quarta-feira, 23 de março de 2016

Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.1) (23/03): "Tecnologias Cívicas"

Leitura:
Why Civic Tech Is The Next Big Thing
Civic technology
Code for America

Audiovisual:
Stacy Donohue talks about civic technology in 2015
Make Government Work Better for All [Entire Talk]
Tecnologias colaborativas e o futuro da Internet - Jonathan Zittrain | Singularity University | FIAP
From Theory to Practice: Civic Engagement in the 21st Century

11 comentários:

  1. O termo Tecnologia Cívica é novo para mim, mas o conceito não. O uso da tecnologia em conjunto com a sociedade para o desenvolvimento de tecnologias que solucionem problemas do país é interesse de ambas as partes. Como a tecnologia é parte do dia-a-dia dos cidadãos por meio de smartphones, tablets, etc, essa inclusão se torna mais fácil.
    Eu achei a criação do Code for America muito importante porque fez o governo direcionar as atenções ao uso da tecnologia para solucionar problemas do dia-a-dia da comunidade, pois ele foca em saúde, serviços humanos, segurança, justiça, economia e comunicação.
    Como o intuito da tecnologia cívica é engajar cidadãos e fortalecer a participação dos mesmos no desenvolvimento de ferramentas, softwares, aplicativos, o Code for America veio para incentivar a prática de Hackathons e outros eventos de desenvolvimento de soluções pois eles são compostos por cidadãos que detectam determinados problemas e tentam solucioná-los por meio do desenvolvimento de software, aplicativos, plataformas, etc.
    O incentivo a essa prática vem sendo difundido por todo o mundo, inclusive no Brasil, para tentar solucionar problemas locais.

    ResponderExcluir
  2. A Tecnologia cívica permite um engajamento e participação do público para um desenvolvimento mais consistente de plataformas que melhorem a comunicação entre cidadãos e o governo, melhorando sua estrutura e consequentemente ajudando no bem comum.
    O aumento da comunicação acontece através de aplicações de código aberto. O “Code for América” citado no vídeo de Jennifer Pahlka, é um projeto apartidário que procura engajar pessoas das áreas de tecnologia e design a diminuir a lacuna existente entre os setores público e privado através de aplicativos. Ao longo de sua existência o “Code for América” foi o pivô de várias aplicações presentes nos setores municipais de inovação cívica de várias cidades americanas, o que ficou conhecido como hacker cívico. O Hacker cívico possui propostas bastante interessantes como encontros para que pessoas do ramo de tecnologia, design e dados abertos propaguem seus conhecimentos para criação de novas plataformas, fazendo com que o governo funcione como a internet, um meio que muitas pessoas tem acesso, podem visualizar o que acontece e ainda opinar sobre tais acontecimentos. O vídeo do Jonathan Zittrain, aborda justamente como surgiu a internet e como ela se tornou uma coisa da qual se podia obter dinheiro com a venda de acesso, e como alguns governos bloqueiam o acesso dos cidadãos a determinados domínios que poderiam aguçar um senso crítico ou estimular uma maior participação dos mesmos.
    Um exemplo bastante pertinente atualmente é o de aplicativos que auxiliam na denuncia de possíveis focos de larvas do mosquito aedes aegypti, onde profissionais do combate ao mosquito podem tomar ciência de focos que passariam despercebidos. Tal exemplo é citado como tecnologia cívica pois várias pessoas se engajam para um bem comum.
    Ainda existe uma certa busca e uma multiplicidade de significados para o termo tecnologia cívica, sua definição continua sendo contestada, no vídeo de Stacy Donohue, pessoa que de certa forma responde pela parte cívica do grupo eBay, a mesma faz uma menção ao que o eBay entende por tecnologia cívica.
    Todos os conceitos de tecnologia cívica, ajudam a explorar a realidade de como as tecnologias contemporâneas podem ajudar a melhorar a atuação do governo, tornando as pessoas mais engajadas a trocar ideias e sugerir mudanças que realmente ajudem a conviver em sociedade e resolvam problemas.

    Anna Beatriz (abs7@cin.ufpe.br)

    ResponderExcluir
  3. De acordo com a Wikipedia, tecnologias Cívicas são tecnologias que são desenvolvidas, melhoradas e até mesmo modificadas por qualquer pessoa que queira contribuir sem a necessidade de permissão, autorização ou licença e de forma gratuita.

    Porém, as tecnologias desde quando começaram a ser desenvolvidas nem sempre tiveram o caráter cívico que hoje possuem. Fazendo uma breve análise histórica, sabe-se que a administração e manipulação da
    informação feita usando uma determinada tecnologia era realizada apenas por especialistas.
    Os cidadãos comuns de certa forma poderiam até ter o conhecimento de um problema existente, mas quem possuía a responsabilidade de resolver tal problema era o especialista.
    O acesso a essa tecnologia na época não era livre, era necessário pagar aluguel para ter acesso à tecnologia, no caso acesso às máquinas, resultando dessa forma na exclusão do cidadão comum
    no processo de colaboração no desenvolvimento da tecnologia, resultando em um caráter não cívico.

    Anos depois, as tecnologias passaram a ser produzidas para consumo, porém essas não permitiam ser reprogramadas pelos usuários. Proviam algum poder limitado, mas estava muito longe ainda de ser o que os usuários esperavam da tecnologia.
    Posteriormente as tecnologias desenvolvidas permitiam os usuários de criar as aplicações desejadas por eles, embora isso exigisse algum conhecimento técnico por parte dos usuários, mas dessa vez
    os usuários estavam livre para criar ou atém mesmo melhorar determinadas funcionalidades da tecnologia desenvolvida pelo fabricante.

    A partir disso, várias tecnologias, inclusive o computador pessoal, passaram a ser mais "colaborativas".
    Com isso, diversas aplicações sem fins lucrativos passaram a ser desenvolvidas por diversos cidadãos comuns até o que temos hoje em nossa sociedade dando origem ao conceito de tecnologias cívicas.

    É de grande importância a tecnologia ter esse caráter cívico, pois permite a contribuição de todo tipo de pessoa no desenvolvimento da tecnologia, torna os usuários mais próximos de dados governamentais,caso em q a tecnologia que está em desenvolvimento seja uma plataforma que ligue o governo com a população e esse desenvolvimento vai servir não só para a vida de um único usuário, mas para uma população inteira que utiliza essa tecnologia.

    Matheus de Farias Cavalcanti Santos - [mfcs@cin.ufpe.br]

    ResponderExcluir
  4. Pelo que foi visto no conteúdo, a tecnologia cívica não é mais uma promessa, ela se tornou um mercado em expansão. O governo dos EUA estava projetado para gastar 6,4 bilhões de dólares com tecnologia cívica em 2015. Startups em tecnologia cívica estão atentas para essas oportunidades. Os investidores comerciais estão tomando conhecimento também, vendo o potencial da indústria de gerar retornos financeiros e impacto social. Andreessen Horowitz, conhecido por investir em startups com fins lucrativos como Airbnb, Facebook, Lyft e Twitter, aplicou na OpenGov’s cerca de 15 milhões de dólares em uma rodada de financiamento. Change.org, a maior plataforma de petições do mundo agora serve quase 100 milhões de usuários em todo o mundo, arrecadou 25 milhões de dólares em recursos Série C de investidores como Arianna Huffington, Bill Gates, Richard Branson e Omidyar Network.

    ResponderExcluir
  5. Tecnologia cívica é uma idéia de levar poder de transformação social, influência, e melhoria dando poder em diversas áreas (como disseminação de conhecimento, decisões de planejamento urbano, serviços, etc), que antes eram dominadas por uma pequena parcela da população em seus determinados campos de atuação, a pessoas comuns usando um approach que remete ao open source.

    ResponderExcluir
  6. O tema abordado nestes seminários ainda remete a colaboração coletiva de um grupo formado por indivíduos indiscriminados, a Tecnologia cívica. Um termo relativamente novo se comparado ao conceito que carrega. Pois já temos uma noção da possibilidade de construção de informação útil através da opinião e colaboração pública há algum tempo.
    Tecnologias Cívicas sendo tecnologias que são desenvolvidas, melhoradas e até mesmo modificadas por qualquer pessoa que queira contribuir sem a necessidade de permissão, autorização ou licença e de forma gratuita, podem ser aproveitadas de diversas maneiras desde pesquisas para a inclusão social, à aplicativos que nos ajudem com reviews em fóruns e sites de compras sobre produtos e coisas diversas. O que nos ajuda a tomar decisões e a nos manter informados a todo tempo, na maioria das vezes em tempo real devido ao fluxo de atualização que acontece a todo momento nessas tecnologias colaborativas.
    Quanto mais pessoas sendo engajadas a utilizar dessas colaborações para a construção e melhoramento de plataformas e tecnologias para trocas de informações, mais ganhos para a sociedade. Por isto a importância do Code for America. Este tipo de iniciativa de engajamento para fortalecimento da participação dos cidadãos em tecnologias de compartilhamento de informação é uma pratica que vem ocorrendo mundialmente e vai diminuindo as lacunas de informação e conhecimento, sendo de cunho social ou não, entre as pessoas exponencialmente.
    Yasmine dos Santos(YCPS)

    ResponderExcluir
  7. Já conhecia alguns aplicativos/plataformas colaborativas mas nunca liguei essa ideia de código aberto ao termo de tecnologia cívica. De fato o uso dessas tecnologias trazem diversos benefícios a população e o tornam de mais fácil acesso. Acompanhei a criação de um exemplo recente de tecnologia cívica onde o aplicativo identifica locais onde houve abuso a mulheres em diversas cidades do Brasil, alertando a população e facilitando a fiscalização da segurança do local. Bons exemplos dos frutos da tecnologia cívica são encontrados em todo o mundo, como o Code for America que permite que a população tenha uma ligação mais direta com o governo afim de resolver problemas em suas cidades, incentivando cada vez mais as pessoas a se engajarem em conjunto para alcançarem soluções em diversos âmbitos. Exemplos aqui no Brasil vão desde pequenos hackathons, onde grupos de pessoas se juntam para resolver problemas em geral, até grandes maratonas de programação onde há o incentivo de criação de startups cívicas. A ideia do crowdsourcing se funde bastante com tecnologias cívicas, afinal de contas há a cooperação de muitos para um bem maior. Esse incentivo da "reunião" das pessoas para criação de plataformas/aplicativos/softwares tem crescido cada vez mais e dá início a uma nova forma de atuação cívica como um bom exemplo de como promover o bem-estar social através da tecnologia.

    Maria de Lourdes de Barros Reis - mlbr@cin.ufpe.br

    ResponderExcluir
  8. Eu achei sensacional esse tema e muito pertinente para o tempo e as mudanças que estamos vivendo no mundo tecnológico atual. Esse tipo de tecnologia que possibilita a integração de informação entre cidadãos, pessoas sem tanta estrutura técnica, a participarem em conjunto com especialistas na criação de informações ou no desenvolvimento de novas tecnologias, sejam elas lucrativas ou open-source me mostra uma maior aproximação entre os meios de clientes e usuários referentes a quaisquer tipo de conexão, seja ela entre governo-cidadão, cidadão-cidadão ou uma possível outra. O fato de novas criações e no crescimento do interesse governamental sobre essa tecnologia, me faz mais confiante no futuro dos cidadãos, já que a partir das ferramentas e dos investimentos feitos por eles, seremos mais incisivos nas informações e escolhas e os governos, como citado em artigos do link, poderão tá mais próximos de nós, obtendo informações a partir de todos nós, informações essas que talvez não fossem vistas por eles anteriormente, possibilitando uma atuação mais eficaz e mais baratas em todos os problemas da nossa sociedade. Levando pro lado colaborativo entre usuários, o crescimento de aplicações, recursos e de dados através desse processo tem crescido muito, onde na minha concepção a facilidade e a possibilidade de várias pessoas terem acesso e poderem colaborar em algum serviço faz com que essa tecnologia tenha tido 14 vezes mais investimentos em comparação as tecnologias tradicionais. Por todas essas informações recebidas nesses artigos e videos, fico bastante otimista com um futuro próximo dessa tecnologia no meio tecnológico mundial e acredito que muitos frutos bons sairão delas.

    Marcio Mendes Cavalcanti Junior - mmcj

    ResponderExcluir
  9. A tecnologia cívica é um tema muito atual, que vem crescendo e sendo cada vez mais explorado no mundo inteiro. Não somente com organizações governamentais como também em forma de projetos colaborativos como o Linux. Como foi mostrado nas palestras de Jennifer Pahlka e Jonathan Zittrain a visão corporativa da produção e a visão de concorrência estão um pouco equivocadas. São levantadas teses que mostram como a cooperação entre indivíduos faz com que a produção de todos evolua em mesmo nível e que todos sejam beneficiados dos bens produzidos - como é mostrado no exemplo dos fazendeiros que ordenham suas ovelhas dividindo um mesmo campo. O que parece uma forma ortodoxa de produção (referente ao capitalismo) tem refletido em bons frutos na área de tecnologia com os softwares livres. Muitas aplicações de software livre e tecnologia cívica são utilizadas com incentivos do governo como o Code for America que permite que a população tenha uma ligação mais direta com o governo para resolver problemas em suas cidades, assim incentivando a colaboração popular para resolução de problemas macro.

    ResponderExcluir
  10. Estamos em uma era onde as pessoas gostam de estar cientes de tudo, dar sua própria opinião, dar sua contribuição, mostrar que podem fazer a diferença na sociedade. Levando isto em consideração fica mais claro o por que das tecnologias cívicas estarem em um momento de crescimento, entrando mais em foco. A tecnologias Cívicas dão à população uma chance de melhorar a sua condição de vida, de mudar aspectos da sociedade atrelando diretamente a transparência dos recursos governamentais o que é de suma importância para entendermos o que podemos e o que não podemos atingir. Outro ponto importante deste assunto é a ponte que podemos fazer dele diretamente com o assunto anterior "A inteligência coletiva", no assunto anterior foi discutido o quanto a inteligência coletiva pode aumentar o nível de confiança na veracidade de algo, e apesar de buscar lucros próprios, empresas como Uber, AirBnB, Lyft, Yelp, etc, servem como exemplos que podem ser seguidos e analisados pelo governo para gerar algo semelhante de forma pública.

    Pedro Ivo Silveira Sousa - piss@cin

    ResponderExcluir
  11. Uma visão que ainda não vi abordada é o mercado para tecnologia cívica. O que eu quero dizer é que muito se fala sobre benefícios para o governo e população, mas quem também pode se beneficiar com essa fatia de mercado são as empresas. Exatamente como a Accela faz, empresa especialista no ramo, ela foi citada na reportagem da Forbes: "Why civic tech is the new big thing". Este é um mercado ainda a ser explorado, principalmente aqui no Brasil. Pois se existem ainda não foram bem exploradas pelo governo. Seja por culpa de uma ou de ambas partes. Como todo mercado a ser explorada existem diversas possibilidades de evolução para novos negócios. Espero que nossas empresas venham a aproveitar esta oportunidade antes que importemos novamente o solucionador.

    ResponderExcluir