quarta-feira, 4 de maio de 2016

Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.1) (20/04): "Ativismo pelo Acesso à Informação"

Leitura:
Aaron Swartz

Audiovisual:
The Internet's Own Boy The Story of Aaron Swartz HD legendado pt br

8 comentários:

  1. O filme mostra que a vida de Aaron Swartz foi moldada por uma crença ética de que informações devem ser compartilhadas livremente e abertamente. Swartz era um líder no movimento "free culture", um polímata que já tinha ganho uma batalha global para impedir a privatização de partes da internet nos termos da Stop Online Piracy Act nos Estados Unidos. Ele poderia ter escolhido uma vida fácil de influência e riqueza em Silicon Valley ou, talvez, na academia. Mas Swartz não poderia viver com, ou em, sistemas que eram ineficientes e injustos. E ele foi punido por isso. Foi uma batalha que terminou com a tomada de sua própria vida aos 26. Algo importante a ser citado é que a história de Aaron tocou as pessoas não somente das comunidades on-line em que ele era uma celebridade.

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  2. Além da capacidade técnica em programação e em computação em geral que Aaron Swartz possuía, a qualidade mais importante dele era que ele se preocupava com as pessoas em todo o mundo que estão vivendo na miséria sob o capitalismo totalitário. Ele se preocupava em todos terem acesso ao conhecimento e lutou contra o lucro de corporações,
    as quais possuíam informações/conhecimento do mundo detidos sob o domínio dessas corporaçòes.

    Devido ao fato de o campus do MIT fornecer livre acesso ao banco de dados JSTOR de artigos acadêmicos, Swartz desenvolveu uma forma de baixar esses artigos secretamente e em grande quantidade.Porém, ele já estava sob vigilância do FBI e logo após ele baixar esses artigos em grande quantidade ele foi descoberto.Foram feitas várias
    acusações criminais em relação à Swartz. Aaron Swartz foi condenado à 35 anos de prisão ou ele teria que pagar uma
    multa de 1 milhão de dólares.

    De certa forma, legalmente falando, Swartz estava errado por baixar ilegalmente material protegido,porém, ele não roubou um banco nem fez mal à ninguém, ele não fez isso visando o lucro, ele apenas queria tornar o mundo um lugar melhor.

    As ações do governo contra Aaron Swartz foram bastante agressivas e excessivas e infelizmente isso tudo se tornou um fardo muito grande para Aaron Swartz, o qual cometeu suicídio aos 26 anos de idade.

    Matheus de Farias Cavalcanti Santos - [mfcs@cin.ufpe.br]

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  3. Aaron foi um dos grandes gênios da atualidade. Mesmo com pouca idade já se via o potencial dele. Além de ser um gênio da informática, ele também era escritor, grande articulador político e ativista na Internet. Sua morte aos 26 é um marco trágico do nosso tempo.
    Ele está presente no nosso contidiano ha bastante tempo, embora não o conheçamos(Eu, particularmente, comecei a entender a grandiosidade do Aaron neste seminário em questão). Trabalhando no desenvolvimento de ferramentas e programas comuns a quem costuma navegar na rede desde os 14 anos. Criador do Reddit, site visitado por mim diariamente, mas que nunca parei para me questionar sobre a história por traz dele, e também criador do Creative Commons além de trabalhar no desenvolvimento do RSS.
    Aaron travou uma grande batalha política, pois ele queria mudar o mundo e acreditava que era possível. Uma das formas que ele queria usar para mudar o mundo era dar acesso livre ao conhecimento da humanidade acumulado na internet. Ajudou a criar a Open Library a partir da ideia do conhecimento compartilhado, e o Demand Progress, plataforma para obter conquistas em políticas públicas para pessoas comuns.
    Acredito que perdemos muito em perder o Aaron.

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  4. O suicídio do jovem Aaron Swartz, aos 26 anos é um sinal do tamanho do conflito ideológico envolvendo pessoas que defendem uma internet livre e grupos que pretendem privatizar e acabar com o acesso a produção intelectual humana. A morte do jovem trouxe a tona também o peso de um “bullying judicial” registrado pela mídia do mundo inteiro. Os discursos de Aaron eram reconhecidos por grupos de defesa pública e seu “Manifesto da Guerrilha pelo Acesso Livre” reforça que o poder da informação está concentrado nas mãos de uma pequena parcela, quando deveriam ser informação livre com a capacidade de melhorar o mundo.
    Preso em 2001, por usar a rede do MIT para conseguir e divulgar
    uma grande quantidade de artigos, o jovem se mostrava contrário ao que era praticado pela JSTOR, que recompensava financeiramente as editoras e não os pesquisadores.
    Alguns acusam Swartz de roubo de informação, o que de fato aconteceu, mas ai vem a pergunta: A informação, as pesquisas e seus resultados não deveriam ser compartilhados com todos? É uma questão difícil, sou a favor do compartilhamento gratuito de conteúdo, aliás acredito que a internet está aqui pra isso, mas as pessoas também precisam pagar suas contas.
    Um caso semelhante foi o do MegaUpload, que levou a prisão de Kim Dotcom. Atualmente o site funciona com o nome de Mega, mas todo o trâmite serviu como alerta a comunidade virtual de como o compartilhamento de informações pode sofrer ataques ferozes daqueles que perderam uma parcela de seus lucros por conta disso.

    Anna Beatriz Sena (abs7@cin.ufpe.br)

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  5. Aaron Swartz foi uma pessoa de importância na criação de partes da fundação da Internet como conhecemos hoje.

    Teve participação em várias coisas, como:
    a. na criação do RSS, um micro-formato de XML para compartilhamento de feeds
    b. influenciou na criação do Markdown, uma micro-linguagem leve de formatação de texto bastante usada em projetos de código-fonte aberto
    c. colaborou com a Creative Commons
    d. foi um dos fundadores do site de notícias Reddit

    Ele foi identificado como o responsável pela instalação de um notebook em um armário técnico do MIT a fim de coletar uma grande quantidade de artigos científicos de periódicos científicos, passando a responder por violação de "direitos de propriedade intelectual".

    Ao ser identificado o grande tráfego causado por seu script para baixar automaticamente os artigos e descoberto o local no qual o computador remoto que fazia isto se encontrava a partir de análise dos dados de tráfego, foi planejado um flagrante, no qual ele foi identificado e um processo instaurado. Eventualmente a editora que o iniciou desistiu da causa, porém o promotor de justiça do estado decidiu que seguiria com a causa de qualquer forma.

    O FBI o perseguiu durante a investigação, levando-o a um estado de depressão, que acabou por levá-lo à tragédia de tirar a sua própria vida.

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  6. Aaron Swartz foi incontestavelmente um gênio da informática bastante talentoso. Desde os 14 anos teve papel bastante ativo na rede, ajudando a criar diversas ferramentas, algumas utilizadas até hoje, como o RSS, Reddit, Infogami, Jottit, etc. Durante toda a sua vida, Aaron tinha como ideal a liberdade na internet e as liberdades civis, tornando a informação e o conhecimento disponíveis a todos, com isso ele criou o Watchdog, o Open Library e o Demand Progress como forma de tornar possível que a população tivesse mais acesso a informação e maior participação em assuntos de cunho político que envolvem a questão de liberdade e direitos civis. Aaron tinha tudo pra ter uma brilhante carreira mas seus interesses em garantir o acesso livre ao conhecimento interromperam seu promissor futuro. Ele fez downloads de milhões de artigos do sistema JSTOR, o qual cobrava para se ter acesso a esses artigos. Devido a isso Aaron foi acusado de fazer os downloads para posteriormente distribuir na rede, mesmo nunca tendo provado que ele iria realmente faze-lo. Mesmo devolvendo o conteúdo para a empresa ele foi indiciado e com grandes chances de ser condenado a 35 anos de cadeia mais uma multa de 1 milhão de dólares. O fato ganhou incrível repercussão, causando diversos movimentos a favor dos ideais de Aaron, contudo a pressão sofrida foi grande o suficiente para ele cometer suicídio por um crime que ele não chegou verdadeiramente a cometer. Para mim, o nível de perseguição que Aaron sofreu foi de proporções inadequadas, acredito que mesmo que todas as alegações fossem verdadeiras, o único crime cometido por ele daria alguns dias de prisão ou talvez trabalhos comunitários e uma multa de valor bem menor. O departamento de justiça insistiu em um caso que até a JSTOR já teria relevado e não se sabe ao certo porque os promotores federais decidiram persegui-lo de maneira tão vingativa. Para mim queriam tratar o caso como exemplo, para remediar futuros problemas semelhantes, no entanto essa atitude, um tanto quanto irresponsável ao meu ver, levou a morte do jovem. O tema de acesso livre a informação continua levantando debates sobre o que seria permitido ou não até hoje. A justiça não pode simplesmente querer tratar casos como esse com mãos de ferro como fizeram com Aaron, precisam ter consciência que a internet tem o papel nato de levar informação a todos os usuários, que diversas pessoas lutam por esse ideal e que isso tem o seu valor. Leis aplicadas ao mundo real não podem ser simplesmente replicadas no mundo virtual, não funcionará desse modo. O que acontece é que querem moldar a internet aos padrões atuais mas na verdade são os padrões atuais que devem se adequar à internet pois seu avanço tecnológico é incontestável e temos que lidar com isso. Precisamos de medidas balanceadas para evitar que questões como essa voltem a acontecer.

    Maria de Lourdes de Barros Reis - mlbr@cin.ufpe.br

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  7. A história de Aaron Swartz mostra que ele teve intenções puras e benignas em prol da sociedade mas os executivos de grandes organizações tentam pará-lo a qualquer custo para tentar salvar a própria pele e manter seus sistemas lucrativos.

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  8. Infelizmente a história de Aaron Swartz é mais uma história onde um “gênio da internet” busca o bem da sociedade mas acaba pagando caro pelas suas ações. A contribuição que ele deu ao desenvolvimento do formato RSS foi algo fantástico para todos, e a ideia que ele teve de distribuir os artigos que ele tinha acesso também foi uma ideia muito plausível. De fato, ele quebrou regras, mas ate onde essas regras fazem sentido? A sociedade financia (com impostos) o desenvolvimento da ciência, porém quando há grandes descobertas esses artigos ficam presos ao domínio de grandes editoras e a sociedade tem novamente que pagar para ter acesso aos trabalhos que ela mesmo financiou. Isso se torna também um gargalo á própria ciência, pois se esses artigos fossem liberados mais pessoas teriam acesso e consequentemente a ciência se desenvolveria ainda mais. Acredito que esse foi o pensamento de Aaron, mas acabou pagando caro, sendo “traído” pela própria instituição que tanto alimenta a busca de seus alunos por algo que vai revolucionar a sociedade, sua universidade.

    Pedro Ivo Silveira Sousa - piss

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