sábado, 23 de fevereiro de 2019

"Tecnologia, Lei e Sociedade" (2019.1): "A Natureza da Tecnologia, e o Crescimento Exponencial"

Leitura:
The Law of Accelerating Returns
Technological singularity
Why Tech Is Accelerating

Audiovisual:
Exponential Technology by Peter H Diamandis
Technology's epic story
The Inevitable: Understanding the Technological Forces That Will Shape Our Future
Imagining the Future: The Transformation of Humanity | Peter Diamandis | TEDxLA
What is technology? Is technology a new thing? (You can speed up audio in Settings)
Kevin Kelly: What Technology Wants

19 comentários:

  1. O desenvolvimento tecnológico acelerado tem não apenas implicações diretas, como a esperada redução do número de acidentes de trânsito com a popularização de carros autônomos, mas também implicações não imediatas, como a diminuição da necessidade de empresas de seguro automotivo ou de auto-escolas.
    O importante é, como ser social, manter sempre em mente o potencial destrutivo e criativo de cada coisa e se esforçar para tirar o melhor dela.

    Versão extendida em: https://goo.gl/447b1s

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  2. As próximas décadas serão um modesto desafio para os mais céticos.
    Pessoalmente, acredito que até as previsões mais ousadas no tocante ao
    futuro da tecnologia e humanidade possam ser realizadas, sendo o tempo
    a variável mais volátil. E algo me preocupa nisso tudo, a reação dos "usuários".

    O que fazer quando você é substituido por uma máquina, quando voce se torna obsoleto, quando seu rival ganha
    todas as vezes. Quando voce não tem esperanças. Isto certamente irá incomodar muita gente, e não é nenhuma surpresa que essa galera
    irá colocar a boca no trambone, possivelmente com bastante pressão politica e quebra-quebra. Sem falar nas possiveis "resoluções"
    caoticas que podem ser geradas.

    Impossivel dizer como esse problema será resolvido, e até mesmo saber se isso será de fato um problema para a sociedade
    do futuro. Infelizmente não podemos criar 2 branches, testar essas mudancas e ficar com o melhor resultado. Logo, uma
    decisão possivelmente terá de ser feita ao longo do processo. A decisão de definir o que é progresso. Definir aquilo que pode
    ser feito e aquilo que não pode ser feito. Decidir qual será a tecnologia do bem e a do mal.

    Espero estar errado, pois isso tem cara de distopia. De qualquer forma, o debate precisa continuar e de preferência
    ser ampliado para as mais diversas áreas, pois embora possa soar fantasioso para os ouvidos de alguns,
    esse é o futuro que espera a humanidade.

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  3. Há de fato e é inegável o crescimento em velocidade absurda (exponencial) do desenvolvimento tecnológico nos últimos 50, 100 anos. Mas venho observando que, apesar de termos chegados a patamares jamais sonhados 50 anos atrás, existe um superestimação de onde chegaremos nos próximos ano que lembra bastante os exercícios mentais de futurologia do início do século XX e de contos de ficção especulativa steampunk. Resta esperar para ver o que de fato vai acontecer.

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  4. Sobre a lei dos “Retornos Acelerados” (The Law of Accelerating Returns) - não sei se existe uma tradução melhor para ela - Ray Kurzweil diz tratar-se de um “processo evolucionário” tal como a “evolução biológica”. Já Peter H. Diamandis diz em sua palestra Exponential Technology, que esse mesmo “processo evolucionário” tecnológico causou um democratização do conhecimento e que o fará ainda mais ao passar dos anos.

    Levando em conta a definição de “processo” e “ação” descrita por Bertrand de Jovenel que diz: “Se o fenômeno que nos interessa é o efeito desejado pela ação consciente de um agente, certamente não falaremos de processo. Mas, ao contrário, trata-se de processo se o fenômeno que nos interessa desenvolve-se por um concurso complexo de ações, formuladas por uma multidão de agentes, que não visam de forma alguma produzir o fenômeno”. Ou a lei dos “Retornos Acelerados” não é um processo da forma como o Jouvenel define, e portanto é uma ação humana, talvez um pouco complexa, mais ainda humana; ou ela é um processo mas não visa produzir algum fenômeno, como por exemplo, o da democratização do conhecimento (e mesmo este é bastante questionável: hoje, quem tem mais conhecimento? O governo sobre você ou você sobre o governo?) ou tantos outros citados por ambos os autores como verdadeiras maravilhas que estão por acontecer no futuro.

    Acima, não estou contestando os dados em que se baseiam a lei, mas sim a forma como é interpretada por esses autores. Pois Jouvenel ainda diz: “o processo fornece a ocasião do evento, mas não determina sua natureza”. E para ambos esse autores, que consideram o avanço tecnológico um “processo evolucionário”, este só trará maravilhas, fazendo assim o julgamento da natureza do processo. Eles não deixam de passar essa impressão.

    Quanto à continuidade da lei dos “Retornos Acelerados”, seria interessante analisar alguma ideias opostas aos textos e vídeos listados aqui, como a teoria de Roger Penrose, físico e filósofo, que afirma que o cérebro humano não pode ser recriado pelo fato dos neurônios serem compostos de umas estruturas chamadas tubules que realizam uma forma exótica e complexa de “computação quântica”. Ele é citado por Kurzweil em seu livro The Age of Spiritual Machines, mas de uma forma um tanto rápida. Penrose escreveu um livro (The Emperor’s New Mind) onde expõe sua teoria.

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    1. Note que o autor do comentário não foi identificado pelo Blogger. Verifique, e tome as providências para reparar isso. A partir de agora, o moderador excluirá as mensagens com autor "Unknown".

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    2. Pronto, professor. Acho que resolvi o problema.

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    3. Está saindo apenas "Arthur". Falta o sobrenome

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  5. É inegável o crescimento exponencial da tecnologia prevista pela Lei de Moore, especialmente se compararmos com 100 ou 1000 anos atrás - e as mudanças vindas com ela já estão ocorrendo.

    Uma delas é a estimativa de até 2025 todas as pessoas do planeta estarem conectadas, o que pode deixar o rastreamento dos nossos dados nas mãos das Grandes empresas de tecnologia, cabendo a nós exigir a transparência delas.

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  6. Sempre fico com um pé atrás com o ufanismo de certas pessoas sobre os avanços da tecnologia como a resolução dos problemas do mundo.

    A natureza da tecnologia, como a de quase todas as coisas no universo, ouso dizer, é evoluir. E a tecnologia evolui exponencialmente, como dita pela Lei dos Retornos Acelerantes (traduzi assim) indo muitas vezes além do alcance da nossa imaginação dada a nossa percepção linear do futuro. Mas o que realmente me preocupa é que diferente da natureza biológica, o motor que impulsiona a evolução tecnológica são as grandes potencias políticas (governo) e mercadológicas (grandes empresas), elas têm o dinheiro necessário a sempre desenvolver algo novo e nem sempre suas intenções são transparentes ou boas. Para que isso tudo ocorresse da melhor forma para a humanidade, seria preciso democratizar e distribuir os meios e ferramentas de inovação na sociedade e importante lembrar que grande parte da população não tem acesso à tecnologia já ultrapassada, imagine à de ponta.

    É preciso pensar na acessibilidade, na aquisição e na distribuição da tecnologia em conjunto com a educação tecnológica, sobretudo para quem já está inserido no meio digital não sofrer, por exemplo, com a coleta de seus dados pessoais por grandes empresas como apontado por Lavínia, ou com a não capacitação para o trabalho nesse novo mundo tecnológico, como levantado por Gabriel. Apesar de que a mudança nas formas de trabalho seja inescapável. É preciso pensar em preparar as sociedades para essa evolução tecnológica que ocorre já muito mais rápido do que nossas gerações conseguem se adaptar.

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  7. O mundo está mudando cada vez mais rápido e o grande responsável por isso é o desenvolvimento tecnológico frenético. Todo dia novas tecnologias são lançadas, novas empresas surgem e novas perguntas são criadas. Com a internet tudo pode ser alcançado com pouco tempo, esse fácil acesso pode ser utilizado para coisas boas ou não. É de extrema necessidade trabalhar em políticas públicas e de proteção de dados.

    É fundamental o crescimento da tecnologia para atender o aumento da população e de sua renda per capita. Esse crescimento se trata de um intenso movimento global de urbanização. Investir em tecnologias para enfrentar os desafios do consumo é uma oportunidade que as empresas não querem e nem podem perder.

    O que fazer para que esses avanços tecnológicos não prejudiquem seu trabalho e sua vida pessoal? As máquinas vão tirar meu emprego? Como não afetar meu psicológico? Perguntas como essas estão sendo repetidas diariamente, é impossível chegar em suas respostas. É necessário mais estudos e principalmente trabalhar mais as tecnologias com o meio ambiente.

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  8. É interessante como a "Lei do Retorno Acelerado" (LRA) é presente na história da humanidade. Nos primórdios dos seres humanos essa lei não era visível pois a quantidade de tecnologia e recursos eram ínfimas, ou seja, mesmo a LRA sendo uma exponencial dupla, sua base era muito próxima de 1 no início da humanidade, isso faz com que a visão linear do progresso seja erroneamente observada. Veja que o homem só tinha suas mãos e intelecto para sobreviver, ao caçar por comida (um peixe por exemplo), ele gastava tempo e energia para capturar a presa, porém ao criar ferramentas (uma rede por exemplo), não havia mais necessidade de gastar tanto tempo e energia quanto antes. Perceba que as ferramentas, mesmo que rudimentares, podem ser consideradas tecnologias da época, essas ferramentas são os primeiros sinais da LRA e o "primeiro paradigma" que o ser humano introduziu na natureza. Como todo paradigma tende a saturar, as primeiras ferramentas começaram a atingir um limite do quanto elas poderiam prover e foi necessário uma mudança de paradigma para continuar o crescimento. Uma mudança de paradigma muito importante foi a agricultura e zootecnia, imagine o "salto numérico" na eficiência (redução de tempo e energia) para obter alimentos ao implementar técnicas como essas. E várias mudanças de paradigmas depois e só agora percebemos a aceleração em exponencial.
    "O futuro está aqui", é uma sentença que muitos usam e que, em minha opinião, reforça o inevitável e alerta para a urgência da ação.
    O futuro e a LRA são inevitáveis, mesmo com guerras, crises e conflitos mundiais, o crescimento continuou geométrico. Mesmo que governos queiram, de forma direta, proibir o progresso, isso se mostrará irrelevante e estrategicamente ruim, pois países opositores, ou até mesmo criminosos, irão progredir no ritmo natural.
    Existe uma urgência para a ação no presente, já que o crescimento é exponencial e nossa visão é linear, temos que mudar a forma como pensamos e ensinamos para acompanhar esse crescimento.
    Marco Polo Munt Rocha

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  9. É muito interessante perceber essa disruptura entre a nossa percepção incremental do mundo e dos avanços tecnológicos, da sua real e exponencial forma de de criar e nos apresentar a novos elementos, os quais na maioria das vezes absorvemos nas nossas vidas de forma tão orgânica que nem percebemos o tamanho do "breakthrough" que eles representam. Um exercício válido para tanto, talvez seja pensar em como eram nossas vidas algum tempo atrás e observar o tanto de coisas que temos e podemos fazer hoje que não eram possíveis em outros tempos, de forma semelhante, podemos pensar em tudo aquilo que não podemos ter ou fazer hoje e provavelmente boa parte das coisas que pensarmos hoje (dentro dos limites físicos e naturais) serão realidade dentro de um intervalo cada vez menor e assimilados por nós com a mesma naturalidade, como prevê a "Lei do Retorno Acelerado".

    Um gargalo para isso e também um problema no meu ver é que a humanidade (leia-se, governos e grandes corporações) como seres conscientes desse processo tem o poder de direcionar essa evolução para o caminho que lhes for mais atraente, atendendo à sua vontade/necessidades, o que como pontuou Lucas nem sempre são transparentes ou necessariamente "boas".

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  10. E se, de fato, o crescimento da tecnologia é exponencial? E se a Lei dos Retornos Acelerados estiver correta? Sim, sabemos que existem inúmeras vantagens intrínsecas às expectativas que este crescimento traz. Mas se até pouco (como é citado por Peter H. Diamandis e Ray Kurzweil) vivemos em mundo que não sofreu muitas mudanças significativas, temos uma visão linear sobre o futuro. Ou seja, não temos nada para comparar ou imaginar o que um mundo exponencial irá nos acarretar.

    Carros autônomos irão mudar nossa forma de viver. As expectativas são de que não teremos problema com estacionamento, acessibilidade, locomoção, acidentes. Mas, se a circulação nas grandes cidades aumentar, o número de carros também aumentaria e consequentemente teríamos um trânsito ainda pior? E se alguma falha acontecer, como o carro tomaria a “decisão humana” de evitar ou reagir ao acidente, quem seria responsabilizado por isso?

    E se uma inteligência for capaz de se auto aperfeiçoar? E se alguma superinteligência artificial vier a existir? Quais são suas vantagens? O que deveríamos esperar? Será que seria o fim da humanidade?

    Todos esses “e se” são difíceis de responder. Tenta-se estimar, mas é difícil de prever quais são as vantagens, desvantagens e implicações que irão acontecer. Ainda precisamos estudar mais, trabalhar mais para descobrir possíveis respostas ou indicações a tudo isso.

    E se não somente o crescimento tecnológico for exponencial (como é explicado por Ray Kurzweil)? E se o que vivemos for um duplo crescimento exponencial, onde além do crescimento exponencial, a taxa desse crescimento também é exponencial? Como medir as o nosso futuro? Como medir nossas expectativas?

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  11. Estamos vivendo em um mundo onde as inovações tecnológicas estão acontecendo de maneira rápida e cada vez mais acelerando,tecnologias que antes estavam disponíveis apenas para grandes empresas hoje estão se tornando mais acessíveis e atingindo de maneira mais ampla a sociedade.

    Nos últimos cem anos a expectativa de vida humana aumentou,a mortalidade infantil caiu,em um grande parcela no mundo o custo de alimentos, eletricidade, transporte e comunicação caiu.Ainda sim temos problemas em nossa sociedade mas de qualquer forma,esses aspectos parecem melhorar conforme a tecnologia se torna mais acessível e barata.

    Percebo que muita gente quando tenta prever o futuro,imagina a resolução de grandes problemas sem considerar os pequenos avanços(as partes suaves da curva exponencial) ou pensa em termos lineares,pensam que vão continuar a tratar um problema ou lidar com um problema com as ferramentas de hoje,com o ritmo de progresso de hoje e esquecem de considerar o crescimento exponencial e o acumulo de conhecimento.

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  12. Pelo fato da tecnologia crescer de maneira exponencial é muito complicado fazermos previsões sobre o futuro, tanto que boa parte das previsões de como seria nosso mundo nos dias atuais estavam erradas. Por isso é sempre bom ter um pouco de cautela na hora de tentar fazer previsões, pois o avanço tecnológico não é só sobre fazer algo de maneira melhor, muitas vezes é também é sobre fazer algo inovador, disruptivo, algo que mude os hábitos das pessoas e nossa sociedade.

    Não podemos também culpar as tecnologias pelos seus lados negativos, pois seria o mesmo que culpar os Correios por um uso inadequado das cartas. Entretanto, devemos cobrar ferramentas e arquiteturas que induzam e permitam o bom uso dessas tecnologias.

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  13. Kevin Kelly, autor best-seller do livro "The Inevitable", segundo o New York Times,
    conta em sua obra o impacto da evolução da tecnologia nos próximos 25 anos, e sobre 12 forças tecnológicas que vão moldar o nosso futuro.

    O futuro, influenciado pela tecnologia, antes de tudo, é imprevisível. Não sabemos quais empresas ou produtos vão se sobressair. Mas existem trends de longo prazo que já existem, e a partir daí podemos prever e discutir alguns fatos, e tentar extrair os melhores benefícios advindos deles, assim como remediar os fatores negativos que podem acontecer. Um exemplo sería a tecnologia de Tracking. Não temos como prever qual dispositivo/app de tracking tomará conta do futuro, mas sabemos que a tendência é a evolução desta inovação. Então, como poderíamos tirar proveito disso? Como poderíamos evitar consequências negativas também? Como poderíamos preservar a ética, moral, etc.? Como poderíamos regulariza-la?

    Uma das tendências mencionadas por Kevin que já vêm acontecendo, e vão se empoderar ainda mais no futuro é o shift de Hardware por Software. Shift de "Coisas" por Processos. Shift de "Ter" algo para "Ter acesso" a algo.

    Acima só foram apresentados alguns exemplo de tecnologias de forte tendência. Mas o assunto se expande para todas as inovações, as quais são inevitáveis no nosso futuro, e a partir daí podemos prever e remediar certas consequências, assim como extrair muitos benefícios para empresas e novas oportunidades.

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