quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Tecnologia, Lei e Sociedade" (2018.2): "A Internet e a Inteligência Coletiva"

Leitura:
Collective intelligence
THE COLLECTIVE INTELLIGENCE OF THE WEB
Internet as common or capture of collective intelligence
How Collective Intelligence Will Drive The World’s Greatest Innovations


Audiovisual:
What is Collective Intelligence?
BBC The Code The Wisdom of the Crowd
The wisdom of crowds | Karl Mattingly | TEDxBrighton
James Surowiecki: The Power of the Collective
How Collective Intelligence Can Change the World | Geoff Mulgan | RSA Replay
How Collective Intelligence Will Drive The World’s Greatest Innovations
Pierre Lévy no Senac São Paulo: Diálogos sobre Inteligência Coletiva

16 comentários:

  1. Pessoal, segue o link da reportagem que falei sobre a ação coletiva na cidade de barcelona utilizando sensores para demonstrar, com dados, como era incômodo viver em um lugar de barulho constante e modificar como uma praça era utilizada.

    link: https://www.bbc.com/news/technology-41015486

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  2. Estive pensando no quão aplicável é a ideia de inteligência coletiva. Até no nosso dia a dia de computação podemos observar o quão efetiva ela é. A técnica de programar com duas pessoas é altamente produtiva, uma vez que além de corrigir eventuais erros que o seu parceiro não vê, você consegue ter ideias mais robustas junto a outra pessoa.

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    1. Discordo nesse sentido, Mateus, acho que para fazer trabalhos de peso cognitivo altos, é muito melhor manter o foco e cair de cabeça do problema e isso é muito mais fácil de atingir sozinho do que em duplas.
      Contudo, se duas pessoas conseguem trabalhar separadamente no mesmo problema e em conjunto observarem suas soluções, acho que esse é um cenário que pode levar a novas descobertas, ser mais rápido e com mais qualidade.

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  3. Como comentado em sala de aula, acho um pouco difícil de acreditar em algumas das teorias da inteligência coletiva. Como exemplo o caso do pote dos doces. Como garantir que há um real fundamento por trás do fato de a média dos palpites ter se aproximado de forma tão grande do valor real da quantidade de doces? Talvez se houvesse uma quantidade diferente de doces ou uma amostra diferente de pessoas, tal resultado não fosse tão próximo.
    Apesar dos exemplos que foram mostrados em sala, continuo achando difícil de acreditar no real fundamento da inteligência coletiva.

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    1. Lucas, eu discordo do seu comentário. O objetivo principal das teorias de inteligência coletiva é buscar maneiras de fomentar a inteligência num grupo de pessoas a partir da mudança de comportamento individual. Ela não se propõe a provar que pessoas unidas são inteligentes de maneira geral.

      Por exemplo, os palestrantes no nosso seminário falam que diversidade é uma característica de extrema importância para o grupo. A explicação mais simples para isso é que a falta dela introduz um bias na amostra de pessoas. Estatisticamente, no caso das jujubas, isso poderia fazer a média tender para uma determinada medida ou direção. Mais concretamente, pessoas com backgrounds similares pensam de maneiras mais similares, então elas podem acabar não cobrindo uma perspectiva importante na solução de um problema.

      Outra característica fundamental é a independência dos indivíduos, a qual evita o efeito de massas. O efeito de massas surge quando o comportamento de um indivíduo é influenciado pelo comportamento das pessoas a sua volta. Um exemplo bem comum é o espalhamento de boatos no WhatsApp quando as pessoas não se preocupam em procurar as fontes de notícias de maneira independente (elas simplesmente confiam nas pessoas que as enviaram a mensagem).

      O que é deep learning se não a síntese da inteligência coletiva das pessoas que fornecem os dados? Esse mecanismo de aprendizagem é extremamente adaptativo e considera os diferentes pontos de vista de cada provedor de exemplo. A partir dos modelos individuais, um modelo mais abstrato é criado e seu comportamento emergente se torna inacreditavelmente acurado e, muitas vezes, até mesmo imprevisível.

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    2. Verifique sua identificação para o "blogger": está aparecendo como "Unknown"

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    3. Professor, eu mudei minhas configurações de blogger, mas não sei se os posts e respostas já publicados serão atualizados. De qualquer forma, eu vou comentar com o meu nome em baixo para registrar.

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  4. PARTE 2
    Os conceitos de inteligência coletiva foram aplicadas com grande sucesso em sites de redes sociais da Web 2.0. Para muitas pessoas, esses sites expuseram os usuários a primeira impressão de como a inteligência coletiva pode agregar valor. No entanto, esses conceitos podem ser aplicadas a qualquer aplicativo que possa confiar em sua base para gerar conteúdo valioso para outros usuários.
    Czernicki lista algumas vantagens de inteligência coletiva para a construção de um software:
    capacitar o usuário: nem todo usuário pode participar do processo de design de software. Os princípios da inteligência coletiva abrem o aplicativo para o conteúdo do usuário. Isso significa que os usuários ficarão mais receptivos a tentar aprender o novo aplicativo.
    mantendo os usuários retornando: com a inteligência coletiva, os usuários sentem que suas ações estão contribuindo diretamente para a integridade geral do sistema. Portanto, os usuários geralmente percebem a propriedades dos dados e se sentem mais responsáveis, já que suas entradas e ações diretas geralmente dependem do sucesso do aplicativo.
    Criando e melhorando os dados: um princípio básico da inteligência coletiva é que os projetistas e especialistas em sistemas nem sempre conhecem seus usuários tanto quanto eles pensam. Permitem que usuários individuais criem, votem, identifiquem, e apresentem seus próprios dados geralmente melhora os dados gerais no sistema.

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  5. PARTE 3
    Mantendo o sistema atualizado: depois que os aplicativos são liberados para o público, novos recursos e/ou conteúdos são necessários para manter a percepção geral do sistema atual. Adicionais novo conteúdo ao aplicativo pode ser caro. No entanto, aplicando os princípios de inteligência coletiva adequadamente, novos conteúdos podem ser adicionados a qualquer momento pelos próprios usuários. Facilitar a criação de novos conteúdos por usuários em massa sempre será um fator muito mais barato do que a manutenção de especialistas. Isso mantém o sistema atualizado, e, se houver muitos usuários ativos, o conteúdo raramente ficará obsoleto.
    Conseguir um melhor atendimento do sistema: os usuários geralmente não são técnicos. Portanto, às vezes, eles têm dificuldade em entender conceitos como o local de origem dos dados, e isso pode assustar um usuário. Com a inteligência coletiva, os dados voltam ao círculo completo para o usuário.
    Colaborando com as pessoas: usar um conjunto predefinido de ferramentas que um desenvolvedor criou pode ser ótimo em alguns casos.
    Personalização da experiência do usuário.: se o sistema conhece algumas das interações anteriores de um usuário, a experiência pode ser personalizada para o usuário.
    Entender as vantagens de inteligência coletiva é um dos maiores obstáculos que muitos arquitetos de software de negócio precisam superar. A web 2.0 e os sites de redes sociais foram pioneiras e vem prosperando no conteúdo gerado pelo usuário há vários anos. Os benefícios da inteligência coletiva não foram traduzidos adequadamente para muitas ofertas de negócio ou demoraram a se materializar como recursos de valor agregado. Isso representa uma oportunidade não totalmente aplicada ao software de negócios da atualidade.
    Muitas das vantagens dos conceitos de inteligência coletiva podem ser facilmente quantificadas. Com métodos simples, como registros e análises de usuários, a pessoa pode determinar rapidamente se sua estratégia de inteligência coletiva está funcionando. Isso permite avaliar diretamente o sucesso de sua estratégia de inteligência coletiva e a receptividade da sua comunidade de usuários aos novos recursos da tecnologia.

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  6. PARTE 1

    Segundo o livro "Silverlight 4 Business Intelligence Software" de Bart Czernicki, a inteligência coletiva é uma forma de BI 2.0. A inteligência coletiva é uma forma de conhecimento que permite que os aplicativos sejam modelados dinamicamente pelos respectivos usuários.
    Aqui eu mostrarei como os conceitos de inteligência coletiva podem fornecer enormes benefícios aos aplicativos de negócios que dependem dos usuários para gerar conteúdo.
    O paradigma da web 2.0 facilitou uma explosão de conteúdo e conhecimento gerado pelo usuário. Muitos sites da Web 2.0 começaram com o propósito único de facilitar a criação e o compartilhamento de conteúdo por usuários individuais. Essa foi uma mudança fundamental, já que os sites começaram a valorizar as contribuições de seus usuários. As ferramentas desses sites da Web permitiram que os usuários encontrassem respostas para perguntas fornecidas por seus colegas, não para especialistas individuais ou estudos de amostras.
    Na Web 2.0, o usuário individual tornou-se um membro altamente valorizado da comunidade. Não apenas os sites da Web queriam que os usuários inserirem seus conteúdos. Eles confiavam nos usuários para determinar a personalidade e o ambiente de conhecimento de seus sites.
    O principal conceito da inteligência coleta para facilitar a criação, o processamento e a apresentação de conteúdo gerado pelo usuário pode ser visto na implementação de redes sociais. Esses sites incentivam a criação de grandes comunidades de usuários que criam grandes quantidades de conteúdo que pode ser derivados para fornecer valor a um grande número de outros usuários. Uma das intenções dos sites de redes sociais da Web 2.0 é ser a mais aberta possível. Muitos dos sites da Web apresentam seu conteúdo por meio de APIs gratuitas que permitem que os aplicativos sejam formados como extensões do próprio conteúdo do site. Muitos aplicativos usam as APIs abertas do twitter para executar seus próprios algoritmos personalizados que fornecem informações adicionais sobre a comunidade do Twitter.

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  7. Os questionamentos sobre inteligência coletiva me levam a refletir sobre a democracia, da forma como ela é empregada hoje, e do impacto de pesquisas eleitorais.

    - A democracia prega pela a opinião da maioria. Mas será que a opinião da maioria é a mais justa ou mais eficiente? Será que ela não descarta perspectivas importantes? Será que um governo focado unicamente em políticas econômicas é melhor para economia do que um governo que leva em consideração fatores sociais também (ou vice-versa)? Por que focar e não diversificar as estratégias de solução dos problemas sociais? Como usar todas as opiniões para tomar decisões melhores, ao invés de descartar a opinião da minoria?

    - Pesquisas eleitorais estimulam o efeito de massas e quebram o pensamento individual das pessoas na hora de votar. Quantas pessoas não deixam de votar num candidato menos conhecido porque suas intenções de voto são menores? Qual seria a diferença de resultado das eleições se as pessoas utilizassem apenas suas convicções interiores para decidir, e não a opinião global?

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    1. Verifique sua identificação para o "blogger": está aparecendo como "Unknown"

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    2. Professor, este post é de Rodrigo Castiel.

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  8. Paulo Renato Barbosa da Silva1 de setembro de 2018 às 03:57

    Considerei imensamente válida a discussão em sala de aula sobre a veracidade dos experimentos, realmente era difícil acreditar no quão precisa a média dos palpites se tornou, chegando a um valor muito próximo ao ideal. Tratar a concepção de inteligência coletiva como algo 100% correto em todos os casos pode ser um equívoco, o proposto é que a contribuição do indivíduo se destaque e não que seja influenciado pelo grupo a que está inserido.
    Tendo como exemplo resultados eleitorais, a concepção de inteligência coletiva não deve ser relacionada diretamente. Nesse caso o valor e pensar no indivíduo acaba sendo ofuscado pela influência coletiva.

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  9. Em relação ao experimento contestado, eu sugiro a reprodução do experimento do CIn. Acredito viável a execução do mesmo, e podemos modificar algumas condições do experimento para validarmos mais hipóteses. Já conhecia o conceito de inteligência coletiva ( apesar de não conhecer pelas fontes mostradas, que expandiram meu conhecimento) e acredito que é um modelo incrível para predição acurada ( não é a toa que a idéia de inteligência coletiva está subentendida em vários conceitos e instituições modernas) . Porém, também gostaria de levantar a discussão sobre a fragilidade do modelo. Para isso, gostaria de compartilhar um "explorable explanation" sobre a madness and wisdom of crowds:

    https://ncase.me/crowds/

    Esse link fala sobre a facilidade que você pode "quebrar" uma inteligência coletiva através informações falsas e ilusões da rede. Muitas dessas tecnicas são utilizadas em mineração de redes sociais, onde são utilizadas ferramentas de mineração para, por exemplo, encontrar as pessoas mais influentes da rede através do número e tipo de conexões, como forma de influenciar a inteligencia coletiva.

    Encorajo a todos à visitar o link, experimentar e aprender um pouco sobre.

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  10. Inteligência coletiva surgiu nos últimos anos apoiado por uma onda de novas tecnologias digitais que possibilitam que que organizações e sociedades pensem em larga escala. Essa inteligência deve ser cuidadosamente organizada a fim de aproveitar plenamente e poder direcionar para o resultado desejado. Multidões podem ser tendenciosas nas maiorias dos casos como mostrado na palestra de Geoff Mulgan. Além disso, Geoff manifesta a importância de entender como a informação flui, como as decisões estão sendo tomadas e como o conhecimento em si é organizado para que consiga um resultado positivo através da coletividade.

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