quarta-feira, 11 de maio de 2016

Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.1): "O Surgimento do Napster"

Leitura:
Napster

Audiovisual:
Napster Documentary 'Downloaded' | Part One
Napster: Culture of Free | Retro Report
Alex Winter: "Downloaded" | Talks at Google
Alex Winter on "Bill & Ted," Napster and His Documentary, "Downloaded"

9 comentários:

  1. O caso Napster pode ser discutido isoladamente levando em consideração quando e como aconteceu (cultura, sociedade, momento da internet) e pode ser abordado contextualizando com a realidade atual da internet e dos meios de comunicação.
    Primeiramente, o que o programa oferecia aos usuários, entre 1999 e 2001, era algo inédito. O Napster apareceu para acabar com a insatisfação dos usuários de ter que comprar CD e não ter acesso ilimitado a quaisquer músicas. O Napster apareceu para disponibilizar um serviço de delivery de música rápida e fácil, entretanto, os fundadores não previram os problemas que poderiam aparecer na parte legal (direitos autorais) desse universo. Do outro lado, existiam os detentores dos direitos autorais das músicas e o governo, os quais não tinham experiência com esse tipo de problema. Foi um desafio para ambas as partes e resultou no fechamento da plataforma de download de música.
    Eu posso dizer que levando em consideração que mais de uma década se passou, a justiça evoluiu e os artistas se familiarizaram com a divulgação de suas músicas na internet, cada artista concordando ou discordando com as formas de divulgação utilizadas em seu país. Avaliando a forma como a música é distribuída hoje em dia, cada vez mais alternativas de divulgação tem sido criadas para facilitar o acesso e tentar impedir a pirataria. O Spotify e o Tidal são exemplos de plataformas que possuem versões pagas onde as músicas ficam salvas no celular se o usuário quiser mas o usuário paga pela comodidade de ter a música disponível a qualquer momento no dispositivo, mas o arquivo da música não fica disponível para ser manipulado(cópia, por exemplo). Com essa comodidade e essa nova forma de acesso à música, diminuiu bastante a prática de download de música.
    Além das plataformas de música também podemos citar o Youtube (que é grátis e qualquer um pode publicar conteúdo), Netflix(é pago e tem diminuído a taxa de download de conteúdo de vídeo), entretanto, o aparecimento desses outros meios não extinguiu a pirataria, pois ainda existem muitos sites de download de seriados, filmes e de visualização online de conteúdo protegido por direitos autorais. A prática da pirataria tem se expandido, tomado diferentes formas e o controle tem se tornado cada vez mais difícil. Mesmo com as leis contra a pirataria e cada vez mais os governos tentando moldar, regularizar esse universo de mídias na internet, as leis estão sendo aprimoradas e tentam cobrir um domínio maior de problemas e as soluções adotadas pelos governos e donos de empresas que detém os direitos dessas mídias não são duradouras. De vez em quando um site é fechado, mas outro aparece e o dilema continua.

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  2. Na década de 90, vendo o quanto era difícil obter músicas no formato MP3, Shawn Fanning teve uma ideia: "Que bom que seria se todo mundo pudesse compartilhar as suas coleções de músicas e baixar novos arquivos MP3 diretamente nos computadores dos outros usuários”. E com a ideia de propagar música de forma que o usuário fizesse download de um conteúdo diretamente de um computador de um ou mais usuários e posteriormente, conectado a sua rede, desempenhava tanto o papel de cliente quanto de servidor, surgiu o Napster.
    Inicialmente com poucos usuários, o programa não era notado por muitos, apenas pela pequena parcela de usuários, mas em seu auge, com 8 milhões de usuários conectados, a ideia de propagar música com direitos autorais de forma gratuita não agradou as gravadoras e tal fato culminou numa batalha jurídica entre a indústria da música e os programas de compartilhamento de conteúdo na internet.
    Ao final de tudo o Napster perdeu a batalha, deixando de funcionar e tendo que pagar altos valores pelo conteúdo compartilhado.
    Ainda hoje existem batalhas judiciais semelhantes, o WhatsApp, assim como o Napster, não guarda o conteúdo que é compartilhado pelos usuários, fornece apenas um canal para que a informação seja passada de pessoa para pessoa. Mesmo assim, medidas judiciais vem tentando tirar do ar o serviço de troca de mensagens, pois ele não disponibiliza o conteúdo compartilhado na plataforma. Como se pode fornecer algo que você não possui? Fica a questão.
    Estamos na era da informação, onde quando um serviço considerado bom pelos usuários é “derrubado”, outros milhares similares a ele entram em evidência. Tentar acabar com isso será uma batalha sem fim. As pessoas precisam de informação justa, clara e sem custo.
    Hoje o Napster mantém sua essência, mas funcionando como um serviço de streaming, que embora não seja grátis, trás benefícios tanto para os artistas quanto para os amantes de música.

    Anna Beatriz Sena (abs7@cin.ufpe.br)

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  3. O Napster foi um sistema de compartilhamento de música revolucionário que afetou toda uma geração de jovens que começaram a adquirir música de outras formas. O sistema tinha o seu banco de dados composto por itens providos pelos usuários, essa forma de compartilhamento e interação entre usuários pode ser considerada como uma forma primitiva de rede social.
    Depois de um tempo, quando o Napster estava se tornando uma febre entre os jovens - principalmente-, as gravadoras e empresas relacionadas a venda de música começaram a ameaçar e processar o Napster por violação de direitos autorais.
    O filme mostra tanto a visão dos criadores do Napster, quanto a dos donos de gravadoras e músicos. Com muitas opiniões divergentes, o filme adota um posicionamento quase passivo, tendendo um pouco na defesa do Napster.

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  4. O Napster surgiu em 1999 como uma ferramenta para o compartilhamento de arquivos P2P (point-to-point), com ênfase em arquivos MP3. Então um novo formato que surgiu possibilitando o compartilhamento de música em alta qualidade com tamanhos de ordem de magnitude 10 vezes menor graças ao uso de compactação lossely, ao invés de cópias fieais (como ripar uma track para lossless .wav).

    Uma arquitetura P2P significa que conexão é "de duas mãos" no sentido de não termos um cliente e um servidor separados, mas que o cliente também efetua o papel de servidor, e a conexão entre duas partes de um serviço P2P ocorre diretamente, sem passar por um ponto central.

    Antes do Napster se popularizar era mais comum o uso de bots em clientes que respondiam automaticamente com listas de arquivos via IRC para trocar mensagens diretas e transferir arquivos usando o protocol DCC (https://en.wikipedia.org/wiki/Direct_Client-to-Client).

    Porém o Napster se tornou muito mais popular e prático de se usar devido a sua facilidade de uso e vantagem de encontrar mais de um fornecedor para um mesmo arquivo.

    Após uma série de batalhas judiciais o Napster saiu do ar oficialmente (porém devido a servidores alternativos continuou a funcionar) e diversos serviços similares surgiram com algumas sofisticações.

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  5. A primeira versão do napster foi lançada em 99 e visava facilitar a maneira como eram obtidas as musicas MP3 na internet, pois isto não era uma tarefa la muito fácil e exigia esforço e muita paciência. O programa começou a ganhar popularidade em 2000 quando se tornou uma empresa. Sugiram novas versões que eram lançadas mensalmente a medida que o número de usuários so aumentava. Chegou ao pico de 20 milhões de músicas compartilhadas.
    E então em 2001 as ações legais contra o serviço e não resistindo ele foi fechado em março acusado de promover a pirataria quando promovia a troca de arquivos que eram protegidos por direito autoral. Os servidores foram desligados e em 2002 comprado pelo grupo fabricante de softwares Roxio, que passou a vender as musicas arquivadas aos usuários.
    Acusado de violar a lei de copyright porque ajudava a disseminar ilegalmente arquivos protegidos por lei. Inclusive algumas bandas se posicionaram contra o software, e eu no lugares desses produtores de conteúdo talvez faria o mesmo, pois a maior parte da renda de musicos está atrelada a venda de seus conteúdos. Acredito que todos tenham o direito de escolher se querem compartilhar seu trabalho de forma gratúita ou se querem cobrar alguma contribuição de quem os apreciam.

    Yasmine Santos (ycps)

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  6. A partir do ano de 1990 a transferência de arquivos aumentou de uma forma nunca antes imaginada e isso se deve ao surgimento da internet e do formato MP3 de áudio, o qual reduz significativamente o tamanho do arquivo das músicas.

    Como uma forma de tornar mais fácil a procura por músicas(MP3), o Napster foi lançado e considerado como o primeiro serviço P2P(peer-to-peer), devido à sua capacidade de gerar uma lista que possuía os usuários conectados ao serviço.

    Na época em que o Napster foi lançado, já existiam outros tipos de serviço de trocas de arquivos,porém como o Napster era especializado em arquivos MP3 e tinha uma interface mais bonita e mais fácil de se usar, teve mais destaque. Devido à isso a indústria da música passou a se sentir prejudicada, pois as pessoas passaram a baixar músicas ao invés de comprar CDs.

    Nesse período o Napster já tinha sido processado pela Associação da Indústria de Gravação da América por violação de direitos autorais e por alguns artistas que tiveram suas músicas circulando na rede antes mesmo de serem lançadas. Com o tempo o número de processos aumentou e o Napster foi forçado a declarar falência.

    Embora o Napster não esteja mais ativo, outros serviços de compartilhamento de arquivos estão ativos,como por exemplo, o torrent, Gnutella,eDonkey,kazaa,Limewire,Shareaza, entre outros. O youtube e o spotfy não são serviços de compartilhamento de arquivos mas possibilitam o usuário de escutar músicas de forma gratuita.

    Essa é uma questão difícil de ser controlada,pois quando um serviço é desativado, surgem muitos outros como alternativa e até melhores.

    Matheus de Farias Cavalcanti Santos - [mfcs@cin.ufpe.br]

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  7. O caso do Napster é sobre uma empresa pioneira na troca de arquivos de música com arquitetura p2p que em pouco tempo conseguiu atingir um público tão grande que chamou a atenção de artistas e gravadoras. O intuito inicial dos criadores do Napster era criar uma ferramenta que tornasse possível o compartilhamento de músicas na rede, sem nenhum interesse financeiro. Na minha opinião, eles foram muito ingênuos em achar que de alguma forma essa troca seria controlada e que tudo ocorreria dentro dos conformes, mas na época do surgimento do Napster a idéia de compartilhamento de arquivos era uma coisa nova e então eles poderiam não ter a idéia em que nível chegaria essa ferramenta. No auge de seu sucesso, o Napster já era considerado um inimigo da indústria musical, com razão de certa forma. Artistas e gravadoras eram contra o funcionamento da ferramenta e essa batalha foi levada aos tribunais. Durante varias indas e vindas, a empresa tentou regularizar o funcionamento do Napster, retirando musicas que foram reivindicadas por seus autores por estarem sendo compartilhadas de forma errônea. Depois de algum tempo, por violar direitos autorais, a empresa levou a pior e teve que fechar. Mas os problemas da pirataria estavam longe de acabar. Mesmo os servidores do Napster sendo desligados, muitos compartilhamentos ainda ocorriam. E assim ocorre até hoje, quando algum site ou programa é proibido e sai do ar, rapidamente ele é reposto, as vezes mais de uma vez, por outro semelhante. Um caso que ocorreu no Brasil foi o site de filmes e seriados online "megafilmeshd", no mesmo dia que saiu do ar, mais 2 ou 3 surgiram rapidamente em seu lugar. A proibição e retirada de um programa/site não é a melhor solução para o caso, visto que só vai aumentar o número de produtos similares a ele e por consequência aumentar o problema.

    Maria de Lourdes de Barros Reis - mlbr@cin.ufpe.br

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  8. Napster foi revolucionário. Foi um dos aplicativos mais inovadores que emergiram da internet. Ele abriu horizontes musicais através de um software de arquivos simples que empregava a arquitetura Peer to Peer (P2P). Pessoas procuravam arquivos que estavam presentes nos discos rígidos de outros usuários. Pessoas contribuíram para o Napster com o upload de músicas de seus CDs, compactando-as para o formato mp3 e, em seguida, adicionando as músicas para seus arquivos. Embora os usuários do Napster possam ter perdido a batalha, eles não perderam a guerra. Os clones Napster são consideravelmente mais maduros. Soluções bem mais poderosas permitem o compartilhamento de arquivos através da arquitetura P2P, dificultando qualquer tipo de bloqueio do compartilhamento.

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  9. A história do Napster representa bem o poder da internet. Os desenvolvedores do Napster estavam apenas buscando uma forma de facilitar o compartilhamento das musicas entre as pessoas de uma forma inovadora, onde você não precisaria ficar usando o meio físico (os cds) para tal. A ideia foi genial, porém entrou em conflito com as grandes empresas musicais, que lucram em cima dos cds e portanto não querem este compartilhamento. Eles ate buscaram modificar a forma como o napster funcionava, para evitar problemas jurídicos, mas sem sucesso, pela limitação tecnologica que eles tinham e pelo poder dos usuários, que não queriam essa mudança. O poder da internet entra neste ponto, as grandes empresas lutaram bastante contra o Napster, mas não imaginaram que a internet funciona como uma “hydra” e onde uma cabeça é cortada varias surgem. Quando o Napster perdeu na justica e acabou, outras formas de compartilhamento de musicas surgiram, semelhantes, sob outros nomes, e mantiveram a ideia do Napster ainda vida. A sociedade tem que aprender que a internet não consiste de algo sólido e sim de ideias, e quando uma ideia é aceita pela sua comunidade não há mais como para-la.

    Pedro Ivo Silveira Sousa - piss

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