quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Tecnologia, Lei e Sociedade (2015.2) (18/11): "O Surgimento do Napster"

Leitura:
Napster

Audiovisual:
Napster Documentary 'Downloaded' | Part One
Napster: Culture of Free | Retro Report
Alex Winter on "Bill & Ted," Napster and His Documentary, "Downloaded"

11 comentários:

  1. A criação do Napster foi muito importante para a internet, pois inseriu a tecnologia P2P e teve um grande impacto em toda sociedade.
    O impacto técnico foi obvio, já que até hoje muitas aplicações utilização essa tecnologia onde se aplica melhor que a arquitetura cliente servidor, principalmente quando há a necessidade de muitas pessoas enviarem informações entre si, não só buscando de um servidor.
    E o impacto social, foi ocasionado principalmente por atingir o enorme mercado da música. Muitos estúdios e músicos viraram inimigos do Napster por achar que estavam sendo roubados e não conseguir atualizar o modelo de mercado de acordo com as novas tecnologias.
    Mas grande parte do impacto social ainda foi por causa de como a arquitetura P2P funciona, onde quem envia os dados são os próprios clientes, fazendo com que o Napster seja apenas um meio de permitir essa troca de músicas. Isso fez com que fosse muito mais complicado de derrubar o Napster no tribunal, e mesmo após o "fim" do Napster surgiram diversos diferentes servidores oferecendo esse serviço, tornando praticamente impossível acabar com esse tipo de serviço.

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  2. O Napster teve um impacto positivo no quesito a tecnologia, porém o propósito dele era incabível desde o início pois de fato desvaloriza o trabalho dos artistas ao permitir a distribuição gratuita do trabalho deles. Por mais que a tecnologia P2P tenha sido inovadora e com grande potencial, trouxe também problemas graves a outros setores acarretando uma grande perda de dinheiro por parte dos produtores.
    Mesmo que o serviço P2P criado pelo Napster não deixasse de existir era obrigação das autoridades fecha-lo.

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  3. Acredito que a criação do Napster abriu a mente de muitas pessoas, tanto dentro quanto fora da indústria da computação. Mostrando aos desenvolvedores uma demanda sob o fornecimento de serviço. Iniciando no audio com o Napster e evoluindo a todos os tipos de serviços sob demanda, como vídeo, pagamento de contas, matriculas em universidades e muitos outros.
    Tal demanda incentivou os desenvolvedores a criar mais aplicações que resultaram nessa revolução sob a maneira de serviço sob-demanda e compartilhamento de arquivos, mostrando que por mais ceticismo que tenha encontrado, o modelo tenha dado certo.

    Uma importante lição que foi, novamente, nos lembrabada é não acreditar no ceticismo. Pois a mesma crença que dizia que a internet não iria funcionar por depender da "Boa vontade" e compartilhamento de seus usuários.

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  4. Ao observar iniciativas como a do Naspter me faz apreciar quanto o ser humano deseja que a informação seja usufruída pelo maior número de pessoas possível. Obviamente, a política adotada pelo Napster, em simplesmente compartilhar arquivos sem autorização legal dos seus propietários. A irregularidade do sistema infelizmente trouxe uma série de prejuízos para a companhia, mas não apagou o seu potencial e o seu feito extraordinário no mercado musical digital.
    A proposta do Spotify, por exemplo, me agrada bastante pois eles proporcionam ao usuário uma coletânea de músicas muito extensa e todo esse conteúdo é fornecido sob autorização legal dos autores. Concordo inclusive, no fato de se pagar por um serviço tão bem arquitetado e que disponibiliza de uma forma bastante agradável e inteligente o conteúdo ao usuário final (sem querer fazer propagandas, haha).
    Infelizmente, grupos como o Piratebay tem ganhado bastante peso e admiração no contexto de usuários que decidem usufruir da pirataria para adquirir dados e arquivos que geralmente são bem caros. Quando isso se torna prejudicial para uma parte, não há outra opção se não unir forças para banir de vez esse tipo de proposta. Apesar da proposta do P2P ser um tanto revolucionária e “amigável” ela radicaliza e aniquila a proposta dos direitos autorais, enfraquecendo a indústria que se mantém viva para a produção de bens úteis a sociedade.

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  5. É engraçado observar que muitos eram incrédulos que a tecnologia P2P iria funcionar e perceber que hoje em dia ela é extremamente utilizada.

    Se você parar pra pensar, a ideia do Napster não era uma coisa tão absurda assim. Eu acredito que as pessoas tenham a tendência de querer compartilhar coisas sempre. Eu lembro que na época do colégio, muitas pessoas compartilhavam filmes, músicas e séries entre si porque você sempre tem aquela vontade de mostrar algo que você gosta pros seus amigos, pra ver se eles gostam também. O Napster simplesmente provou que isso realmente é verdade.

    Por mais que no caso do Napster, os copyrights realmente tenha sido um grande problema, eu acredito que na indústria musical as coisas sempre sejam um pouco mais complicadas. Até o próprio Spotify que é um serviço completamente legal, encontra problemas aqui e ali, o caso da Taylor Swift foi um exemplo disso.
    http://www.businessinsider.com/taylor-swift-explains-why-she-left-spotify-2014-11

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  6. O napster foi um divisor de águas para internet. Através da tecnologia P2P, eles mostraram que as pessoas são capazes de colaborar diretamente entre si, e na época, causou uma grande agitação no mercado musical por permitir a troca de conteúdo, sem a necessidade de pagar várias vezes. Dado que esse modelo é usado até hoje, as produtoras precisam se adaptar a isso, desenvolvendo outras formas de lucrar em cima dos artistas. É justo afirmar que o Napster foi o precursor de tecnologias como a loja virtual do iTunes, ou serviços de streaming como spotify, dado que ainda existe um senso de justiça nas pessoas que estimula a diminuir o impacto aos artistas. É interessante pensar que enquanto uma pessoa que cresceu numa época em que a compra de CDs físicos era comum vê o Napster e serviços de torrent como roubo, alguém que nasceu no século XXI não vê sentido em comprar ao invés de baixar por torrent ou simplesmente ouvir no YouTube.

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  7. O Napster não quebrou o mercado da música, apenas mostrou oque havia (e ainda há) de errado nele.

    Até seu surgimento, a única forma de se obter uma música era a através da compra de discos e os artistas pertenciam a uma gravadora. Esse relacionamento era bom apenas para gravadora que lucrava muito. A maioria das bandas eram quase que obrigadas a lançar um disco por ano, isso diminuía a qualidade dos discos que, na maioria das vezes, possuía apenas uma música boa. E era justamente por essa música que as pessoas compravam os discos.

    Com a chegada do napster e a possibilidade da troca de músicas via P2P (tecnologia apresentada e popularizada pelo napster), era possível obter apenas as músicas que lhe interessavam de artista, sem a necessidade de comprar todo o disco.
    É claro que o fato de vc obter isso de graça foi a principal vantagem do Napster e tb oque quebrou a indústria da música.

    Mas se for para para olhar direito, esse compartilhamento de músicas via P2P apenas reproduziu virtualmente aquilo que todo mundo fazia, que é emprestar seus discos e a outra pessoa copiar para fitas k7, por exemplo. Por isso muitas pessoas não achavam que baixar músicas pelo napster era crime.

    Ainda hoje eu não acho que seja crime, mas dependendo do artista eu faço questão de pagar pelo seu trabalho, não são todos que merecem isso :p

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  8. O Napster foi pioneiro no sentido de mostrar que existia uma demanda por música diferente daquela que as grandes gravadoras estavam oferecendo. Isso é extremamente necessário, pois sem inovação por parte da "concorrência", empresas dinossauro, como gravadoras, iriam ficar para sempre fazendo as mesmas coisas.
    Obviamente que o que o Napster fez não era necessariamente legal, pois não dava o devido crédito aos artistas e quebrava os direitos das musicas, oferecendo-as para varias pessoas a partir de uma só licença. Também não era ilegal, pois tudo era feito entre os próprios clientes e eles só ofereciam um canal de comunicação seguro.
    Mas o mais importante é que após anos modificando a industria musical a partir da faísca do Napster, chegamos em um ponto com o streaming de música, que passou a ser justo com o consumidor, com os artistas e com as gravadoras (que continuam recebendo uma quantidade absurda de dinheiro, o que é aparentemente é suficiente para acalmá-los não importam os meios nos quais as musicas estejam sendo distribuídas)

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  9. Napster era uma faca de dois gumes. Por um lado era um problema para os grandes produtores de música pois era usado para compartilhar música de graça de forma que infringia os direitos autorais, Por outro lado era uma oportunidade para artistas independentes divulgarem seu trabalho e deixarem de ser apenas artistas locais para serem conhecidos nacionalmente, como foi mostrado no documentário assistido em sala.
    O Napster foi o primeiro a criar esse tipo de serviço e por isso abriu as portas para que outros serviços parecidos também surgissem. A industria da música não entendeu que a criação do Napster era uma revolução no jeito que a musica era distribuída e tentou lutar contra o serviço do jeito errado, ou seja, tentando derrubar a empresa que forneceu o serviço. Não é preciso nem falar que isso não resolveu o problema. Ainda hoje existem serviços como o Napster e a música é mais distribuída virtualmente do que fisicamente (CDs, etc). O Napster também possibilitou que serviços legais, como o iTunes ou até mesmo Spotify, pudessem existir.

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  10. O Napster inseriu a tecnologia P2P, sendo um grande contribuidor para a internet, porém a pratica de disponibilizar material não autorizado por parte de artistas e produtores de aúdio, gerou um grande impacto social nesse meio.

    Atualmente existem certos aplicativos que sugerem a disponibilidade de alguns serviços com vantagens sobre os serviços já existentes no mercado, como é o caso do Uber. Os serviços oferecidos aos passageiros são de excelente qualidade comparados aos serviços de taxi comum, porém os motoristas não são tributados, o que gera grande revolta nos condutores de taxi. A partir desse breve comentário faço um questionamento para ligar ao ponto do Napster:

    Porque não se adaptar ao mercado?

    Os taxistas poderiam oferecer um serviço de melhor qualidade, com carros mais limpos, água, enfim, se adaptariam ao que o mercado exige sem precisar se preocupar de forma tão exagerada com a concorrência dos Ubers. Penso, talvez, algo parecido sobre o Napster; a tecnologia evoluiu e naquele momento seriam necessárias ações inovadoras por parte dos produtores musicais, gravadoras e artistas para que o Napster não fosse, efetivamente, algo preocupante. Poderia citar algo do tipo, diminuir valores de vendas de cds.

    Enfim, o Napster mexeu com o mercado da música, tirando da inercia algumas gravadoras, que sugavam o dinheiro dos compradores com valores absurdos e ainda inseriu um novo tipo de conexão evoluindo a Internet.

    Evoluir a tecnologia é evoluir o homem.

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  11. Pra mim, o Napster eh um exemplo classico dos beneficios de se quebrar uma barreira, digamos assim. Criar oportunidades.
    Certamente, como pioneira, foi exemplo e abriu os olhos de grnades companhias (como ate a Apple, me arrisco a dizer) sobre a questao do deslocamento do mercado musical para o ambiente virtual.

    O documentario mostrou como essa liberdade conseguiu ajudar artistas locais e outrora desconhecidos a entarem no mercado e competir com os "grandes e famosos" e isso incomoda muita gente (que luta contra a liberdade sem sobra de duvidas, embora o facam as escuras).

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