A revolução tecnológica liderada pela Stanford Univ e o Vale do Silício, e as transformações sociais. Inovação e disrupção tecnológica; tecnologia e crescimento exponencial; tecnologias cívicas; a economia digital; liberdade de expressão; sistemas colaborativos; o domínio público; propriedade intelectual; privacidade; neutralidade da rede; educação e aprendizagem; anonimato no ciberespaço; ciberativismo, cibercrime e ciberguerra; transparência e cidadania.
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Tecnologia, Lei e Sociedade (2016.1) (20/04): "Ativismo pelo Acesso à Informação"
O filme mostra que a vida de Aaron Swartz foi moldada por uma crença ética de que informações devem ser compartilhadas livremente e abertamente. Swartz era um líder no movimento "free culture", um polímata que já tinha ganho uma batalha global para impedir a privatização de partes da internet nos termos da Stop Online Piracy Act nos Estados Unidos. Ele poderia ter escolhido uma vida fácil de influência e riqueza em Silicon Valley ou, talvez, na academia. Mas Swartz não poderia viver com, ou em, sistemas que eram ineficientes e injustos. E ele foi punido por isso. Foi uma batalha que terminou com a tomada de sua própria vida aos 26. Algo importante a ser citado é que a história de Aaron tocou as pessoas não somente das comunidades on-line em que ele era uma celebridade.
Além da capacidade técnica em programação e em computação em geral que Aaron Swartz possuía, a qualidade mais importante dele era que ele se preocupava com as pessoas em todo o mundo que estão vivendo na miséria sob o capitalismo totalitário. Ele se preocupava em todos terem acesso ao conhecimento e lutou contra o lucro de corporações, as quais possuíam informações/conhecimento do mundo detidos sob o domínio dessas corporaçòes.
Devido ao fato de o campus do MIT fornecer livre acesso ao banco de dados JSTOR de artigos acadêmicos, Swartz desenvolveu uma forma de baixar esses artigos secretamente e em grande quantidade.Porém, ele já estava sob vigilância do FBI e logo após ele baixar esses artigos em grande quantidade ele foi descoberto.Foram feitas várias acusações criminais em relação à Swartz. Aaron Swartz foi condenado à 35 anos de prisão ou ele teria que pagar uma multa de 1 milhão de dólares.
De certa forma, legalmente falando, Swartz estava errado por baixar ilegalmente material protegido,porém, ele não roubou um banco nem fez mal à ninguém, ele não fez isso visando o lucro, ele apenas queria tornar o mundo um lugar melhor.
As ações do governo contra Aaron Swartz foram bastante agressivas e excessivas e infelizmente isso tudo se tornou um fardo muito grande para Aaron Swartz, o qual cometeu suicídio aos 26 anos de idade.
Matheus de Farias Cavalcanti Santos - [mfcs@cin.ufpe.br]
Aaron foi um dos grandes gênios da atualidade. Mesmo com pouca idade já se via o potencial dele. Além de ser um gênio da informática, ele também era escritor, grande articulador político e ativista na Internet. Sua morte aos 26 é um marco trágico do nosso tempo. Ele está presente no nosso contidiano ha bastante tempo, embora não o conheçamos(Eu, particularmente, comecei a entender a grandiosidade do Aaron neste seminário em questão). Trabalhando no desenvolvimento de ferramentas e programas comuns a quem costuma navegar na rede desde os 14 anos. Criador do Reddit, site visitado por mim diariamente, mas que nunca parei para me questionar sobre a história por traz dele, e também criador do Creative Commons além de trabalhar no desenvolvimento do RSS. Aaron travou uma grande batalha política, pois ele queria mudar o mundo e acreditava que era possível. Uma das formas que ele queria usar para mudar o mundo era dar acesso livre ao conhecimento da humanidade acumulado na internet. Ajudou a criar a Open Library a partir da ideia do conhecimento compartilhado, e o Demand Progress, plataforma para obter conquistas em políticas públicas para pessoas comuns. Acredito que perdemos muito em perder o Aaron.
O suicídio do jovem Aaron Swartz, aos 26 anos é um sinal do tamanho do conflito ideológico envolvendo pessoas que defendem uma internet livre e grupos que pretendem privatizar e acabar com o acesso a produção intelectual humana. A morte do jovem trouxe a tona também o peso de um “bullying judicial” registrado pela mídia do mundo inteiro. Os discursos de Aaron eram reconhecidos por grupos de defesa pública e seu “Manifesto da Guerrilha pelo Acesso Livre” reforça que o poder da informação está concentrado nas mãos de uma pequena parcela, quando deveriam ser informação livre com a capacidade de melhorar o mundo. Preso em 2001, por usar a rede do MIT para conseguir e divulgar uma grande quantidade de artigos, o jovem se mostrava contrário ao que era praticado pela JSTOR, que recompensava financeiramente as editoras e não os pesquisadores. Alguns acusam Swartz de roubo de informação, o que de fato aconteceu, mas ai vem a pergunta: A informação, as pesquisas e seus resultados não deveriam ser compartilhados com todos? É uma questão difícil, sou a favor do compartilhamento gratuito de conteúdo, aliás acredito que a internet está aqui pra isso, mas as pessoas também precisam pagar suas contas. Um caso semelhante foi o do MegaUpload, que levou a prisão de Kim Dotcom. Atualmente o site funciona com o nome de Mega, mas todo o trâmite serviu como alerta a comunidade virtual de como o compartilhamento de informações pode sofrer ataques ferozes daqueles que perderam uma parcela de seus lucros por conta disso.
Aaron Swartz foi uma pessoa de importância na criação de partes da fundação da Internet como conhecemos hoje.
Teve participação em várias coisas, como: a. na criação do RSS, um micro-formato de XML para compartilhamento de feeds b. influenciou na criação do Markdown, uma micro-linguagem leve de formatação de texto bastante usada em projetos de código-fonte aberto c. colaborou com a Creative Commons d. foi um dos fundadores do site de notícias Reddit
Ele foi identificado como o responsável pela instalação de um notebook em um armário técnico do MIT a fim de coletar uma grande quantidade de artigos científicos de periódicos científicos, passando a responder por violação de "direitos de propriedade intelectual".
Ao ser identificado o grande tráfego causado por seu script para baixar automaticamente os artigos e descoberto o local no qual o computador remoto que fazia isto se encontrava a partir de análise dos dados de tráfego, foi planejado um flagrante, no qual ele foi identificado e um processo instaurado. Eventualmente a editora que o iniciou desistiu da causa, porém o promotor de justiça do estado decidiu que seguiria com a causa de qualquer forma.
O FBI o perseguiu durante a investigação, levando-o a um estado de depressão, que acabou por levá-lo à tragédia de tirar a sua própria vida.
Aaron Swartz foi incontestavelmente um gênio da informática bastante talentoso. Desde os 14 anos teve papel bastante ativo na rede, ajudando a criar diversas ferramentas, algumas utilizadas até hoje, como o RSS, Reddit, Infogami, Jottit, etc. Durante toda a sua vida, Aaron tinha como ideal a liberdade na internet e as liberdades civis, tornando a informação e o conhecimento disponíveis a todos, com isso ele criou o Watchdog, o Open Library e o Demand Progress como forma de tornar possível que a população tivesse mais acesso a informação e maior participação em assuntos de cunho político que envolvem a questão de liberdade e direitos civis. Aaron tinha tudo pra ter uma brilhante carreira mas seus interesses em garantir o acesso livre ao conhecimento interromperam seu promissor futuro. Ele fez downloads de milhões de artigos do sistema JSTOR, o qual cobrava para se ter acesso a esses artigos. Devido a isso Aaron foi acusado de fazer os downloads para posteriormente distribuir na rede, mesmo nunca tendo provado que ele iria realmente faze-lo. Mesmo devolvendo o conteúdo para a empresa ele foi indiciado e com grandes chances de ser condenado a 35 anos de cadeia mais uma multa de 1 milhão de dólares. O fato ganhou incrível repercussão, causando diversos movimentos a favor dos ideais de Aaron, contudo a pressão sofrida foi grande o suficiente para ele cometer suicídio por um crime que ele não chegou verdadeiramente a cometer. Para mim, o nível de perseguição que Aaron sofreu foi de proporções inadequadas, acredito que mesmo que todas as alegações fossem verdadeiras, o único crime cometido por ele daria alguns dias de prisão ou talvez trabalhos comunitários e uma multa de valor bem menor. O departamento de justiça insistiu em um caso que até a JSTOR já teria relevado e não se sabe ao certo porque os promotores federais decidiram persegui-lo de maneira tão vingativa. Para mim queriam tratar o caso como exemplo, para remediar futuros problemas semelhantes, no entanto essa atitude, um tanto quanto irresponsável ao meu ver, levou a morte do jovem. O tema de acesso livre a informação continua levantando debates sobre o que seria permitido ou não até hoje. A justiça não pode simplesmente querer tratar casos como esse com mãos de ferro como fizeram com Aaron, precisam ter consciência que a internet tem o papel nato de levar informação a todos os usuários, que diversas pessoas lutam por esse ideal e que isso tem o seu valor. Leis aplicadas ao mundo real não podem ser simplesmente replicadas no mundo virtual, não funcionará desse modo. O que acontece é que querem moldar a internet aos padrões atuais mas na verdade são os padrões atuais que devem se adequar à internet pois seu avanço tecnológico é incontestável e temos que lidar com isso. Precisamos de medidas balanceadas para evitar que questões como essa voltem a acontecer.
Maria de Lourdes de Barros Reis - mlbr@cin.ufpe.br
A história de Aaron Swartz mostra que ele teve intenções puras e benignas em prol da sociedade mas os executivos de grandes organizações tentam pará-lo a qualquer custo para tentar salvar a própria pele e manter seus sistemas lucrativos.
Infelizmente a história de Aaron Swartz é mais uma história onde um “gênio da internet” busca o bem da sociedade mas acaba pagando caro pelas suas ações. A contribuição que ele deu ao desenvolvimento do formato RSS foi algo fantástico para todos, e a ideia que ele teve de distribuir os artigos que ele tinha acesso também foi uma ideia muito plausível. De fato, ele quebrou regras, mas ate onde essas regras fazem sentido? A sociedade financia (com impostos) o desenvolvimento da ciência, porém quando há grandes descobertas esses artigos ficam presos ao domínio de grandes editoras e a sociedade tem novamente que pagar para ter acesso aos trabalhos que ela mesmo financiou. Isso se torna também um gargalo á própria ciência, pois se esses artigos fossem liberados mais pessoas teriam acesso e consequentemente a ciência se desenvolveria ainda mais. Acredito que esse foi o pensamento de Aaron, mas acabou pagando caro, sendo “traído” pela própria instituição que tanto alimenta a busca de seus alunos por algo que vai revolucionar a sociedade, sua universidade.
O filme mostra que a vida de Aaron Swartz foi moldada por uma crença ética de que informações devem ser compartilhadas livremente e abertamente. Swartz era um líder no movimento "free culture", um polímata que já tinha ganho uma batalha global para impedir a privatização de partes da internet nos termos da Stop Online Piracy Act nos Estados Unidos. Ele poderia ter escolhido uma vida fácil de influência e riqueza em Silicon Valley ou, talvez, na academia. Mas Swartz não poderia viver com, ou em, sistemas que eram ineficientes e injustos. E ele foi punido por isso. Foi uma batalha que terminou com a tomada de sua própria vida aos 26. Algo importante a ser citado é que a história de Aaron tocou as pessoas não somente das comunidades on-line em que ele era uma celebridade.
ResponderExcluirAlém da capacidade técnica em programação e em computação em geral que Aaron Swartz possuía, a qualidade mais importante dele era que ele se preocupava com as pessoas em todo o mundo que estão vivendo na miséria sob o capitalismo totalitário. Ele se preocupava em todos terem acesso ao conhecimento e lutou contra o lucro de corporações,
ResponderExcluiras quais possuíam informações/conhecimento do mundo detidos sob o domínio dessas corporaçòes.
Devido ao fato de o campus do MIT fornecer livre acesso ao banco de dados JSTOR de artigos acadêmicos, Swartz desenvolveu uma forma de baixar esses artigos secretamente e em grande quantidade.Porém, ele já estava sob vigilância do FBI e logo após ele baixar esses artigos em grande quantidade ele foi descoberto.Foram feitas várias
acusações criminais em relação à Swartz. Aaron Swartz foi condenado à 35 anos de prisão ou ele teria que pagar uma
multa de 1 milhão de dólares.
De certa forma, legalmente falando, Swartz estava errado por baixar ilegalmente material protegido,porém, ele não roubou um banco nem fez mal à ninguém, ele não fez isso visando o lucro, ele apenas queria tornar o mundo um lugar melhor.
As ações do governo contra Aaron Swartz foram bastante agressivas e excessivas e infelizmente isso tudo se tornou um fardo muito grande para Aaron Swartz, o qual cometeu suicídio aos 26 anos de idade.
Matheus de Farias Cavalcanti Santos - [mfcs@cin.ufpe.br]
Aaron foi um dos grandes gênios da atualidade. Mesmo com pouca idade já se via o potencial dele. Além de ser um gênio da informática, ele também era escritor, grande articulador político e ativista na Internet. Sua morte aos 26 é um marco trágico do nosso tempo.
ResponderExcluirEle está presente no nosso contidiano ha bastante tempo, embora não o conheçamos(Eu, particularmente, comecei a entender a grandiosidade do Aaron neste seminário em questão). Trabalhando no desenvolvimento de ferramentas e programas comuns a quem costuma navegar na rede desde os 14 anos. Criador do Reddit, site visitado por mim diariamente, mas que nunca parei para me questionar sobre a história por traz dele, e também criador do Creative Commons além de trabalhar no desenvolvimento do RSS.
Aaron travou uma grande batalha política, pois ele queria mudar o mundo e acreditava que era possível. Uma das formas que ele queria usar para mudar o mundo era dar acesso livre ao conhecimento da humanidade acumulado na internet. Ajudou a criar a Open Library a partir da ideia do conhecimento compartilhado, e o Demand Progress, plataforma para obter conquistas em políticas públicas para pessoas comuns.
Acredito que perdemos muito em perder o Aaron.
O suicídio do jovem Aaron Swartz, aos 26 anos é um sinal do tamanho do conflito ideológico envolvendo pessoas que defendem uma internet livre e grupos que pretendem privatizar e acabar com o acesso a produção intelectual humana. A morte do jovem trouxe a tona também o peso de um “bullying judicial” registrado pela mídia do mundo inteiro. Os discursos de Aaron eram reconhecidos por grupos de defesa pública e seu “Manifesto da Guerrilha pelo Acesso Livre” reforça que o poder da informação está concentrado nas mãos de uma pequena parcela, quando deveriam ser informação livre com a capacidade de melhorar o mundo.
ResponderExcluirPreso em 2001, por usar a rede do MIT para conseguir e divulgar
uma grande quantidade de artigos, o jovem se mostrava contrário ao que era praticado pela JSTOR, que recompensava financeiramente as editoras e não os pesquisadores.
Alguns acusam Swartz de roubo de informação, o que de fato aconteceu, mas ai vem a pergunta: A informação, as pesquisas e seus resultados não deveriam ser compartilhados com todos? É uma questão difícil, sou a favor do compartilhamento gratuito de conteúdo, aliás acredito que a internet está aqui pra isso, mas as pessoas também precisam pagar suas contas.
Um caso semelhante foi o do MegaUpload, que levou a prisão de Kim Dotcom. Atualmente o site funciona com o nome de Mega, mas todo o trâmite serviu como alerta a comunidade virtual de como o compartilhamento de informações pode sofrer ataques ferozes daqueles que perderam uma parcela de seus lucros por conta disso.
Anna Beatriz Sena (abs7@cin.ufpe.br)
Aaron Swartz foi uma pessoa de importância na criação de partes da fundação da Internet como conhecemos hoje.
ResponderExcluirTeve participação em várias coisas, como:
a. na criação do RSS, um micro-formato de XML para compartilhamento de feeds
b. influenciou na criação do Markdown, uma micro-linguagem leve de formatação de texto bastante usada em projetos de código-fonte aberto
c. colaborou com a Creative Commons
d. foi um dos fundadores do site de notícias Reddit
Ele foi identificado como o responsável pela instalação de um notebook em um armário técnico do MIT a fim de coletar uma grande quantidade de artigos científicos de periódicos científicos, passando a responder por violação de "direitos de propriedade intelectual".
Ao ser identificado o grande tráfego causado por seu script para baixar automaticamente os artigos e descoberto o local no qual o computador remoto que fazia isto se encontrava a partir de análise dos dados de tráfego, foi planejado um flagrante, no qual ele foi identificado e um processo instaurado. Eventualmente a editora que o iniciou desistiu da causa, porém o promotor de justiça do estado decidiu que seguiria com a causa de qualquer forma.
O FBI o perseguiu durante a investigação, levando-o a um estado de depressão, que acabou por levá-lo à tragédia de tirar a sua própria vida.
Aaron Swartz foi incontestavelmente um gênio da informática bastante talentoso. Desde os 14 anos teve papel bastante ativo na rede, ajudando a criar diversas ferramentas, algumas utilizadas até hoje, como o RSS, Reddit, Infogami, Jottit, etc. Durante toda a sua vida, Aaron tinha como ideal a liberdade na internet e as liberdades civis, tornando a informação e o conhecimento disponíveis a todos, com isso ele criou o Watchdog, o Open Library e o Demand Progress como forma de tornar possível que a população tivesse mais acesso a informação e maior participação em assuntos de cunho político que envolvem a questão de liberdade e direitos civis. Aaron tinha tudo pra ter uma brilhante carreira mas seus interesses em garantir o acesso livre ao conhecimento interromperam seu promissor futuro. Ele fez downloads de milhões de artigos do sistema JSTOR, o qual cobrava para se ter acesso a esses artigos. Devido a isso Aaron foi acusado de fazer os downloads para posteriormente distribuir na rede, mesmo nunca tendo provado que ele iria realmente faze-lo. Mesmo devolvendo o conteúdo para a empresa ele foi indiciado e com grandes chances de ser condenado a 35 anos de cadeia mais uma multa de 1 milhão de dólares. O fato ganhou incrível repercussão, causando diversos movimentos a favor dos ideais de Aaron, contudo a pressão sofrida foi grande o suficiente para ele cometer suicídio por um crime que ele não chegou verdadeiramente a cometer. Para mim, o nível de perseguição que Aaron sofreu foi de proporções inadequadas, acredito que mesmo que todas as alegações fossem verdadeiras, o único crime cometido por ele daria alguns dias de prisão ou talvez trabalhos comunitários e uma multa de valor bem menor. O departamento de justiça insistiu em um caso que até a JSTOR já teria relevado e não se sabe ao certo porque os promotores federais decidiram persegui-lo de maneira tão vingativa. Para mim queriam tratar o caso como exemplo, para remediar futuros problemas semelhantes, no entanto essa atitude, um tanto quanto irresponsável ao meu ver, levou a morte do jovem. O tema de acesso livre a informação continua levantando debates sobre o que seria permitido ou não até hoje. A justiça não pode simplesmente querer tratar casos como esse com mãos de ferro como fizeram com Aaron, precisam ter consciência que a internet tem o papel nato de levar informação a todos os usuários, que diversas pessoas lutam por esse ideal e que isso tem o seu valor. Leis aplicadas ao mundo real não podem ser simplesmente replicadas no mundo virtual, não funcionará desse modo. O que acontece é que querem moldar a internet aos padrões atuais mas na verdade são os padrões atuais que devem se adequar à internet pois seu avanço tecnológico é incontestável e temos que lidar com isso. Precisamos de medidas balanceadas para evitar que questões como essa voltem a acontecer.
ResponderExcluirMaria de Lourdes de Barros Reis - mlbr@cin.ufpe.br
A história de Aaron Swartz mostra que ele teve intenções puras e benignas em prol da sociedade mas os executivos de grandes organizações tentam pará-lo a qualquer custo para tentar salvar a própria pele e manter seus sistemas lucrativos.
ResponderExcluirInfelizmente a história de Aaron Swartz é mais uma história onde um “gênio da internet” busca o bem da sociedade mas acaba pagando caro pelas suas ações. A contribuição que ele deu ao desenvolvimento do formato RSS foi algo fantástico para todos, e a ideia que ele teve de distribuir os artigos que ele tinha acesso também foi uma ideia muito plausível. De fato, ele quebrou regras, mas ate onde essas regras fazem sentido? A sociedade financia (com impostos) o desenvolvimento da ciência, porém quando há grandes descobertas esses artigos ficam presos ao domínio de grandes editoras e a sociedade tem novamente que pagar para ter acesso aos trabalhos que ela mesmo financiou. Isso se torna também um gargalo á própria ciência, pois se esses artigos fossem liberados mais pessoas teriam acesso e consequentemente a ciência se desenvolveria ainda mais. Acredito que esse foi o pensamento de Aaron, mas acabou pagando caro, sendo “traído” pela própria instituição que tanto alimenta a busca de seus alunos por algo que vai revolucionar a sociedade, sua universidade.
ResponderExcluirPedro Ivo Silveira Sousa - piss