quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.2) (21/09): "A Internet e o Mundo Virtual":

Leitura:
Werner Herzog
Lo and Behold: Reveries of the Connected World review – Herzog's wild ride through the web

Audiovisual:
Q&A with Werner Herzog, "Lo and Behold: Reveries of the Connected World"
Werner Herzog on Virtual Reality, the Future of Humanity, and Internet Trolls
Sundance Film Festival 2016: Lo and Behold: Reveries of the Connected World
Lo and Behold, Reveries of the Connected World (2016)#FuLL’Movie”,. (Online) (English)Sub

13 comentários:

  1. O filme de Werner Herzog começa contando sobre o nascimento da Internet. A Internet começou durante a guerra fria com a ARPANET, rede de computadores que se comunicavam através da comutação de pacotes que foi financiada pelo governo para fins militares. O objetivo era ter uma rede descentralizada para troca de informações mesmo em caso de ataque nuclear. Com o tempo foram criadas outras redes, os protocolos e padrões utilizados na web foram evoluindo e organizações como a IETF foram fundadas para sustentar o desenvolvimento da web. A rede global de computadores resultante foi chamada de Internet.
    Herzog então aborda brevemente diversas faces da Internet. É mostrado o jogo Foldit que permite brincar com a estrutura de moléculas seguindo uma lista de regras, criando novas moléculas. O jogo é usado para pesquisa científica e mostra o potencial para colaboração entre indivíduos para fins não-lucrativos na Internet. De certa forma é uma visão dos “atos aleatórios de gentileza” dos quais o Jonathan Zittrain fala (Zittrain também aparece no filme).
    Herzog também mostra o lado escuro da Internet, entrevistando pessoas numa clínica de reabilitação para viciados na Internet, um expert em cibersegurança que alerta que estamos numa ciberguerra, e um pai que foi abalado pela postagens de fotos da filha que morreu num acidente de carro.
    Finalmente, o documentário entrevista alguns visionários como o Elon Musk que dão as suas opiniões sobre o futuro da tecnologia. Herzog parece estar empolgado com o futuro e afirma querer visitar Marte, mesmo que seja uma viagem sem volta.

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  2. Acho que Herzog trás a tona uma visão geral de como a tecnologia (atenção especial para a internet) vem afetando nossa vida. Apesar de falar de casos positivos (como o jogo que colaborava com soluções científicas) me pareceu uma abordagem sombria no geral (Deve ter sido a intenção, kkk). No meu ponto de vista, a tecnologia vem mudando muito nossa forma de vida e não de uma forma homogênea. Quando digo não homogênea, digo: cada pessoa interage, absorve, adota ou não de formas diferentes as tecnologias com quais entra em contato.Esse documentário me levou a pensar que se as pessoas fossem estimuladas a pensar mais no impacto principalmente dos hábitos ligados a tecnologia teriam um convívio mais sadio e proveitoso com a mesma e com a sociedade em geral.

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  3. Achei o documentário bem balanceado, ao contrário de algumas pessoas que acharam ele muito positivo (ou negativo).

    Meu interesse principal no documentário foi sobre como o início da internet esteve relacionado à Guerra Fria e ao medo de que um ataque nuclear inutilizasse os meios de comunicação existentes à época. Acho interessante ver como a internet que temos atualmente não se parece em nada com uma rede originalmente criada para fins militares. É uma demonstração cabal da imprevisibilidade dos efeitos da tecnologia - e de como a sociedade irá moldar a tecnologia às suas vontades e necessidades, uma vez que a oportunidade para fazer isso seja dada.

    Acredito que o surgimento e a popularização da internet constituem uma transformação definitiva na história da humanidade, e que cada vez mais toda a nossa vida estará na internet, até o momento em que seja impossível imaginar mais a vida humana sem a internet. O "lado escuro da internet" mostrado no documentário me parece ser, de certa forma, um mero artefato desse processo de transição - um caso de turbulência no transiente de um processo dinâmico, por assim dizer.

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  4. É bastante comum vermos artefatos do cotidiano que surgiram com propósito bélico: antibióticos, computadores, GPS e a internet, à época com o nome de ARPANet. Se no princípio a função da internet era o de descentralizar as informações e facilitar a comunicação entre militares no período da Guerra Fria, o seu funcionamento atualmente segue princípios similares, porém em escala e com finalidades bastante diferentes.

    Tal expansão do mundo virtual causado pelo boom da internet permite que a imersão dos usuários seja analisada por duas faces: a de integração entre pessoas que estão milhares de quilômetros distantes umas das outras, que de fato mostra a expansão em relação ao começo da rede, possibilidade de armazenamento e obtenção rápida e prática de conteúdo, etc. Há também a face da vulnerabilidade enfrentada pelos usuários.

    É válido afirmar que o usuário comum torna-se alvo fácil quando está conectado e que a linha entre público e privado na rede é bastante tênue (lembro-me de uma redação do ENEM sobre esse tema). Quanto a isso, porém, podemos pensar que no mundo de hoje, a insegurança não encontra-se apenas na internet, mas em diversos outros espaços. Não podemos dizer que a internet é a culpada pelo que de ruim acontece, mas sim que são aqueles que dela fazem mau uso.

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  5. Excelente documentário. A maestria do diretor nos entrega um filme visualmente rico e complexo nos temas abordados. A estrutura no qual é montado indica que a parte técnica é apenas o ponto de partida para o presente que vivemos e que nem conseguimos entender completamente. E quanto ao futuro... ele nos entrega um visionário, sonhador, que nos dá sua visão.

    O roteiro explora a visão curiosa e leiga do Herzog por vários temas afins e implicações do monstro que a internet já se tornou. Seu olhar distante do nosso ( profissionais de TI) ao tentar encontrar nexo nas nuâncias e particularidades das relações no mundo virtual, nos faz pensar sobre nosso comportamento on-line.

    O que explica a dissociação entre quem somos no mundo real e o que somos na internet? É a falta do confronto face a face nos leva à revelar nossos verdadeiros ou tendemos a agir de forma exacerbada em um ambiente de baixa culpabilidade? Este questionamento foi bem exemplificado no caso da morte de Nikki Catsouras.

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  6. O modo como tudo é apresentado, pela visão de uma pessoa de fora da área, mas sem os clichês de outras mídias que abordam temas semelhantes foi o que mais me chamou atenção.

    Talvez por não fazer parte desse mundo, Herzog consegue trazer novo ar para as entrevistas sobre temas comuns, por vezes até mesmo cotidianos, para pessoas da área de tecnologia da informação. E isso deixa o filme menos cansativo, mesmo abordando diversos temas relacionados a tecnologia por diferentes ângulos.

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  7. O documentário começa mostrando como funcionava a internet no seu início e mostra como ela evoluiu tão rapidamente e foi globalmente adotada, mudando como a maioria das pessoas vivem e se comunicam.
    O documentário tenta mostrar a internet e a tecnologia de vários ângulos e pontos de vista diferentes. O principal benefício que a internet trouxe é o acesso à informação e a possibilidade de comunicação de todo lugar do mundo de forma instantânea. É dado o exemplo do jogo das moléculas onde foi possível obter quantidade enorme de informação para pesquisa científica devido a fácil comunicação. E o uso da internet na área de inteligência artificial com os carros robôs que comunicam o que aprendem.
    Outro ângulo é visto na parte do lado escuro da internet. O caso dos pais que tiveram as fotos da filha morta na internet mostram a parte que a internet pode ser usada por qualquer tipo de pessoa e para praticamente toda finalidade.
    No fim, esse documentário nos faz realmente refletir no quão dependente somos da internet e que a internet pode chegar ao ponto de “invisível” ou até mesmo evoluir para alguma coisa completamente diferente do que temos hoje.

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  8. Um documentário importante pois retrata um pouco da história da internet . É incrível ver o gigantesco e até estrondoso avanço da tecnologia enquanto se havia um investimento patrocinado basicamente pela concorrencia e que essa toda concorrencia estava atrelado as guerras. Porém todo o avanço dessa tecnologia percebemos que existem muitos prós e contra todo esse dinamismo atrelado a própria internet e consequentemente pessoas más intencionadas poderiam usufruir da rede para praticar atos que não seriam de boa conduta. Acredito eu que hoje toda a sociedade é extremamente depende da internet seja para transações finaneiras, seja para facilitar a comunicação entre individuos enfim. Porém cabe a nós mesmo usuários da internet que utilizemos de forma respeitosa e que saibamos que assim como qualquer lugar na própria internet devemos ter nossos direitos e nossos deveres.

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  9. Concordo com o comentário do Adailson("Esse documentário me levou a pensar que se as pessoas fossem estimuladas a pensar mais no impacto principalmente dos hábitos ligados a tecnologia teriam um convívio mais sadio e proveitoso com a mesma e com a sociedade em geral." Esse documentário é incrível exatamente por conta disso. Acho que em uma sociedade tão envolvida com a internet, falta uma conscientização em relação aos malefícios que o mal uso da mesma pode causar. Hoje em dia, o uso da internet é tão natural que parece haver uma cegueira em uma parte da população que se esquece de que apesar de ser um mundo virtual, quem está por trás dos computadores são pessoas com sentimentos e que merecem ser respeitadas. A culpa não é da internet, ela não tem sentimentos, nem consciência, a culpa é de quem usa a internet. Acho que deveriam existir mais documentários como esse. Acho interessante falar que o lado que me chocou mais foi a parte triste do documentário (os malefícios do mal uso da internet). O mal uso da internet na verdade é só um visão que se torna compartilhada do que existe também no mundo real: pessoas com carater e pessoas sem carater. E pelo fato de a internet provê uma interação maior entre as pessoas, através da troca de informações, ela também torna o risco maior de uma pessoa mal intecionada conseguir fazer alguma besteira.

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  10. Lo and Behold, Reviews of the Connected World explora a continua transformação digital que domina o mundo. O filme examina o poder e a fragilidade de nosso mundo conectado e alerta ao mundo sobre como a conectividade é incrivelmente poderosa e frágil.

    O filme também mostra um fenômeno que não é apenas uma questão de inovação tecnológica de serviço, mas que é literalmente, dar forma própria à humanidade.

    As pessoas com EHS que tem que viver longe dos transmissores, biotecnologias combinam as habilidades de milhares de jogadores e síntese molecular para avançar a pesquisa cientifica e hackers que dirigiem seus próprios negócios, enfatizam que o próprio homem é o ponto fraco da tecnologia. O diretor explora todos os tipos de ambição e interpretação da tecnologia moderna e o futuro do mundo humano.

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  11. A internet nasceu modesta e ingênua, mas sua realidade vem sendo modificada ao longo do tempo, pouco lembrando aquele simples sistema de transmissão de comandos do passado. As possibilidades criadas pela rede vieram a mostrar o melhor e pior dos ser humano. Diversos questionamentos são levantados no decorrer do filme "Lo and behold". Questionamento esses que valem apena ser discutido: se a internet é uma ferramenta, qual o limite do seu uso, se esse limite existe? E a mais intrigante questão: se é uma ferramenta é como a penicilina ou como a bomba atômica?

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  12. A sessão sobre o documentário de Werner Herzog traz uma perspectiva fresca ao debate sobre inovação e tecnologia na sociedade, por se tratar da visão de alguém que vem de outro meio, o artístico, ainda que bem informada pela pesquisa e trabalho dedicado à produção do documentário. É latente nas entrevistas que apesar do fascínio e, até certo ponto, otimismo com as tecnologias recém-desenvolvidas, Werner, um homem de outra geração, possui muitas desconfianças em relação aos mais recentes desenvolvimentos. No documentário isso aparece na forma de histórias que ilustram o quão fora do controle as coisas ficaram em certas situações, como a do casal sul-coreano cujos filhos morreram de inanição, do vazamento das fotos do corpo desfigurado da jovem vítima de acidente de carro, entre outros exemplos. Nesse ponto, paira no ar uma questão sobre a capacidade dos humanos de utilizar a Internet e outras ferramentas tecnológicas corretamente.
    Saindo do padrão de raciocínio dos tecnólogos que debatem pontos de vista otimistas e pessimistas sobre o futuro da tecnologia, Herzog dá foco também aos mesmos questionamentos, mas olhando para o presente.
    Nas entrevistas é possível notar sua cautela em relação ao uso da tecnologia, se impondo questionamentos sobre o “dever” antes de questionamentos sobre o “poder”, adotando sempre uma atitude conservadora, disposto a utilizar a Internet apenas como uma ferramenta, não como uma extensão de identidade.

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  13. O documentário de Werner Herzog é bem interessante, o mesmo foca no tema tecnologia/internet mostrando o lado positivo e o negativo também. A forma como ele apresenta os pontos de vistas chama bastante a atenção. Ele expõe como começou a internet, mostrando assim alguns fatos da guerra fria, já que a internet se iniciou nesse período. Após isso ele vem mostrando o desenvolvimento e a maior utilização da internet, mostrando assim o lado positivo e o negativo.
    Um dos principais benefícios foi a facilitação ao acesso das informações e a fácil comunicação entre pessoas em qualquer lugar do mundo de forma instantânea. Já o lado negro da internet é que junto com essa facilitação veio também a utilização de forma inapropriada por pessoas que gostam de expor situações que não deveriam ser mostradas. Um exemplo que foi citado foi o caso de um pai que sofreu danos emocionais pela exposição de fotos de sua filha morta em um acidente de carro.
    No geral esse documentário nos leva ao maior conhecimento sobre a internet e a uma reflexão em relação aos benefícios e malefícios do avanço da internet.

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