quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Tecnologia, Lei e Sociedade (2015.2) (09/12): "Hacktivismo, Cypherpunks, Wikileaks e Anonymous"

Leitura:
Gabriella Coleman
Anonymous (group)
Cypherpunk
WikiLeaks

Audiovisual:
Keynote - Gabriella Coleman - PyCon 2015
WikiRebels - O documentario (Leg. Rev. Pt.)
Hacking, Leaking and Investigative Journalism
State of the Onion [31c3] by Jacob Applebaum & Arma
Natalia Viana no Metropolis | Cypherpunks: liberdade e o futuro da internet
Anonymous Declares December 11 'ISIS Trolling Day'


9 comentários:

  1. Podemos notar que no final do dia, a ideia em comum que todos dividem é a disponibilidade de informação sobre as ações do governo.
    A prórpria ideia da democracia é se ter um governo escolhido pelo povo com líderes de estado temporários para evitar que poder demais fique nas mãos de uma só pessoa e que o estado de fato represente a vontade do povo. A realidade que encontramos é bem diferente. Governo que assustam, intimidam e imprisionam pessoas por "Ir de contra o interesse público". Escondem informações do que fazem e das verbas que é gasta e como é gasta assim como processos internos.

    Entendo que certas coisas não podem ser liberadas ao público como informações de operações militares, desenvolvimento de armas novas entre outras mas poucas pessoas do movimento estão atrás dessas informações. Elas pedem, uma vez a operação concluida, que a informação sobre a mesma seja publicada.

    O governo tem medo disso pois um povo com conhecimento é mais difícil de controlar. Após o sacrifício de indivíduos como Edward Snowden as pessoas estão mais dispostas a lutar pelo que acreditam e pela liberdade de informação. Acredito que esse seja o ínicio do "Backlash" de estados que estão se tornando poderosos demais a ponto de deixar seu próprio povo com medo.

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  2. Como falado no documentário WikiRebels, a wikileaks divulgou mais documentos secretos do que toda mídia mundial junta. Isso de certa forma é preocupante, pois sabemos que muitos desses documentos não deveriam ser privados, e alguns deles muito menos existir. Relatórios de espionagens feito até mesmo com presidentes de outros países, incluindo a presidente do Brasil. Eu acredito que outros jornalistas tiveram sim acesso em algum momento a documentos produzidos do gorverno que podemos até chamar de ilegais, mas não tiveram coragem (Ou permissão de seu jornal) para publicar, com medo de represálias da parte do seu governo.

    O maior problema é que boa parte desses documentos são provas de coisas ilícitas feitas pelos nossos "representantes" e por isso eles se empenham tanto em esconder. Concordo com o colega acima que certos documentos devem sim ser secretos por uma questão de segurança, mas hoje sabemos que vai muito além disso.

    Acredito que também falta um pouco empenho de nossa parte, como eleitores e cidadãos, deveríamos fiscalizar melhor e cobrar mais transparências de nossos governos. Eles se aproveitam da nossa ignorância(Ou simplesmente falta de interesse) para agir por debaixo dos panos.

    Acho que um fator importante para a weekleaks conseguir divulgar tantos documentos, é o fato de ser uma organização sem fins lucrativos, não tendo que se preocupar (tanto) com represálias financeiras que um jornal comum sofreria.

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  3. Novamente, a falta de uma regulamentação universal e justa para a Internet leva a situações sem precedentes, como a dos vazamentos que ocorrem por meio do WikiLeaks, a serem julgadas como os interessados preferirem. No caso dos Estados Unidos, isso significa culpar um jornalista por um problema que possivelmente não existiria (ou seria bem menos explorado) se o próprio governo tratasse de seus assuntos com mais transparência.

    Na minha opinião, o trabalho do WikiLeaks é importante não só para que o povo saiba o que está realmente acontecendo em seus governos, mas que funcione principalmente como um lembrete de que condutas ilegais, duvidosas ou não recomendadas, podem vir a público a qualquer momento e iniba esse tipo de comportamento antes mesmo de acontecer.

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  4. O hacktivismo atualmente esta trocando de papel com os governos. Enquanto estes se preocupam muito mais em esconder informações da população, informações de importância para todos, os hackers visam trazer isso a público. Algo totalmente oposto ao que era pensado a anos atrás. Pode-se dizer que governos como o dos EUA hoje estão agindo como bandidos.

    Por isso a importância de movimentos como os anonymous, que querem fazer cumprir o direito de todos a terem acessos a essas informações.

    É fato que existem coisas que não devem ser divulgadas, principalmente coisas militares, porém, quem deve decidir oque deve ser divulgado ou não? Quem escolhe isso? Para o governo é muito fácil, é só dizer que é TOP-SECRET e pronto, não pode se questionar mais nada.

    Isso tem que ser mais discutido com a população, visto que um governo é eleito para ser a população!

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  5. O Anonymous é um fenômeno interessante por unir pessoas de vários backgrounds em uma causa única. Essa é a forma de expressão encontrada por pessoas com diferentes motivações para causar o seu impacto num mundo cada vez mais digital. Como, por definição, o Anonymous é um grupo sem liderança, suas ações tem resultados variados e até motivações abrangentes, mas que em sua essência carregam o inquietamento dessas pessoas com o status quo. Apesar de tudo, eles ainda são capazes de se auto organizarem e agirem contra empresas e movimentos de censura, e injustiça contra minorias. Esse grupo é um exemplo de como as pessoas comuns podem impactar a sociedade durante uma época onde o mundo é cada vez mais conectado através da tecnologia.
    O WikiLeaks é um exemplo de como essas ações conseguem resultar em valores concretos para a sociedade mais leiga. É muito interessante comparar a dualidade de existirem corporações que buscam cada vez mais manter seus segredos seguros, enquanto existem grandes operações e repositórios para fazer exatamente o contrario, dando o poder a todos de conhecer mais a fundo o que está acontecendo dentro dessas instituições mais secretas. É uma batalha constante que não vai ter fim, dado que é possível afirmar que nada que está em sistemas computacionais está realmente seguro.

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  6. Hacktivismo se tornou um método comum para protestar e expressar ideias virtualmente, além de tomar ações diretas contra adversidades. Tudo isso pois oferece um meio fácil e impessoal de impor ideias e atingir alguém sem correr o risco de ser preso ou processado por algum crime internacionalmente. Acho que hacking pode transformar qualquer pessoa em um protestante sem ter que sair do conforto de casa e sem sofrer agressões físicas da polícia. Muita gente deixa de ir para protestos por medo do que pode acontecer se a polícia resolver intervir. E é por esse motivo que se tornou um dos meios de ativismo mais populares.
    Esses ataques, apesar de não ferirem ninguém fisicamente, podem prejudicar muitas empresas e até mesmo o governo. Apesar do hacktivismo ser muito criticado pelos órgãos atingidos, considero uma forma válida de protesto desde que não prejudique pessoas inocentes e suas consequências sejam bem pensadas.

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  7. Em alguns países, a liberdade de expressão é um direito pouco respeitado. Governos opressores deixam cidadãos com certo receio de expressar suas opniões a respeito de alguns assuntos. O hacktivismo promove expressão política, liberdade de expressão e direitos humanos, atingindo diversas áreas, sem que, geralmente, os autores sejam identificados.

    As atitudes hacktivistas podem expor fatos, antes encobertos por determinadas instituições, mostrando a população o que realmente acontece nos setores que governam um país.Essas atitudes também espalham muitos ideais políticos e sugerem que o acesso a informação é um direito fundamental.

    O Anonymous, é um exemplo de ideia hacktivista. Não se trata de um grupo, apenas uma forma de ação espalhada por todo mundo, agrupando diversos "ativistas online" com as mais diferentes características no mundo, e tendo como principal foco o Ciberativismo.

    É importante perceber que os atos cometidos por esse tipo de ativista, visa expor as "sujeiras" políticas, econômicas, etc, que alguns cidadãos não conseguem ver e trazer aos mesmos, a ideia de que é preciso fazer algo para que os governantes não cometam atos ilícitos e sejam responsabilizados pelos seus atos. Existem controvérsias a respeito do movimento hacktivista, alguns ataques são tidos como ameaças para manter dados sigilosos, sendo o próprio termo associado, algumas vezes, a atividades maliciosas.

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  8. Realmente é preocupante ver o quanto nós não sabemos sobre o que realmente se passa nos setores mais altos da sociedade. Nossos representantes pensam que estarão sempre impunes, afinal, eles controlam tudo.

    O hacktivismo está aí pra ajudar na desconstrução desse pensamento e pessoas como o Edward Snowden e iniciativas como o WikiLeaks e o Anonymous são extremamente importantes para mostrar que os cidadãos podem tomar atitudes sim e que o governo não pode simplesmente fazer o que quiser.

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  9. O hacktivismo muitas vezes é uma forma de tentar re-equilibrar o poder das pessoas contra os governos, que mesmo em países considerados muito democráticos vem tentando aumentar seu alcance a níveis não aceitos pela população.

    Eles começam com a desculpa de impedir terroristas e criminosos, mas vimos que isso não é bem verdade, como no caso da perseguição à jornalista que produziu o documentário Citizenfour. Por mais absurda que pareça a ideia de os Estados Unidos ou o Brasil se tornar uma nova China em relação ao controle da população, basta apenas que ninguém se manifeste enquanto os primeiros sinais aparecem. Quando percebermos, será tarde. A vigilância eterna é o preço da segurança.

    Como no clássico discurso de um pastor sobre a ascensão nazista na Alemanha,

    "First they came for the Socialists, and I did not speak out—
    Because I was not a Socialist.

    Then they came for the Trade Unionists, and I did not speak out—
    Because I was not a Trade Unionist.

    Then they came for the Jews, and I did not speak out—
    Because I was not a Jew.

    Then they came for me—and there was no one left to speak for me."

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