quarta-feira, 8 de março de 2017

"Tecnologia, Lei e Sociedade" (2017.1): "Tecnologia, Crescimento Exponencial, e a Singularidade"

Leitura:
The Law of Accelerating Returns
Technological singularity
Why Tech Is Accelerating
Forget ideology, liberal democracy’s newest threats come from technology and bioscience

Audiovisual:
Imagining the Future: The Transformation of Humanity | Peter Diamandis | TEDxLA
Kevin Kelly: How AI can bring on a second Industrial Revolution
Ray Kurzweil: Get ready for hybrid thinking
Superintelligence: Science or Fiction? | Elon Musk & Other Great Minds
AI and Ethics
A FAQ on Tech, Jobs, and Wages | Andrew McAfee
Law and Policy Development Since 2015 | Ryan Calo

18 comentários:

  1. Estamos em um ponto de inflexão na curva exponencial de crescimento tecnológico. Com isso, fazer previsões para o estado da tecnologia nos próximos 20 anos se torna muito difícil. Contudo é um consenso que estamos convergindo para um mundo onde tudo e todos estão conectados e que a inteligência artificial poderá se tornar um commodity. Desta maneira, o acesso ao conhecimento se tornará mais fácil, e isso pode gerar um grande "boom" na economia e na sociedade.
    Mesmo com todo otimismo, devemos também analisar e tomar cuidado com todas as implicações desse futuro. Esse futuro nos leva a um caminho em que privacidade pode ser uma coisa rara. A todo momento estaremos sendo observados e analisados, vendendo nossa privacidade, muitas vezes de forma inconsciente, para que possamos utilizar algum serviço de forma ótima. Poderá chegar um momento em que a sociedade questione até que ponto está disposta a abrir mão de sua privacidade em troca destes serviços.

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  2. Uma coisa que me chamou atenção na palestra de Peter Diamandis é que ele é extremamente otimista, e eu gostaria de ser otimista a esse ponto sobre o futuro da tecnologia, mas não acho que as coisas ocorrerão de acordo com as previsões apresentadas. Acredito eu que a política pública, os governos em geral, são uma grande pedra no caminho do desenvolvimento tecnológico e aceitação tecnológica em muitos países. Ideias como, daqui a menos de 10 anos com satélites e drones a google e o facebook acreditam que conseguirão conectar todas as pessoas da terra é algo que soa utópico pra mim, pois países como China por exemplo, tem restrições em vários sites de domínio público como or exemplo o Youtube.

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  3. Em meio a todos esses avanços, nada me impressiona/assusta mais do que a evolução da IA e sua constante busca por criar máquinas cada vez mais inteligentes. O risco é inegável, principalmente quando notamos que a evolução humana simplesmente estagnou enquanto que máquinas cada mais mais inteligentes são criadas e criadas. Creio que a base de conhecimento da sociedade se tornará bem sólida ao ponto de decidirmos que rumo tomar e como se defender dos possíveis problemas desse futuro incerto.

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  4. Achei muito interessante a comparação de acesso a informação que o Peter Diamandis fez em sua palestra, podendo notar que o acesso a tecnologia avançou muito nesses últimos anos, explicada pela Lei de Moore. Contudo, uma coisa me assusta é a forma de como é dada tanta atenção para a questão da Inteligencia Artificial. A cada dia é feita maquinas cada vez mais inteligentes sem nos preocupar como essas maquinas podem reagir se começarem a "pensar".

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  5. Acho válido acrescentar a discussão, no que concerne o "upload" do cérebro na nuvem, um debate que Elon Musk participou, no qual ele fala sobre a possibilidade de criarmos uma realidade virtual imersiva, onde colocariamos nossa consciência e ainda coloca três possibilidade para isso acontecer:

    1- Nós já estamos inseridos nessa realidade virtual
    2- Nós estamos em processo de construção dessa realidade virtual (como discutido a exponenciação da tecnologia)

    ou o pior caso

    3-Por algum motivo natural (resfriamento do sol, acidentes naturais do planeta), não conseguiriamos a tempo o desenvolvimento da tecnologia de realidade virtual.

    Quem tiver interesse na palestra, segue o link:
    https://www.youtube.com/watch?v=2KK_kzrJPS8

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  6. Acho que é interessante para o debate comentar sobre a série Black Mirror, do Netflix, que consegue retratar de forma interessante – pra não dizer “assustadora” – como alguns avanços da computação podem afetar a vida dos seres humanos. O mais interessante é que, certas tecnologias mencionadas na série, já fazem parte da nossa realidade de alguma forma, ou estão em fase de pesquisa/testes. A série retrata de tópicos como upload de consciência (como Leonardo falou acima, é justamente a criação de uma realidade virtual imersiva), casas inteligentes que têm a capacidade de ler emoções e interagir com elas, abelhas-robôs que irão substituir as abelhas de verdade (hoje possuem um grande risco de extinção), entre outros. Todos esses tópicos que comentei já fazem parte da realidade atual da ciência, apesar de aparentar estar distante. Vejo esse avanço como algo inevitável e algo que a humanidade vai trabalhar nonstop, mesmo que exista a possibilidade da singularidade ocorrer.

    Acredito que nós, humanos, não sabemos o quão rápido estamos nos movendo, porém, segundo Ray Kurzweil, o crescimento exponencial da computação já é algo que ocorre há mais de 1 século. Sobre isso, penso que a taxa de crescimento pode até diminuir e deixar de ser exponencial, mas nunca vai chegar a um fim.

    Encontrei uma palestra de Peter Diamandis (“Abundância é o nosso futuro” – http://www.ted.com/talks/peter_diamandis_abundance_is_our_future#t-301143) e achei interessante o ponto em que ele fala da tendência que o cérebro humano tem de focar nas notícias ruins para se prevenir de possíveis consequências ruins. Esse argumento leva a uma melhor compreensão do porquê é mais intuitivo enxergar os pontos negativos de novas tecnologias do que os pontos positivos.

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  7. Quando olhamos os períodos pré-históricos, percebemos que são definidos por como os homens conseguem melhorar suas ferramentas: da pedra lascada, à pedra polida; do cobre ao ferro. Vejo a Inteligência Artificial como sendo uma ferramenta, como uma versão “polida” do computador. De certa forma é uma evolução como sempre ocorreu, porém é a primeira vez em que a ferramenta pode se confundir com quem a utiliza, onde surge um medo de que nossa criação possa nos superar, e até ser o nosso fim. Por isso acredito que nos próximos anos a política vai estar intimamente envolvida com o desenvolvimento da IA.
    Com o avanço, surgem preocupações, e para apoio tanto do público quanto de políticos para que possam legislar em favor do desenvolvimento da área, vão surgir advogados de defesa e de acusação na forma de figuras públicas. Atualmente já vemos grandes influenciadores de opiniões, como Elon Musk, que vão ter grande parte na quebra de alguns estereótipos criados por hollywood, da IA que sempre acaba se virando contra seu criador. Mas visões opostas também existem, e à medida em que IA se aproxima cada vez mais do publico consumidor, e do dia-a-dia das cidades, novas críticas surgirão.
    A opinião popular vai acabar ditando qual o futuro da Inteligência artificial, tanto em apoio financeiro necessário para o desenvolvimento do campo de pesquisa quanto a adoção dos produtos no mercado

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  8. Ao contrário da visão utópica de Peter eu acredito que tamanha velocidade na evolução da tecnologia tornará cada vez mais difícil para a sociedade se adaptar à ela e isso causará vários problemas sociais. Principalmente se o problema de gargalo na interação do humano com a máquina apresentado por Elon Musk for resolvido.

    Eu acho que as primeiras gerações após a "segunda revolução industrial" apresentada por Kevin Kelly sofrerão mais impactos negativos do que positivos com o uso em massa da IA (extinção de profissões, etc) analogamente aos efeitos da revolução industrial original. Apesar dos impactos negativos iniciais, acredito que assim como na revolução industrial do século 18 após um período de transição ela trará benefícios para gerações futuras e é inevitável para a evolução da sociedade como um todo.

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  9. Na medida que computadores consigam ultrapassar a inteligência humana os detentores dessa tecnologia terão a capacidade de dominar o mundo e moldá-lo no formato que eles quiserem. Não haverá mais a necessidade de empregar funcionários humanos na maioria das áreas de trabalho, resultando numa mudança total no estilo de vida da população. Com essa mudança, provavelmente, os mais favorecidos estariam evoluindo cada vez mais graças a novas tecnologias e etc, enquanto a maior parte da população estaria fadada a viver à margem dessas tecnologias. Um filme que retrata uma visão parecida é Elysium.

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  10. É de assustar quando Peter Diamandis fala sobre o Facebook, Google e o projeto OneWeb que pretendem conectar todas as pessoas do mundo. Uma coisa é certa, a liberdade será extinta de nosso planeta, a liberdade e o anonimato serão apenas histórias de antigamente. Ele fala, “Every thing will be seen, measured and known” no video Imagining the Future: The Transformation of Humanity. Acredito que esse boom anunciado por ele irá dividir as opiniões no mundo, visto que passará dos limites, hoje aceitos, da exposição pessoal. Fora essa questão, também é preciso refletir se essa velocidade toda da tecnologia e essa busca pela superinteligência leva a algum estado melhor de vida. Similar ao princípio da incerteza de Heisenberg quando chegamos muito próximo de uma resposta outras coisa podem ficar confusas e ainda mais questões serão levantadas. Logo essa corrida tecnológica só serve para estressar a humanidade e o meio ambiente. Visto que o ciclo da evolução não tem fim. Ainda mais, como previsto pelo filme Lucy, no qual a personagem ganha o poder de adquirir conhecimento de forma instantânea, a mesma se torna onisciente e onipresente, virando uma espécie de deus perdendo o interesse nas questões mundanas.
    Se apoderando do exemplo dos martelos de Kelvin Kelly, no qual vários martelos especialistas foram derivados de ideia de um martelo mais simples e que ainda os usamos no dia-dia me faz pensar que o fato se dá, devido a sua utilidade e eficiência, possibilitando algo que antes não era possível. E assim vejo a tecnologia e a evolução biológica como um todo. Kelvin fez um comparativo entre os reinos incluindo a tecnologia como tal. Contudo vejo uma grande diferença, o fato que a primeira não comete erros, pois é cadenciada e respeita as regras do ambiente para que possa evoluir sem comprometer a sua própria existência. Já a tecnologia criada pelo homem, vejo como uma força desenfreada movida única e exclusivamente em busca da eficiência sem levar em consideração o ambiente e assim pondo em risco a sua própria existência e/ou bem-estar.
    Falando em risco, como levantado pela Margaret Boden a responsabilidade moral das decisões tomadas não pode ser atribuída às maquinas inteligentes, pois em certo momento elas foram programadas e inicializadas por algum ser humano. Ela afirma no vídeo que aí reside uma grande problemática. Que a meu ver, pode dar margem a pessoas e companhias cometerem atos ilícitos e antiéticos através de agentes inteligentes atribuindo aos mesmo a responsabilidade.
    Gostaria de presenciar uma desaceleração do avanço tecnológico e aceleração nas questões humanas e ambientais.

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  11. Em computação e conhecendo a lei de moore, é de esperar a evolução exponencial computacional, mas, mesmo assim, é espantoso o quão poderoso será o poder de processamento. Em 2023, um computador intermediário terá poder de processamento comparado ao cérebro humano. Em 2050, a toda a nossa espécie. Em poucos anos, há possibilidade de conectar seu cérebro a nuvem e promover a interação entre eles, a meta-inteligência. De fato: “People have no idea how fast things are moving”.
    AI é uma das áreas que mais experimentaram essa evolução, segundo Kevin Kelly, AI irá promover uma nova revolução industrial, eu vejo que de fato isso poderá ocorrer pois haverá uma mudança de paradigma, em que haverá a cooperação entre humanos e AI.
    O que nos faz pensar nos próximos passos, uma integração tão grande, capacidade de se conectar a nuvem e a cooperação com AI serão capazes de mudar a estrutura e forma de pensar humana, a ponto de promover uma evolução tecno-biológica, seremos híbridos (homem+máquina).

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  12. Acho que é interessante traçar um paralelo entre o que será o futuro e o que nós humanos queremos para ele. Não é difícil notar que o avanço implacável e voraz da tecnologia - sobretudo, IA - caminha sobre uma corda bamba que divide-se em utopia e distopia. Me chamou a atenção a palestra "AI and Ethics" justamente por abordar esta temática e chamar a atenção sobre a necessidade de trazer o debate aos holofotes o quanto antes. Contudo, isso não pode se tornar um obstáculo para a difusão e o apoio às pesquisas na área, mas sim um estimulo para atrair mais mentes para a vertente ética das tecnologias de IA. Como muito bem colocado por Huw Price no fim da palestra, o desejo de um futuro onde a IA traga apenas impactos positivos é um fator comum a todos. No mais, os conceitos do chamado Hybrid Thinking e a simbiose entre humanos e máquina materializam bem essas preocupações, uma vez que agregam vantagens (solução de problemas outrora muito complexos) e preocupações (é de fato possível fazer com que nosso cérebro tenha acesso a nuvem sem nos levar a insanidade?) de mesmo peso.

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  13. O vídeo onde o Peter Diamandis fala sobre qual rumo a humanidade está tomando apresenta algumas idéias muito interessantes, mas ainda assim ele demonstra ser muito otimista sobre o uso dessas tecnologias que estão sendo estudadas/desenvolvidas. Embora tudo que ele comentou possa ser usado para melhorar a vida humana e esteja sendo desenvolvido com esse propósito, ainda deve-se pensar no que pode ser feito caso grupos terroristas tenham acesso a ~cerebros na cloud~ ou que rumo eles podem dar ao desenvolvimento de tecnologias com IA.
    Visto esse outro lado da moeda, é possível entender o posicionamento de Elon Musk e seus 'meat sticks', quando ele fala que isso só deve ser usado para melhorar o input e output do ser humano.

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  14. O mundo está passando por uma grande evolução tecnológica numa velocidade impressionante. Os pontos levantados por Peter Diamandis como a lei de moore, plano do Facebook, Google e projeto OneWeb de conectar todo mundo, avanço da inteligência artificial, tudo isso comprova a grande mudança que está por vir. Porém o que me deixa com o pé para trás é o otimismo dele, pois o impacto será imenso na sociedade e para isso precisa-se de muito tempo para a tecnologia se adequar a sociedade. Pouco a pouco estamos vendo robôs substituindo humanos nos trabalhos e isso é tendência, mas ainda vemos pessoas que lutam contra essa evolução, no caso já tem muita gente contra implantação de chips nas pessoas, coleta de dados do email e smartphone e isso é um assunto muito delicado que pode ser um grande problema para o avanço. Com toda essa grande mudança acontecendo, precisa-se de um grande tempo para planejar e adaptar.

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  15. É bastante interessante a perspectiva do futuro proposta por Peter Diamandis, apesar de ser bastante otimista, diria até utópica. Mas deixando o otimismo de lado, é necessário medir o impacto de tamanho avanço tecnológico na sociedade. Questões que hoje já são críticas, como privacidade de dados pessoais, se tornariam ainda mais críticas. Um outro problema a se pensar é a perda de postos de trabalho; os humanos já foram substituídos por máquinas em várias funções menos especializadas, e há previsões de que profissões mais especializadas, como a de advogado tenham a possibilidade de ser substituídas também (o texto a seguir de título "Ainda existirão advogados no futuro?" cogita essa possibilidade). Várias mudanças causadas pelo avanço da tecnologia serão benéficas, mas precisamos nos prevenir quanto a velocidade desse avanço, e nos preparar para a consequências do mesmo.

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  16. Peter Diamandis traz uma visão super otimista acerca de tecnologias que estão sendo estudadas/desenvolvidas, embora esteja ciente dos perigos inerentes a essa temática. Portanto, entendo que assumindo esta postura, sua pretensão seja atrair mais e mais, pesquisadores para essa área. Penso que as perspectivas para o futuro, são ao mesmo tempo, fascinantes e assustadoras, visto que os avanços na IA podem abrir portas para o progresso da humanidade, como também, promover a sua destruição. Assim, devemos ter o máximo de cautela quanto ao seu desenvolvimento e buscar nos prevenir de possíveis consequências indesejadas.

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  17. Já há um tempo que é sabido que os circuitos integrados têm um crescimento exponencial. Para além disso, diversos outros campos da computação têm obtido crescimento exponencial, não somente o dos circuitos. No caminho dessa explosão e capacidade computacional, diversos problemas foram resolvidos. Ainda há muitos deles a serem resolvidos. Porém, com essa explosão surge também uma preocupação bem justificada. As soluções obtidas não foram alcançadas exclusivamente pela capacidade computacional, mas também pela gigantesca amostra de dados que foi coletada. Quando se fala sobre os dados, é preciso lembrar que há problemas políticos e sobre quem os detém. Essa é uma discussão ainda em fase embrionária. De fato é algo que deve continuar a ser debatido pois representa o uso correto da tecnologia. Na mudança já comentada por Ray Kurzweil do paradigma computacional atual para uma inteligência globalmente conectada, será necessário que se tenha definido muito bem os limites do uso de dados.

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  18. Como todos os colegas falaram, a visão da explosão tecnológica de Peter Diamandis é um pouco otimista demais, ele trata o sistema social humano como uma colônia bacteriana, que só se importa em crescer e se multiplicar sem restrições algumas. Sabemos que não é bem assim, o ser humano tem suas limitações, culturais, religiosas, entre outras que podem desacelerar ou impactar nesse crescimento tecnológico acelerado. Quanto ao termo de "Technological Singularity", creio que a superinteligência que seria o estopim para este evento seria a expansão da capacidade de processamento da mente humana. A mente humana é uma coisa singular, ela possui uma coisa que nenhum computador possui, criatividade. Imagine se conectássemos a mente de Albert Einstein ou de Alan Turing a um computador e expandíssemos a sua capacidade de processamento? Talvez a teoria da computação ou a teoria da relatividade poderiam ter sido criadas em milisegundos. Será que existiria uma inteligencia artifical mais poderosa que a mente humana potencializada por um computador?

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