quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Tecnologia, Lei e Sociedade (2018.2) (24/10): "Fake News, Mídias Sociais, e Democracia"

Leitura:
The spread of low-credibility content by social bots
Fake News Found in 16 Countries' Elections
Disinformation on Steroids
‘I made Steve Bannon’s psychological warfare tool’: meet the data war whistleblower
The scant science behind Cambridge Analytica’s controversial marketing techniques
EVERYTHING YOU NEED TO KNOW ABOUT FACEBOOK AND CAMBRIDGE ANALYTICA

Audiovisual:
Como a Cambridge Analytica analisou a personalidade de milhões de usuários no Facebook
Driblando a democracia
Fake News, Concrete Responses: At the Nexus of Law, Technology, and Social Narratives
Fake news is about to get much worse. Here's a solution. | Aviv Ovadya | TEDxMileHigh
REBOOT 2018 PANEL: Is Social Media A Threat To Democracy? Fake News, Filter Bubbles, and Deep Fakes
Como funciona o programa que faz disparos em massa no WhatsApp

Slides:
Fake News, Deep Fakes, e seus efeitos sobre a Democracia

Aplicativo:
Apply Magic Sauce

7 comentários:


  1. A Fake News não pode ser usada - no caso banalizada - para descrever noticiazinhas falsas que a Tia do Zap compartilha - no caso, as correntes do zap. A Fake News é o termo técnico para descrever uma notícia ou um conjunto de notícias enviesadas feitas por grupos constituídos de poder de transmissão de informação ao longo alcance para criar uma determinada reação na população(pânico, medo, etc).

    Mas as fake news não são, na minha visão, capazes de fazer mudanças de decisões para a população de um país. No caso das eleições americanas de 2016, o que fez Donald Trump ganhar as eleições NÃO FOI a interferência russa na eleições americanas, MAS SIM o vazamento - feito pela Wikileaks, no dia 7 de outubro de 2016 - dos e mails privados da Hillary Clinton, sua adversária, mostrando que ela disponibiliza arquivos confidenciais de segurança nacional a grupos terroristas enquanto secretaria de estado, e que ela estava envolvida com seu presidente de campanha presidencial, John Podesta, em escândalos de pedofilia e satanismo, divulgados no início de 2016.

    A prática da divulgação de fake news está mais atrelada ao assassinato de reputação de pessoas que desagradam grupos políticos que não querem abandonar o poder. O Donald Trump sofreu esse tipo de ataque quando toda as vezes que ele comentava ou falava sem nenhum tipo de seriedade e os jornalistas da grande mídia associavam suas falas - tanto desagradáveis a depender de quem ouviu - a posições políticas. Se ele falou X, é porque ele vai fazer Y ou ele é Z.

    A larga expansão das redes sociais e do acesso a internet não permitiu o avanço das fake news. Ela permitiu sim, o duelo da percepção individual de cada indivíduo comum que é usuário das redes sociais contra o monopólio da divulgação de informação da grande mídia.

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  2. Paulo Renato Barbosa da Silva3 de novembro de 2018 às 17:23

    Como abordado anteriormente no tema inteligência coletiva, vimos que o poder desse conceito se relaciona em como o pensamento/vontade do indivíduo como tal contribui para o todo. Vejo uma ligação direta disso no processo da Cambridge Analytica e sua influência eleitoral. Ao mapear a personalidade de um e direcionar conteúdo que sabidamente o afetaria, é como se o poder individual dentro da inteligência coletiva fosse desbalanceado. Num ambiente onde essa ação fora escalável então o controle é obtido.

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  3. Eu gosto de pensar no papel que temos, enquanto cientistas da computação, de utilizar nossas habilidades em prol do coletivo e como várias das coisas que fazemos ainda são difíceis de rastrear, o impacto que as fake news programáticas e deep fakes possuem é poderoso demais (dado que uma empresa inteira como a cambridge analytica foi contratada e paga uma alta soma de valor para modificar as eleições de um país inteiro.). Outro ponto importante é sobre como repensar softwares que permitem usuários se comunicarem: como melhoras as técnicas de prevenção de SPAM e compartilhamento automático sem prejudicar a experiência do usuário comum? Dessa forma resolveríamos de uma forma viável a moderação de conteúdo em "redes sociais" online.

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  4. O grande poder de disseminação de informação que as novas tecnologias como redes sociais e aplicativos de chat tem proporcionado é algo que tem acelerado ainda mais o processo de globalização e diminuído ainda mais a distância entre as pessoas de todo mundo.

    A questão é que com essa facilidade, muitas pessoas consomem informações destas redes sociais sem necessariamente verificar a veracidade desta. Isso faz com que se torne muito comum a criação e propagação de notícias falsas pela rede de modo que, dependendo do caso, por conta da rápida disseminação e popularização acabam sendo tartadas como notícias verdadeiras.

    Temos casos recentes de situações que aconteceram no Brasil, onde na campanha de um dos presidenciáveis das eleições de 2018 houve uma denúncia de empresas que estavam comprando pacotes de mensagens para serem disseminadas pelo WhatsApp. Muitas dessas teriam o objetivo de prejudicar a imagem do outro presidenciável e consistiam nas chamadas Fake News.

    Essa situação foi algo bem presente também nas eleições de 2016 dos Estados Unidos, na qual Donald Trump saiu vencedor. Há muitas controvérsias a respeito da legitimidade da eleição de Trump, pois várias artimanhas foram utilizadas para obter vantagem, onde uma delas foi realmente o uso das Fake News.

    A facilidade de criação e de propagação dessas notícias falsas é algo que deve estar sempre em pauta para poder ser evitada. Situações como as eleições dão uma ampla margem para a vontade de manipulação da sociedade para a votação, e o uso das fake news faz isso de maneira desleal e mentirosa.

    A preocupação para conter a disseminação desse tipo de notícias já está sendo alvo de atenção de grandes empresas de redes sociais como é o caso do Twitter e do Facebook. Ambas as empresas, principalmente após as eleições de 2016 dos Estados Unidos, assumiram um compromisso de tentar controlar e eliminar, cada vez mais, esse tipo de notícias de suas plataformas.

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  5. Acho interessante que agora todos podemos ser fontes de informações falsas ou que podemos manipular alguma informação como queremos. Acho que temos um dever como engenheiros e cientistas da computação de criar algum tipo de software que consiga discernir o que possa ser falso e o que possa ser real, principalmente para os deep fakes.
    Os vídeos gerados por deep fakes ainda não são tão bons, porém os áudios são espetaculares. Coligações inimigas na política poderiam sabotar outras com áudios do tipo, gerando uma nova era de como ganhar as eleições (já estamos em uma).

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  6. Gostei muito do ponto que Mateus levantou sobre sermos fontes de informações falsas ou que podemos manipular informações como queremos, até o simples ato de encaminhar vídeos, audios ou até a maneira que contamos uma história sem precedentes pode contribuir para o grande objetivo da fake news: propagar mentiras. Entretanto, fake news não se trata apenas de inventar notícias falsas, pois existem inúmeras maneiras de corromper a informação de um mode que ela se adeque a uma determinada narrativa ideológica. O que está em jogo é a manipulação psicológica da população, como podemos notar principalmente no campo político.

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  7. Está cada dia mais difícil detectar as chamdas fake news pois, como apresentado em reportagens sobre a Cambridge Analytica, tais grupos estão se preocupando cada vez mais em fazer com que a fake news que se deseja espalhar se pareça com algo organico. Como vimos na ultima eleição, Fake News são extremamente perigosas pois polarizam populações de países inteiros e negar sua influência na sociedade é extremamente danoso. Dentre os piores efeitos da fake news, está a dificuldade em convencer aos que acreditaram na fake news que a mesma não é verdade. A sociedade necessita urgentemente de meios realmente eficazes para combater esse vírus da sociedade, antes que seus efeitos causem males piores.

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