sexta-feira, 17 de maio de 2019

Tecnologia, Lei e Sociedade" (2019.1): "Government Hacking, Lawful Interception, Coleta de Provas via Hacking"

Leitura:
GOVERNMENT HACKING
ACLU DEMAND GOVERNMENT DISCLOSE NATURE AND EXTENT OF HACKING ACTIVITIES
Security Risks of Government Hacking
Security Risks of Government Hacking (PDF)
Government Hacking Makes Everyone Less Safe
Government Hacking and Subversion of Digital Security
Government Hacking
Government Hacking by Jonathan Mayer
Challenging Government Hacking: What’s at Stake
Command and control: A fight for the future of government hacking
Government Hacking to Light the Dark Web
Privacy International appeals for support in fight against government hacking
Event: Government hacking in Mexico
Government Hacking: Evidence and Vulnerability Disclosure in Court
You can't hide from government hacking
Researchers have discovered a new kind of government spyware for hire
The End of the NIT
A Judicial Framework for Evaluating Network Investigative Techniques
Government’s Role in Vulnerability Disclosure: Creating a Permanent and Accountable Vulnerability Equities Process
Heartbleed: Understanding When We Disclose Cyber Vulnerabilities
Vulnerabilities Equities Process and Policy

Audiovisual:
What Is Government Hacking? | Privacy International
Challenging Government Hacking in Criminal Cases
Defcon 21 - Backdoors, Government Hacking and The Next Crypto Wars
Government Hacking: Assessing and Mitigating the Security Risk
Government Hacking: Rule 41
Government Hacking: Vulnerabilities Equities Process
Government Hacking: Evidence & Court Disclosure of Vulnerabilities
Lawful state hacking: necessary investigative upgrade or privacy nightmare?
RightsCon Brussels 2017 - Day 3 - 05.Government Hacking

8 comentários:

  1. Marco Polo Munt Rocha21 de maio de 2019 às 06:02

    O governo não deveria ter um acesso facilitado para invasão de computadores. Mesmo que haja todo um processo legal para permitir a invasão de um computador, quem iria garantir que hackers não iriam explorar essa fraqueza? Os computadores se tornariam muito mais vulneráveis a ataques.
    Outra consequência é o risco de censura prévia, você ficará com medo de falar qualquer coisa, pois a qualquer momento algum juiz pode considerar o que foi dito como ofensivo e justificar a invasão de seus aparelhos para "descobrir se você é uma ameaça para a segurança". Mesmo que o governo veja que você está limpo, ele poderia implantar uma prova falsa no seu aparelho para te incriminar.
    Para mim é claro que essa ideia trás mais malefícios do que benefícios. Veja que muitas atividades ilícitas na internet já foram punidas sem o uso de uma porta como essa.

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  2. É aquilo já foi discutido anteriormente, privacidade quase não existe mais. As manipulações e interferência estão vindo de onde menos se espera. Os governos já possuem bastante poder, imagina com dispositivos ocultos e software de vigilância, isso é uma para a segurança. Claro que essas interferências também podem trazer ótimos benefícios, podendo detectar ameaças antes de acontecer.

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  3. O argumento de que o governo deveria ter acesso a sua privacidade é um tanto quanto sombrio. Há de se perguntar, se o governo me vigia então, quem vigia o governo? Impossível não lembrar de obras como 1984, onde a "terceirização" ou até mesmo controle da segurança, informação e livre pensamento, são usadas como forma de podar a liberdade de cada individuo.

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  4. Estamos em uma encruzilhada entre a liberdade e a segurança. E cada vez mais as pessoas, por medo, cedem sua liberdade em busca de segurança. O avanço tecnológico fez com que os procedimentos mais corriqueiros na sociedade se tornassem muito complexos para o cidadão comum, tendo ele que ceder aos avanços tecnológicos sem compreender o seu funcionamento. Todo o aparato tecnológico desenvolvido no mundo moderno, goste ou não, dar mais poder ao Estado. Quem foi certeiro nesta questão foi Bertrand de Jouvenel, que já no fim da década de 50 afirmou que não importa o que aconteça, o poder do Estado sempre cresce. Acertou.

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  5. O avanço da criptografia para proteger a confidencialidade, integridade e valor econômico dos dados é tão complexa que acaba dificultando a investigação e estudo destes dados através de órgãos governamentais. As agências de segurança alegam que para a investigação de crime ou irregularidades, é preciso de uma solução alternativa para que a criptografia não oculte as evidências, e, assim, que os dados sejam expostos.

    Uma das soluções encontradas é o Government Hacking, onde os agentes do governo "hackeiam" computadores remotamente para a análise dos dados. Almejam aprimorar e regularizar esta medida para que o acesso remoto e investigações aconteçam em uma escala maior e de forma mais regular.

    A ideia parece ser bem interessante, pois o propósito é combater o mal, mas não devemos acreditar que o hacking do governo é uma prática segura, sinceramente. Existe um ponto de convergência entre os procedimentos de investigação, o direito internacional, e as relações exteriores. É preciso haver uma grande melhoria, assim como acordos internacionais, para que isso dê certo. Para que o hacking não viole o direito de ninguém. É complexo...

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  6. O dilema a ser tratado é segurança x liberdade.Fica claro que, se há ampliação da liberdade na rede, há também como consequência a necessidade do aumento dos instrumentos de segurança,que por sua vez interferem em mecanismos onde se é possível verificar a veracidade destes dados.

    O que me leva acreditar na frase, "liberdade é a eterna vigilância", que é atribuída irlandês John Philpot Curran (1750-1817),que foi baseada na reflexão sobre a necessidade de monitorar os eventos que acontecem na sociedade para que seja possível identificar ameaças.
    Levando em consideração a enigmatística frase do irlandês, o próximo questionamento será, as agencias governamentais,que supostamente teriam essa responsabilidade serão confiáveis?

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  7. A discussão sobre a suposta dualidade entre segurança e liberdade é bastante recorrente dentro da nossa sociedade, desde o meio acadêmico até de forma mais fantástica na cinematografia, como em alguns filmes recentes da Marvel. E vemos extremos bastante convictos de seus ideais, por um lado temos os que colocam a questão da liberdade individual como um direito inalienável ao ser humano, enquanto, outros pregam que a perda, mesmo que parcial desse direito em prol de um bem comum maior, não é apenas válida, como correta.
    Fato é, que ambos os lados tem uma boa argumentação que os embasam, se por um lado temos a intuição de que abrindo a possibilidade do governo ter livre acesso a toda movimentação de cada pessoa ao que ela faz/vê na internet, estaríamos facilitando a predição de eventos desagradáveis (bem como, ataques terroristas por exemplo, ou a investigação de qualquer crime), sabemos por outro lado que a motivação do governo influencia bastante no que vai ser feito com essa fiscalização, à exemplo do governo chinês que usa a fiscalização do povo como ferramenta de perpetuação da opressão, prevenindo protestos e prendendo líderes e organizadores de manifestações.
    Isto é um ponto relevante, pois nem sempre interesses de povo e governo são iguais, no Brasil por exemplo vivemos atualmente um bom exemplo dessa "disputa", com um governo em processo de sucateamento da educação pública superior e alunos e universidades se mobilizando contra as medidas. No nosso caso não temos (pelo menos ainda) o desbalanço da espionagem vinda do governo, mas é perceptível o que poderia ser feito, no caso contra a população, se esta existisse.
    Além desse ponto podemos destacar também algo um pouco mais clássico que é, se existir uma formo oficial do governo ter acesso as nossas informações, nada impediria que outras pessoas, mal intencionadas (hackers) também as tenham e as use contra nós.
    Por esses motivos vejo, essa discussão como muito relevante, mas tendo a ficar do prioritariamente do lado da privacidade, embora possa existir uma forma saudável e ponderada entre estes dois pontos, não nos vejo ainda perto desse momento.

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  8. Toda moeda possui dois lados. É sabido e esperado que à medida que a tecnologia evolui, práticas criminosas irão evoluir com a mesma. Assim, é também esperado que ações, por meio do governo, também evoluam para combater tais práticas criminosas. Entre estas práticas, uma das que tem ganhado maior destaque e repercussão entre a mídia e comunidade de especialistas é justamente a distribuição online de conteúdo ilegal.

    Ferramentas e processos de hacking tem sido utilizados por órgãos governamentais para coletar evidências em casos do tipo. Entretanto, assumir que as ações do governo em posse de tais ferramentas de hacking irão se restringir apenas para casos criminais (e/ou casos em que exista justificativa plausível e legal para investigação) parece uma perspectiva inocente, ao meu ver. Ao discutir o tema temos também que retirar o grande estigma e "peso" que circunda a palavra "governo" e lembrar de que o mesmo é composto por pessoas comuns, também passíveis de erros, influências externas e corrupção, como qualquer outra pessoa. Isso implica que estas técnicas, ao caírem em mãos-erradas (governamentais ou não) poderão ser utilizadas para fins que se oponham aos interesses da sociedade, como manipulação de informações e da opinião pública, instalação de falsas evidências em máquinas ou até mesmo vigilância e censura (nos mais diversos níveis).

    É um tema que ainda precisa ser bastante discutido e estudado, especialmente aqui no Brasil, onde ainda não tem se falado muito sobre, para criar maior consciência na população e definir uma maior regulamentação sobre o mesmo, deixando claro até que ponto o governo poderia utilizar de técnicas do tipo e o que poderia ser considerado abuso de autoridade e crime.

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