quarta-feira, 31 de maio de 2017

Tecnologia, Lei e Sociedade (2017.1) (31/05) (SESSÃO VIRTUAL): "Fake News: Lei, Tecnologia, e Narrativas Sociais"

Leitura:
Facebook to begin flagging fake news in response to mounting criticism
Facebook promised to tackle fake news. But the evidence shows it's not working
Fake news is fake news, says Google-backed research
Search and Politics: The Uses and Impacts of Search in Britain, France, Germany, Italy, Poland, Spain, and the United States

Audiovisual:
How do fake news sites make money?
Fake News, Concrete Responses: At the Nexus of Law, Technology, and Social Narratives
How false news can spread - Noah Tavlin
Fake News And You | Jim McBee | TEDxYDL
The rise of 'fake news', manipulation and 'alternative facts' - BBC Newsnight
How Fake News Grows in a Post-Fact World | Ali Velshi | TEDxQueensU

14 comentários:

  1. Precisamos parar para pensar na quantidade de informações que circulam no nosso dia-a-dia. Nessa era de mídias sociais, a Internet (com o seu objetivo de espalhar informações de uma forma prática e rápida) se tornou um oceano de dados, já que qualquer pessoa pode adicionar qualquer tipo de informação online. Essas adições não passam por nenhum tipo de filtragem e não requisitam nenhum tipo de confirmação, logo, se torna muito simples espalhar qualquer boato. Além disso, a Internet deixa possível que um boato que eu comece aqui em Recife possa chegar do outro lado do mundo em apenas alguns segundos.

    Hoje em dia, com esse mar de informações, os usuários só querem coletar o máximo que eles podem, sem se aprofundar de fato no assunto. Inclusive, nem lemos mais as notícias: ler a manchete já é o suficiente para a compartilharmos em nossas redes sociais ou marcamos nossos amigos. O problema é que nós nunca pensamos nas consequências desse tipo de ação. Se pararmos para pensar, nós (usuários) somos os próprios jornalistas – como observa Jim McBee na palestra do TEDxYLD “Fake News and You”. Então, precisamos ter um pouco de decência ao compartilhar algum tipo de história.

    Ao pesquisar sobre o assunto, achei uma palestra também no TED de Stephanie Busari “How fake news does real harm”. Nesta palestra, ela conta sobre a história das mais de 200 meninas que foram sequestradas numa escola em Chibok, na Nigéria, em 2014. Naquela época, a Internet toda se comoveu e mostrou apoio com a hastag #BringBackOurGirls. 2 anos após o sequestro, as notícias já tinham diminuído de intensidade. Porém, influentes Nigerianos diziam ao resto do mundo que o sequestro havia sido inventado. Até hoje há pessoas no país que acreditam que tudo aquilo foi uma mentira. Busari afirma que em abril de 2016 ela recebeu um vídeo com imagens das meninas raptadas e foi à Nigéria para confirmar com os pais se as meninas dos vídeos eram suas respectivas filhas. Ela mal mostrou o vídeo e já obteve a confirmação através do desespero dos pais. Após o recebimento desse vídeo, foi possível começar uma negociação com os sequestradores e algumas meninas foram liberadas após isso. O que ela quer dizer com essa história é que: 1) se não houvesse esse boato falso de que o sequestro nunca existiu, todas as meninas já poderiam ter sido recuperadas e já estariam em suas casas – ou seja, a notícia falsa provocou um delay – e 2) se fossem filhas de pessoas ricas, elas teriam sido recuperadas muito mais rapidamente e não iria nem passar pela cabeça dos governantes falarem que o sequestro foi uma mentira.

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  2. "Fake News" é um tema que tem ganhado evidência, principalmente quando se trata de notícias políticas. Grandes empresas como Google e Facebook, que juntas praticamente controlam o acesso a informação da maior parte da população tem criado iniciativas para conter notícias falsas. Outro fato recente foi a famosa frase do presidente Trump "You are fake news" para o reporter da CBN trás isso ao foco da mídia tradicional.
    Tudo isso gera um polêmica sobre quem deve julgar se as notícias são falsas e os danos que disseminação das mesmas podem causar. É natural pensar que as instituições que passarem a decidir se uma notícia é falsa ou não tentem se beneficiar desse poder e acabar criando algum tipo de censura.
    Hoje existe na academia um movimento para criar algoritmos que tentam identificar noticias falsas. Há uma competição que está acontecendo no momento dessa publicação em busca de algoritmos com alta precisão para fazer esse julgamento (http://www.fakenewschallenge.org/).
    Além disso, outros temas já discutidos na cadeira como bolhas sociais, e "algorithm bias" estão diretamente relacionados com esse. Bolhas sociais facilitam a disseminação de notícias que defendam o ponto de vista do grupo. E o bias pode levar algoritmos a tenderem a classificar notícias erradamente a depender do tema ou outro parâmetro relevante.

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  3. Com o advento da web 2.0, onde a interatividade e troca de informações são um marco para essa época, mais e mais pessoas participam ativamente dentro da internet, e não só como consumidores de conteúdo. Atualmente, qualquer pessoa pode ter um blog, um canal com transmissão de vídeos para todo o planeta, uma página na internet, redes sociais, e por aí vai. Sendo assim, isso traz um problema muito sério no quesito de confiabilidade da informação será que a informação vista é falsa? Milhares de locais na internet expõem faltam notícias com o objetivo de simplesmente enganar, ou até mesmo para instalar vírus em computadores.
    Em alguns casos é fácil constatar a veracidade de uma notícia na internet. Notícias de interesse público podem ser checadas por meio de sites confiáveis como Globo, Record, Uol, Exame, etc. Em outros casos é preciso ter um pouco mais de cuidado, como por exemplo em sites com vendas de novos remédios milagrosos para emagrecimento, novas receitas para perder peso, etc. Nesses cenários, um médico deve ser consultado para evitar que se caia em mais uma “fake news”.
    Acredito que para a maioria das notícias é fácil a contestação de se saber se a mesma é verdadeira ou não, mas infelizmente para algumas pessoas mais ingênuas isso pode ser um problema. Acho que uma boa ideia seria que as escolas pudessem introduzir esse assunto às crianças, visto que as mesmas já nascem na era digital, e esse assunto é de extrema importância para a segurança digital.

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  4. Excelente iniciativa da empresa Facebook a de buscar identificar as "fake news". Entendo que é realmente necessário cuidar para que elas não tenham tanto alcance, muito menos, credibilidade. Alguns questionam que não adianta porque esse tipo de notícia costuma ficar no ar por dias, quase uma semana, porém como é o começo da abordagem, ela tende a não ser tão precisa mesmo. É bom mesmo que se impeça que as fake news sejam veiculadas porque existem pessoas que as encaram como reais e deixam aquilo gravado em suas memórias.

    Outros podem questionar o fato de notícias reais serem marcadas como "fake" por causa de vieses de quem audita essas notícias. Esse é outro grave erro que pode ocorrer. Pelo que parece, o Facebook está com uma boa retaguarda para decidir se uma notícia deve ser marcada como "fake" ou não.

    De modo geral essa essa é uma boa proposta para solução do problemas das "fake news". Espera-se que a técnica seja ainda mais aprimorada.

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  5. Fake News virou moda, um apelo por cliques, também conhecido por clickbait. Já me deparei com várias notícias falsas no Facebook, o que contribuiu com uma certa parcela no meu afastamento da rede social. O YouTube sempre esteve no meu top sites mais acessados e por um bom tempo continuará estando, embora essas “fakes news” já estejam se alastrando pelo mesmo e me fazendo perder um pouco mais de tempo analisando comentários e buscando fontes confiáveis. Infelizmente não se pode confiar em absolutamente nada na internet que venha de fontes desconhecidas.
    Seja para o canal no YouTube buscando mais visualizações ou para alguém mal intencionado buscando instalar vírus em computadores alheios, o fato é que não se pode negar que esse tipo de coisa é altamente lucrativo de alguma forma. Pecamos muito pela curiosidade e é nisso que os oportunistas veem vantagem.

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  6. Embora não seja algo novo, fake news é um termo que ganhou muita popularidade depois da última eleição presidencial dos Estados Unidos, onde ambos os lados foram atacados com uma variedade de histórias que não passavam de invenções para conseguir cliques. As consequências desse fenômeno ainda estão sendo estudadas, mas os números, e a própria manifestação por parte do Facebook e Google, mostram que os danos causados pelas notícias falsas são reais.
    Parte do que faz a internet ser um lugar tão bom é a possibilidade que ela dá de consumidores virarem produtores, o que no ramo jornalístico, faz com que cada um de sua casa virar um reporter de notícias, procurando um furo para compartilhar com sua timeline. Mas é justamente aí onde mora o perigo, indivíduos não são regidos pelas mesmas leis/sanções/convenções que os meios de comunicações tradicionais, como os jornais impressos e revistas. Parte do trabalho de um jornalista é investigar, buscar fontes, ter certeza que o que ele vai estar reportando a verdade, e caso seja provado que ele não está fazendo isso (por má fé) medidas são tomadas contra ele, que podem acarretar até no fim de sua carreira.
    Quando vamos para o indivíduo, vemos que pessoas querem reportar apenas o que já condiz com suas opniões formadas, sem se preocupar se é realmente um fato ou uma história fabricada. E dentro de nossas bolhas sociais, quase não existem consequências para esse tipo de ação, também porque muitas vezes nós temos o prazer de concordar com as histórias, pois elas também fazem parte da narrativa que queremos contar.
    Ação tem que ser tomada contra as fake news, pois seu alcance é global, e suas consequências catastróficas. É bom ver que o Facebook por exemplo, já demonstra tomar algumas iniciativas que buscam eliminar ou pelo menos indiciar para o público que certas notícias podem não ser tão verídicas quanto aparentam ser. É crucial contar que o público está sendo enganado, que queremos sim ver notícias verdadeiras, e que estamos sendo vítimas de usurpadores. No momento que nós viramos cúmplices deles, seja compartilhando uma notícia sem fontes, ou que sabemos não ser verdadeira, devemos ser levados a julgamento pela nossa própria rede social, para que esse tipo de comportamento seja desencorajado. Cada um deve fazer a sua parte para acabar com esse problema.

    Alguns vídeos do John Oliver, que em seu programa busca de forma bem humorada instigar a população a abrir os olhos para algumas mazelas da sociedade moderna:
    - Jornalismo: https://www.youtube.com/watch?v=bq2_wSsDwkQ
    - Native Advertising: https://youtu.be/E_F5GxCwizc

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  7. Ultimamente eu mal vejo fontes de notícias tradicionais como telejornais e papel impresso, logo minha maior fonte de notícias é a internet mais especificamente o Facebook. Eu acredito que existe um número grande de usuários que assim como usam a internet para se manter informados, isso torna o crescimento de sites de fake news, que é incentivado pelo ad revenue, ainda mais preocupante.

    Eu acho interessante medidas como a do Facebook de tentar combater notícias falsas, mas é preciso ter cuidado sobre qual processo a empresa está utilizando para classificá-las, afinal isso pode ser usado como uma forma de censura a notícias que são contrárias aos interesses da empresa em questão, ou podem acabar tendo efeito contrário ao desejado (como apresentado no artigo do theguardian). Por via das dúvidas, acredito que o próprio usuário deve procurar outras fontes caso a notícia em questão seja polêmica ou duvidosa.

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  8. Com o maior número de pessoas com acesso à internet, mudou muito a forma com que as pessoas se informam sobre o que está acontecendo pelo mundo, antes muitos apenas se informavam pelo rádio, televisão, jornais e revistas, porém hoje em dia o veículo principal de informações se tornou a internet. Como há várias pessoas usando, tornou-se muito fácil espalhar notícias e informações, e atingindo um grande número de pessoas em um curto prazo, muitas mídias tiveram que se adaptar e ir para internet para não perder o público, infelizmente a quantidade de 'fake news' também aumentaram bastante, devido à facilidade de disseminar esse tipo de conteúdo. Como no vídeo explica, muitas pessoas criam notícias falsas, com um título sensacionalista que chama muita atenção com a finalidade de ganhar dinheiro através de clicks no anúncio, como tem muita gente usando internet e poucas delas realmente checam a veracidade da notícia, então o criador do conteúdo falso consegue lucrar bastante. O Facebook e Google estão começando a criar algoritmos que eliminem esses 'fake news' e isso é muito bom, pois muitas pessoas estão se informando mal e acabam passando para outras pessoas e são prejudicadas por esses sites mentirosos. Uma das melhores formas de evitar notícias falsas é checar a fonte e confiar em apenas sites já bem conhecidos, mas infelizmente ainda estamos longe de nos livrarmos de 'fake news'.

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  9. Apenas mais uma forma de ganhar dinheiro explorando as fraquesas das pessoas. A expressão "a curiosidade matou o gato" pode resumir bem o motivo deste fenomeno. Não somos capazes de resistir a certas machetes avassaladoras e/ou pitorescas, mesmo que seja só para comprovar que é mentira, clicamos no link afim de desvendar aquele mistério. Todas as redes sociais que eu faço parte possuem este tipo de notícias. O curioso é que no Instagram, a qual mais uso, venho percebendo usuários comuns utilizando do mesmo pricípio de fake news para conseguirem mais e mais vizualização e seguidores, com imagens apelativas de famosos, ou criaturas nunca antes vistas. Uma das melhores ideias apresentadas nas paletras listadas no blog, foi de classificar as notícias com uma tag de confiabilidade, e as plataformas de notícias que se recusassem a utilizar o recurso, tomariamos automaticamnte como não confiaveis, pelo simples fato de se porem à prova. Os proprios usuários votariam e assim teriamos uma ferramenta contra esse tipo de investida. No vídeo, os palestrantes comparam esse método de classificação com o método utilizado no Ebay para classificar os vendedores. Creio que dificilmente isso extinguiria o fenomeno, contundo diminuiria, ao menos, nos dando a chance de não clicar no que não fosse confiável.

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  10. Hoje em dia a velocidade com que as notícias chegam aos nossos olhos nas redes sociais é tão grande que acabamos desenvolvendo maus hábitos de ler somente manchetes ou apenas a introdução de notícias, esse hábito é a única forma de sustentar fake news, pois na maioria das vezes elas são pouco elaboradas e facilmente checadas na internet. Dito isso creio que elas sejam um problema que não é de extrema importância mas que é chato e inoportuno.

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  11. O uso de "fake news" tornou-se corriqueiro nas redes sociais. Seja como uma forma de clickbait, com o intuito de chamar conseguir visualizações, ou atenção, ou até pela publicidade. O uso dessa estratégia é bastante danoso, pois a divulgação de matérias com conteúdo inverídico pode causar danos e constrangimentos a pessoas inocentes, e isso tem se agravado bastante nas redes sociais. O uso dessas matérias com conteúdos inverídicos também pode causar instabilidades políticas e sociais. É preciso que tanto os meios de comunicação, quanto as pessoas que se utilizam de redes sociais para publicar conteúdos, tenham consciência, e sejam éticos, na hora de fazer suas publicações, para que inverdades não sejam difundidas, e que estas não causem dano a outras pessoas.

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  12. O uso de "fake news" não é novo. O fato é que com as redes sociais a velocidade com que as informações chegam é absurdamente maior. O lado bom da historia é que agora é mais fácil checar a veracidade de uma noticia. A iniciativa das grande empresas como Facebook e Google em tentar combater esse problema é louvável, porém cabe também ao usuário checar se aquela notícia é de fato confiável.

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  13. Fake news é um dos grandes problemas para pessoas ou entidades públicas nos dias de hoje. É uma estratégia bastante danosa e antiética que pode ter consequências complicadas para os envolvidos. Estamos sendo expostos a esse tipo de atitude todos os dias, cada vez que entramos nas nossas redes sociais ou ligamos a TV, e isso, junto ao sensacionalismo, formam uma verdadeira maquina antiética de dinheiro. Acho que a tarefa de combater esse tipo de pratica cabe sim as instituições reguladoras da mídia, promovendo políticas de conscientização e combate/repúdio a essa atitude.

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  14. Com a chegada de tecnologias como twitter, facebook e youtube que utilizam de "manchetes rapidas" pra chamar o leitor, acaba que forma essa rede de Fake news, tenho como experiencia propria que fui alvo de noticias como essas e que, sem atenção, compartilhei pois confiava em quem tinha compartilhado, logo é um processo em cadeia onde um comete o erro de não checar a veracidade da noticia e assim espalhando a mesma. Isso pode ser interpretado como um argumento a favor das noticias por TV porém a mesma não está isenta das fake news vide https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/tv-em-minas-e-alvo-de-13-acoes-de-vereadores-apos-noticia-errada

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