem pessoas com bem e más intencionadas e por isso devemos cultuar os "atos de bondade aleatórios" na nossa vida de forma absoluta não importando onde. É triste ver que ainda existem pessoas que não possuem liberdade ao acesso sem restrições da internet.

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  15. A Internet é algo imenso e é fascinante pela complexidade dela, tudo na internet se espalha numa velocidade incrível. Em poucos anos a internet evoluiu muito, pois ela está presente em quase todos os lugares e isso mostra a importância que ela tem no mundo, eu diria que hoje em dia a internet é o principal meio de comunicação, propagação de informações etc. Infelizmente a internet não é só maravilhas, como o professor Johnathan Zittrain comentou no vídeo " What is the difference between generative and tethered technologies?", o kazaa e o skype podem ser uma maravilha para várias pessoas, porém uma dor de cabeça para indústrias de músicas e de telecomunicações.

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  16. O discurso do Jonathan Zittrain sobre os atos aleatórios de bondade são exponenciados na internet e podem impactar muito a sociedade "offline", podemos pegar o tema abordado no seminario anterior de crowd founding e ver isso, outro exemplo seria o ato que os usuarios do 4chan fizeram quando reuniram e analisaram dados/fotos/audios/publicidade do isis e impediram um bombardeio localizando a base militar, quem se interessar mais sobre esse topico segue links:

    http://gizmodo.com/4chan-declares-war-on-isis-1791119122
    http://imgur.com/gallery/5P1N1GI

    A parte boa da neutralidade/anonimato da rede permite esse tipo de coisa sem retaliação por parte da isis para os individuos que ajudaram a localiza-los, porém sabemos que pode acontecer o contrario, então é uma faca de dois gumes.

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  17. A internet é um dos principais meios de convívio social em nosso tempo, e como em toda forma interação de pessoas, é possível perceber a tendência que a sociedade tem de se unir para resolver problemas, e corrigir injustiças. Na internet, essas interações ocorrem de forma potencializada, pela grande quantidade de pessoas interagindo em prol de uma causa, como podemos observar no vídeo "Jonathan Zittrain: The Web as random acts of kindness". É interessante notar, que apesar de haver pessoas mal intencionadas, a grande maioria dos internautas criam uma ética, para corrigir e coibir as atitudes negativas que uma pessoa com uma intenção negativa pode tomar. Cada vez é mais fácil perceber a internet como um organismo vivo, feito coletivamente, por várias pessoas com opiniões diferentes, que procuram interagir entre si para gerar conhecimento, e soluções que ajudem na vida de várias pessoas.

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  18. A essência livre e sem amarras da Internet, que foi idealizada desde o principio da sua criação, é a chave para compreender os chamados "random acts of kindness". Por não haver intervenções significativas na evolução dessa tecnologia, creio que foi estabelecido uma simbiose entre os usuários da rede e a seu bom funcionamento. É como observar o processo de polinização das abelhas, onde existe um pacto de ajuda mútua entre ambas as partes. O pólen representa os pacotes sendo transmitidos através da infraestrutura, onde alguns são importantes e usados pelo usuário, mas muitos são apenas transportados de um ponto ao outro da rede.

    Generalizando esse exemplo de forma simplista, é possível se ter uma visão do principal porquê de tantos serviços completamente abertos e colaborativos terem dado certo dentro do contexto "Internet" estabelecido na última década. No meu ver, é como se o artefato tecnológico em questão não fosse a estrutura da rede em si, mas sim a sua forma de interação com os variados usuários.

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  19. É interessante como coisas extremamente complexas e importantes como a internet, estão sustentadas pela “gentileza” dos integrantes. Como no incidente do Paquistão, onde um pequeno país retirou a o youtube do ar em todo mundo, o que a primeira vista seria uma ameaça e uma prova de que não existe o conto de fadas, o próprio desfecho da situação ( em que uma associação sem fins lucrativos espalharam a informação e em pouco tempo o site foi retirado ) é mais uma prova o quão “forte” é essa gentileza. Outro ponto, é a cooperação na construção de software livre, em que programadores se reúnem mesmo sem remuneração financeira dedicam horas para construção de softwares sólidos e que muitas vezes é de melhor qualidade do que os de empresas gigantes rivais. É ainda mais impressionante quando contrapomos com a ideia de capitalismo selvagem e egoísmo humano natural.
    De um modo geral a colaboração mútua é o ponto alto da internet atual, é o que faz a maioria das informações chegarem de forma mais correta aos usuários, principalmente à aqueles cuja a internet é responsável por maior parte dos dados que lhes são fornecidos. A wikipédia é um ótimo exemplo de que qualquer um pode colocar informação na rede, e que mesmo sendo desta forma, essas informações são, de certo modo, confiáveis, o que para muitos era algo impossível de ser realizado e com o resultado que o site vem apresentando. Devendo sim, atos como esse, terem maior divulgação e incentivo.

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