Leitura:
What Technology Wants
Audiovisual:
Kevin Kelly: Technology's epic story
The Inevitable: The Next 30 Years in Tech with Kevin Kelly
TEDxSF - Kevin Kelly - What Technology Wants
A revolução tecnológica liderada pela Stanford Univ e o Vale do Silício, e as transformações sociais. Inovação e disrupção tecnológica; tecnologia e crescimento exponencial; tecnologias cívicas; a economia digital; liberdade de expressão; sistemas colaborativos; o domínio público; propriedade intelectual; privacidade; neutralidade da rede; educação e aprendizagem; anonimato no ciberespaço; ciberativismo, cibercrime e ciberguerra; transparência e cidadania.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A história da tecnologia pode facilmente ser confundida com a história da humanidade. Em parte porque, como é sugerido, a tecnologia é uma extensão da nossa espécie. E embora sua existência só tenha se tornado tangível graças à sua produção pelo homem, a tecnologia tem características inerentes que a acompanham desde sua existência meramente ideal. Essas características se manifestam na forma de tendências, e são o que Kevin Kelly se refere quando fala de “desejos” da tecnologia. As operações matemáticas básicas são, por exemplo, marcos inevitáveis na evolução do conhecimento matemático. Assim como a contagem. Embora sociedades diferentes tenham desenvolvidos algoritmos, símbolos e representações diferentes, é claro para nós que o conhecimento passou por um lugar comum. E a tecnologia é o conhecimento aplicado ao mundo real. A idéia de que o conjunto das tecnologias existentes possui uma “consciência” coletiva é uma abstração que facilita a compreensão de que as tecnologias são, de certa forma, algo natural. Essa idéia é reforçada no TED Talk de Kelly “Technology’s Epic Story”, quando ele traça o paralelo de que a tecnologia é um próximo passo na evolução da “eutropia” (antônimo de entropia) das coisas. Esse pensamento também é implicitamente sugerido no conto de Isaac Asimov “The Last Question”, obra de ficção que contempla a idéia de que a evolução terá como seu último estágio a capacidade de reverter a entropia do universo. Após construir sua idéia do Technium e relacioná-lo à tecnologia como a entendemos, Kelly usa sua idéia de que o futuro da tecnologia é o que ela quer, para tentar antecipar o futuro da tecnologia através de seu entendimento do que ela quer. Essa idéia vai de encontro ao que tendemos a pensar: que a tecnologia é feita para nos servir, e que seu futuro depende exclusivamente da vontade da humanidade.
ResponderExcluirIsso foi o que pude compreender sobre o que estudamos sobre
ResponderExcluiro Kevin Kelly: o técnio é uma
força e não temos como fazer com que
a tecnologia nos obedeça, então, de-
vemos aprender a usá-la. E como não temos
como lutar contra ela, devemos aprender com
ela, tentando entender o que ela quer. Parece meio
contraditório, mas o técnio não é dito consciente, ao menos por
enquanto, nao podemos afirmar isso, porém ele tem seus próprios
desejos, mas também podemos direcioná-los. Ou seja, temos que
saber o que a tecnologia quer. Precisamos saber! Podemos a orientar de alguma
forma, mas ela vai sempre tá lá, com ou sem a nossa ajuda. Em minha
opinião é um pensamento bem complexo, mas interessante de ser estudado.
Pelo que li do artigo do Kevin Kelly "What technology wants" ele quer saber sobre o que a tecnologia quer. Mas ele não se lembra que a tecnologia ela não possui desejo. É o homem que possui o desejo de querer a tecnologia. A tecnologia vai depender da necessidade do homem. Ela não tem desejo próprio para querer algo. Se ela possuísse desejo próprio, ela se desenvolveria sem a necessidade da ação humana ou de qualquer entidade viva.
ResponderExcluirA tecnologia junta vários processos inconexos para produzir um efeito. Por exemplo, o funcionamento do computador depende da logica binaria e da industria de plásticos. Não existe principio científico comum entre a logica binaria e a fabricação do plastico. Dessa maneira, a racionalidade da tecnologia é a racionalidade da convergência de fatores separados para a produção de um efeito.
De muitas formas a tecnologia sempre aparenta ter certos desejos quando se pensa nos caminhos que ela toma na sua evolução. Por exemplo, temos o fato que muitas coisas foram inventadas em paralelo ao longo da história como o cálculo que foi desenvolvido tanto por Newton quanto por Leibniz. Esse tipo de fenômeno parece mostrar a tal de dinâmica tecnológica que está livre de contexto cultural.
ResponderExcluirAgora concordo com o comentário de Alexandre quando ele fala que a tecnologia não é quem possui o verdadeiro desejo mas sim o homem, e isso explica porque a tecnologia sempre vai em direção do que é mais eficiente, potente e complexo, é porque é isso que nós desejamos e trabalhamos para alcançar. A tecnologia apenas avança por conta da vontade que os humanos possuem de melhorar as suas condições (embora possa acabar piorando, com invenções do tipo bomba nuclear).
E pensar na tecnologia como uma entidade natural quase que pensante que tem capacidade de desejar é uma ideia meio mística e seguir esse pensamento talvez acabe sendo um pouco contraditório, como Renata apontou, já que o próprio Kevin afirma que a tecnologia ainda não possui uma consciência propriamente dita.
Contudo, o técnio pode servir como uma analogia interessante e que pode nos auxiliar a imaginar o futuro das nossas ferramentas, sem ser um conceito verdadeiramente científico.
-Ian (imvm)
Quando se pensa em necessidades da tecnologia e quando se analisa sua história, percebe-se que são equivalentes as necessidades da história humana e um bom exemplo disso é nos dias de hoje onde as tecnologias de comunicação crescem de acordo com a necessidade atual do homem. Ao ver a definição de technium no texto “What Technology Wants” como algo parecido com um organismo primitivo imaginei que faltava algo que o impulsionasse, algo que desse um propósito ao está lá exista e só consegui enxergar o homem como sendo o “sistema central” desse organismo.
ResponderExcluirA analogia da tecnologia ser um organismo que cresce constantemente ao longo dos anos é muito forte e concisa, porém não podemos não podemos esquecer que ela foi criada do homem e por hora ela não pode “querer” nada mais do que o que o homem impor.
Em seu livro What Technology Wants, Kevin Kelly defende a existência de um sétimo reino da natureza (Protozoa, Animal, Fungi, etc.), que seria a própria tecnologia. Ele refere-se a uma grande força, nomeada por ele de technium, que seria um sistema interconectando toda a tecnologia que existe em torno da humanidade. Com esta definição, podemos efetivamente pensar na tecnologia como algo em constante evolução, mimetizando as outras formas de vida ao longo das eras.
ResponderExcluirÉ importantíssimo salientar, como Leonardo o fez acima, que, (até o presente momento) contudo, o ser humano ainda exerce domínio sobre a tecnologia, que evolui à medida que a humanidade progride na pesquisa e desenvolvimento.
Fica aberto o debate se em algum momento a tecnologia conseguirá “caminhar” sozinha, conforme ressaltado no trecho em parênteses do parágrafo acima.
Um tópico interessante abordado por Kevin Kelly em sua participação no TEDxSF é quanto à necessidade de que os profissionais de tecnologia estejam sempre produzindo novas ferramentas.
Segundo o mesmo, é sempre possível que haja uma mente brilhante que necessite de determinada ferramenta para realizar suas atividades, citando como alguns exemplos: van Gogh com a tinta a óleo, Hitchcock com a câmera de filmagem e Jimi Hendrix com o amplificador, e que talvez eles não obtivessem o mesmo sucesso caso alguém anterior a eles projetasse/desenvolvesse as ferramentas.
Renato Vieira (rvlb)
Todo pensamento de vanguarda tente a gerar certa polêmica, e a temática em torno do Technium não é diferente. Sei que é petulante da minha parte discordar do estudioso Kevin Kelly, mas acredito que o desejo de todo esse aparato tecnológico que nos rodeia ainda é consequência da produção humana. Retomemos o "ainda" em breve.
ResponderExcluirSe o Technium de algum outro planeta se assemelhar ao nosso é porque alguns dos desejos de seus habitantes se assemelham aos nossos. Concordo, no entanto, que da nossa curiosidade e sede pelo saber, derivou-se uma imensa gama de artefatos, que podem vir a possuir "vida própria" quando um certo nível de maturidade for atingido. É aí onde o "ainda" entra.
O possibilismo francês acredita que o homem e o meio exercem entre si influência recíproca. Baseando-me neste pensamento, acredito que o Technium passará a ser considerado parte do meio quando atingir um estado de maturidade aceitável, e a partir de então, será dono dos próprios desejos.
A tecnologia já está tão integrada na sociedade que muitas coisas se tornaram comuns e “invisíveis” para maior parte da população. A velocidade em que essas tecnologias estão se desenvolvendo também é impressionante. O vídeo “The Inevitable: The Next 30 Years in Tech with Kevin Kelly” é interessante porque mostra situações prováveis para o futuro e o pensamento ou reação das pessoas em frente a esse avanço. Como robôs podem substituír as pessoas em certas tarefas ou a integração deles na vida das pessoas e o que eles podem ou não fazer.
ResponderExcluirQuanto a tecnologia “andar” por conta própria ou ter uma consciência, acredito que não chegou a esse ponto e sim que ela avança de acordo com as necessidades e vontades dos seres humanos. No texto é citado que podemos analisar a tecnologia no passado em diferentes países e continentes para verificar semelhanças no desenvolvimento que seriam de natureza da tecnologia. Eu acho que essas semelhanças se devem mais as semelhanças nas necessidades dos seres humanos do que a uma tendência de crescimento da tecnologia.
Bem... Inicialmente fiquei chocado com a visão de Kevin Kelly(KK). Pareceu-me uma teoria mística e etérea, apesar de interessante. A nossa primeira intensão é de falarque ela está equivocada, mas não podemos de fazer tal afirmação, assim como não podemos confirma-la.
ResponderExcluirPensadores como Kevin Kelly são necessários para a evolução do conhecimento, pois possuem formas de pensar que põe em cheque a nossa visão de mundo e com o tempo nos direcionam para caminhos impensáveis em outras eras. A afirmação dele de que o reino tecnológico é vivo é assustador e fácil de repudiar, mas devemos ter a mente aberta para entender o termo 'vivo' de formas mais flexíveis. Se nos desligarmos de nossa humanidade nos tirando como 'centro' da terra, podemos entender a Terra em sim como um ser vivo e nós -humanos- como apenas um órgão deste ser maior (talvez o cérebro). E nesta visão a tecnologia seria o pensamento abstrato deste ser. Com um pouco de esforço podemos incorporar a visão de Kelly à Hipótese de Gaia, que é comum a diversas culturas dispostas pelo globo.
É realmente algo bem distante do nosso dia-a-dia, porém é reconfortante saber que temos pessoas capacitadas empurrando e remodelando a nossa visão de mundo e barreira do conhecimento.
Interpreto o Kevin Kelly prega, quanto a vida da tecnologia, como algo que evolui, se diversifica, se apoia nos antepassados, assim como a vida humana e outras formas de vida mais simples, hoje em dia até "cria" coisas e tem certa "autonomia". No entanto, considero um efeito social, mais um efeito colateral e totalmente dependente do humano do que uma forma de vida. No meu ponto de vista a tecnologia se comporta como uma forma de vida, porque é criada pela mente de seres com vida. No meu ponto de vista, não chega nem perto da complexidade de uma bactéria ou seres unicelulares até mais simples. Se a gente pegasse toda a tecnogia que temos hoje e soltássemos numa cópia da terra sem humanos, ela estaria fadada ao insucesso. Enquanto que se a gente jogasse um grupo de formas primitivas unicelulares numa cópia da terra, eles podem até não terem sucesso, afinal o ecossistema da terra levou bilhões de anos para se equiibrar, não sei quais variáveis precisariamos olhar. Talvez a vida da tecnologia venha com impressoras de impressoras 3D e singularidade.
ResponderExcluirA medida que o tempo passou a própria tecnologia veio sempre melhorando a qualidade de vida das pessoas. Para isso é só olharmos toda a sua história desde a antiguidade, a partir do momento que o homem passou a desenvolver o arado, criação de animais e outras tecnologias por mais arcaicas que seja até desenvolvimento de grandes avanços na área da ciência como o advento da computação, e o enorme salto dado na área da tecnologia do século XX e XXI.
ResponderExcluir"oque a tecnologia quer?"
É uma pergunta um pouco filosófica porém com certeza a própria sociedade nos dirá a resposta. No futuro devemos saber como interpreta-la(a tecnologia) e conseguir suprir a demanda social,
pois a própria ciência ficará a mercê dos adventos tecnologias e a tecnologia da ciência , vice e versa..., uma vez que a sociedade estará sempre disposta a exigir cada vez mais da tecnologia e cabe a ciência suprir toda essa fome.
Minha opinião é que o conceito do Technium ainda é "preso a muitas pontas soltas" como ele mesmo responde em um dos comentários no seu post: "I am guilty of “loose analogies.”. Talvez ele esteja se referindo a outra coisa fora da minha interpretação, mas cientificamente ele será "atacado" de várias direções. Suas teorias se sustentam em analogias que não possuem base suficiente para fundamentar o Technium. Minha opinião é que o conceito precisa maturar mais para ser melhor aceito.
ResponderExcluirHá muita disputa entre liberdade e segurança. Acusações de ambos os lados afirmando que se precisa abrir mão de privacidade pela segurança, no entanto quem vigia os vigilantes? Não é possível garantir o bom uso dos poderes do estado. Além disso quem é responsável se um backdoor for usado por alguém não autorizado,todo backdoor ou furo de segurança não é um furo somente para o governo investigar/espionar seus cidadãos, como também parar hackers e crackers espionarem sua vida. Sistemas seguros e revisados são mais que direitos, são o mínimo que podemos esperar de uma sociedade justa, todos tem o direito de manter seus segredos tão escondidos quanto consigam sem que isso indique um crime.
ResponderExcluirE seu comentário sobre o que a tecnologia quer, precisamos entender como a relação humana-tecnológica se constrói se mantem. Como a humanidade usa a tecnologia para atender seus desejos mais primitos, como destruir o outro, assim como seus desejos mais ambiciosos, ir além de sua capacidade atual, transcender, dominar o mundo.